AVANTE MEU TRICOLOR
·27 de julho de 2025
SÃO PAULO SUPERA PÊNALTI PERDIDO, VAR, DÁ SHOW DE BOLA E CHEGA À TRINCA SEGUIDA DE VITÓRIAS NO BRASILEIRÃO

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·27 de julho de 2025
Arboleda festeja primeiro gol do dia: empolgou (Paulo Pinto/SPFC)
RAFAEL EMILIANO@rafaelemilianoo
O São Paulo de Hernán Crespo não sabe mais o que é decepcionar sua torcida.
Na tarde deste domingo (27), apesar do VAR, o Tricolor mostrou de novo um futebol sólido, consiste e objetivo, dominando boa parte da partida e vencendo o Fluminense com autoridade por 3 a 1, no Morumbi, pelo Campeonato Brasileiro.
Foi a terceira vitória em cinco jogos do clube sob o comando do treinador argentino. Uma sequência que não fazia lá tanto tempo assim que aconteceu (o próprio Zubeldía tinha uma marca invicta antes da demissão). Mas que agora resgata de vez algo que o são-paulino há tempos parecia ter perdido: a confiança em seu time.
O São Paulo é um time literalmente redondo: bem treinado e que demonstra uma disciplina tática. Isso com mudança na sistematização de jogo, com Ferreirinha entrando como o substituto do poupado André Silva e mudando a rotação de ataque. Isso com um adversário perdido, falho na marcação e que quanto pensou ter entrado no jogo para surpreender, tomou contra-ataque fatal. Isso apesar de Luciano ter perdido pênalti. Isso apesar do VAR...
Como assim VAR. Bem, citado duas vezes já neste texto, o árbitro de vídeo um dos gols do São Paulo anotando toque no braço em chute de Bobadilla. Depois, investigou impedimento no segundo tento tricolor, mas não teve uma resposta conclusiva.
Bem, que se danem. O São Paulo de Crespo não precisa choramingar migalhas. Tem autoridade e suficiência necessárias para vencer por conta própria.
A equipe termina o jogo na oitava colocação da classificação, uma ascensão espetacular, com 17 pontos. Agora, o Tricolor volta a campo pelo Brasileirão às 20h30 (de Brasília) de domingo (3/8), para enfrentar o Internacional, fora de casa. Antes, tem o Athletico-PR em casa Às 19h30 (de Brasília) de quinta-feira (31), no duelo de ida das oitavas de final da Copa do Brasil.
A partida começou como se esperava, com amplo domínio do São Paulo. Entretanto, o domingo reservou uma novidade ruim (para os dois lados): os erros de passe. Pelo lado do Tricolor, que nos cabe afinal, era natural que a entrada de Ferreirinha forçasse uma mudança estrutural da equipe. Ela aconteceu. O time de Crespo buscava mais as infiltrações pelo meio.
A rotação, somada ao patético desempenho ofensivo dos cariocas, permitia um dominância são-paulina, que era prejudicada pelos passes errados na hora de infiltrar o último terço do campo. Foi assim duas vezes seguida, ambas com Luciano, aos 16, quando a opção de finalizar da intermediária, sem tantos problemas para Fábio.
Ruim pelo chão, que tal ir pelo alto. E aí o São Paulo desencantou. Aos 23, após cobrança de escanteio espirrada, Luciano recebeu passe de Cédric Soares, salvou a bola em cima da linha e cruzou na medida para Arboleda subir sozinho e testar às redes.
O gol desmoronou de vez o adversário, perdido taticamente pro si só, sem capacidade de sair do caixote são-paulino e em tarde pouco inspirada. Talvez o reflexo que mais exemplifica isso veio aos 31, quando Fábio pixotou em recuou de bola e chutou em cima de Alisson, quase entregando a rapadura.
O domínio são-paulino continuava e o time teve uma bela chance de definir de vez as coisas aos 38. Bobadilla ajeitou a bola na entrada da área e bateu com força para Martinelli desviar com o braço. Pênalti marcado e cobrado por ele, Luciano, o iluminado que dessa vez falhou: telegrafou a cobrança e Fábio pulou certeiro para defender e impedir o tento tricolor.
Na volta do intervalo, Renato Gaúcho decidiu dar uma sacudida nas coisas e fez logo quatro alterações de cara. Mas o destaque do jogo viria de fora dele...
A mudança tática do adversário até ajudou o São Paulo, que a partir daí ampliou de vez o seu domínio e criou chances mais concretas. Logo aos 5, Alisson pegou sobra em cobrança de escanteio e exigiu boa defesa de Fábio.
A jogada foi o 'turning point' para lance curioso que acabaram prejudicando o São Paulo e alçando um novo protagonista do dia: o VAR.
Aos 6, de novo em sobra de bola após escanteio, Bobadilla finalizou às redes. O gol acabou anulado após o VAR indicar desvio de braço de Luciano.
Persistente, o São Paulo não desanimou com a decisão curiosa da arbitragem e seguiu jogando em cima do adversário carioca. Mas não sem antes mais polêmica.
Aos 13, Marcos Antônio recebe pela direita e cruzou na medida para Ferreirinha, completamente livre de marcação, completar de cabeça e anotar o segundo. A arbitragem revisou o lance por indicação do VAR, que viu possível impedimento, mas as linhas traçadas ficaram exatamente sobrepostas e o tento foi validado.
A vantagem no placar, junto de alterações feitas por Crespo, tiraram um pouco o ímpeto do São Paulo, que se acomodou com a vantagem e passou a dar mais espaços ao adversários. Eles aproveitaram aos 31, quando Samuel Xavier aproveitou uma tirada de bola errada de Alan Franco e bateu de primeira para diminuir o placar.
Depois do susto, o time de Crespo passou a dar mais atenção à defesa. Deu o campo ao Fluminense, que encaixotado, não conseguiu articular e nem criar nada de perigoso. Para melhorar (para a gente), já nos acréscimos, Ferraresi aproveitou o contra-ataque, foi ao ataque e meteu uma bola na medida para Tapia invadiu a área e marcar o terceiro, sacramentando a vitória são-paulina, mais uma para a conta.