Jogada10
·18 de julho de 2025
São Paulo volta a conviver com problema antigo na lateral direita

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·18 de julho de 2025
O São Paulo volta a se debruçar sobre um problema crônico dos últimos anos: a lateral direita. Na última década, nenhum jogador conseguiu se consolidar plenamente na posição, marcada por improvisações, contratações sem sucesso e atletas que passaram sem deixar saudades.
A urgência por uma nova peça voltou ao centro do debate com o baixo rendimento de Cédric Soares, atualmente o único lateral-direito de origem no elenco. O português, contratado no início da temporada, é alvo de críticas por sua falta de agressividade ofensiva. Em 26 partidas em 2024, soma apenas uma assistência e nenhum gol.
O sistema tático adotado por Hernán Crespo, com três zagueiros e alas, pede justamente que o jogador pelo lado direito tenha profundidade, aceleração e presença ofensiva. Características que, até aqui, Cédric não conseguiu corresponder.
A situação se agravou após a saída de Igor Vinícius, que acertou com o Santos. Afinal, Ferraresi, que vinha sendo improvisado na ala, voltou para sua posição original na zaga. Com isso, a diretoria trabalha para trazer um lateral mais ofensivo e que se encaixe no perfil físico e técnico desejado por Crespo.
A lateral direita virou um setor instável no São Paulo. Desde 2014, diversos nomes passaram pelo Tricolor, mas poucos marcaram presença com consistência. Zagueiros como Rodrigo Caio, Paulo Miranda e o próprio Ferraresi foram improvisados no setor. Até volantes como Hudson chegaram a atuar por ali.
Contudo, o caso mais emblemático talvez tenha sido o de Éder Militão, que surgiu no profissional atuando como lateral em 2017 e se destacou rapidamente antes de ser vendido ao Porto. Fora ele, nenhum improvisado teve o mesmo sucesso.
Entre os jogadores de origem contratados especificamente para a posição, poucos deixaram boas lembranças. Raí Ramos, Orejuela e Buffarini passaram pelo clube com pouco impacto técnico.
Orejuela foi um dos fracassos do São Paulo para a lateral-direita – Foto: Staff images /CONMEBOL
Apesar de ter a menor produção ofensiva, Rafinha foi o que mais se consolidou no grupo. Capitão e referência no elenco, foi peça importante na campanha do título da Copa do Brasil de 2023. Já Igor Vinícius, apesar de ser o que mais atuou, sofreu com lesões em momentos-chave e nunca conseguiu se firmar como titular.
Aliás, nem mesmo a contratação midiática de Daniel Alves, em 2019, resolveu o problema. Embora eleito o melhor lateral-direito da Copa América daquele ano, ele acabou sendo utilizado no meio-campo e passou longe de solucionar a carência da posição.
Com a lateral novamente em xeque, o São Paulo já apresentou uma lista de nomes ao técnico Crespo, todos estrangeiros e dentro das limitações orçamentárias do clube. Assim, a tendência é de que um novo ala seja contratado ainda nesta janela, especialmente para equilibrar o elenco e dar mais dinâmica ofensiva ao sistema tático.
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