Deus me Dibre
·07 de julho de 2024
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Na noite deste domingo, o Cruzeiro mostrou sua força como mandante e venceu o Corinthians por 3 a 0 no Mineirão, em jogo válido pela 15ª rodada do Campeonato Brasileiro. Após a partida, o técnico Fernando Seabra concedeu entrevista coletiva e fez uma análise detalhada do desempenho da equipe, além de abordar questões sobre reforços, ausência de jogadores e a importância da base.
“Nós sabíamos que precisávamos ser muito agressivos no início do jogo. Aproveitar essa atmosfera. A torcida nos apoiou e isso era fruto de uma conquista nos primeiros jogos em casa. O início do jogo foi muito forte, durante o primeiro tempo teve momentos que perdemos o controle do jogo, recuperamos o equilíbrio e o início do segundo tempo fica o aprendizado do último jogo. Sabíamos que pelo placar, o Corinthians poderia voltar com uma proposta mais agressiva pra diminuir o placar e voltamos com atenção redobrada, pra que não se repetisse o que aconteceu contra o Criciúma.”
Ele destacou a importância do apoio da torcida e o impacto positivo no aspecto mental do jogo: “A história do jogo vai se construindo em função das pequenas batalhas que você vence. Conseguimos fazer o gol. Tudo isso vai transformando o aspecto mental do jogo. É o ponto fundamental. Você jogando em casa, com o apoio da torcida, isso incentiva ainda mais a equipe no intuito de fazer o que se preparou pra fazer. Em alguns momentos, isso proporcionou perder algumas bolas no campo de ataque e sofrer alguns contra-ataques. Existe um processo de desenvolvimento da equipe. Ganhando aqui, não tá tudo certo. Tem que ter equilíbrio.”
Fernando Seabra ressaltou a influência do fator casa: “Existe um fator casa que pesa. Isso é o futebol. Nós precisamos desmistificar isso, o fator casa é importante e afeta o comportamento da torcida e da arbitragem, sempre em pequenas decisões. Nós conseguimos aí um dia pra trabalhar e ampliar nosso repertório. Independente da estrutura ou da escalação, entender as dificuldades e buscar soluções.”
Sobre o desempenho fora de casa, ele admitiu o incômodo com os resultados:
“Estamos incomodados de não vencer fora de casa. O desafio é continuar melhorando.”
Seabra falou sobre as expectativas com os novos reforços que chegam após a janela de transferências:
“A gente pensa jogo a jogo, mas estamos construindo um modelo. Fica claro pros jogadores os espaços em que eles possam ser utilizados. Essa incorporação dos jogadores que estão sendo contratados, não vai acontecer de uma vez. Vai ser feita de forma paulatina, de acordo com o nível de preparação. Imagino que a torcida esteja eufórica, nós também estamos otimistas com o fortalecimento do elenco. Mas temos que ter pé no chão.”
O técnico explicou a ausência de Japa na lista de relacionados: “Existe um processo de disputa por espaço nessa função e na posição que a gente conta com Barreal, Vitinho, Japa. Principalmente jogadores de linha média e do lado esquerdo. Às vezes o jogador tá sendo pouco oportunizado e perde carga de treino. E o Japa vinha entrando pouco. Em algum momento precisa de mais treino pra ajudar a competir de igual.”
Sobre a escolha de Villalba e Barreal como titulares, Seabra elogiou as atuações: “Atuação deles foi positiva. Eles têm como tempo de processo e treinamento, já estão bastante familiarizados com as rotinas de movimento. Além das questões dos movimentos, o Barreal foi importante nas transições. E é um jogador que tem como qualidade essa definição, essa batida de fora. Jogadores têm características distintas que conseguiram colocar em jogo.”
Fernando Seabra destacou a continuidade do desenvolvimento dos jogadores da base no time profissional: “A formação do jogador da base não termina na base. Ela continua no profissional. Quanto mais alto o nível de jogo que eles encontrarem, maior a chance deles desenvolverem o nível deles. Essas contratações e o nível dos que estão aqui, são positivos para a formação desses jogadores.”
Por fim, sobre a disputa entre Kaiki e Marlon, Seabra comentou: “Kaiki é um jogador em ascensão. Está tendo mais espaço sempre que possível. É uma competição aberta, o desempenho vai determinar quem vai jogar mais minutos.”