Seabra desconversa sobre transição da SAF e destaca atitude e mental forte da equipe: “Precisávamos dar um recado” | OneFootball

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Deus me Dibre

·28 de abril de 2024

Seabra desconversa sobre transição da SAF e destaca atitude e mental forte da equipe: “Precisávamos dar um recado”

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O técnico Fernando Seabra falou após a vitória do Cruzeiro por 3 a 1 sobre o Vitória, no Mineirão, pela quarta rodada do Campeonato Brasileiro. O técnico iniciou sua análise enfatizando não apenas a importância da vitória, mas também o desempenho do time além do resultado.

Seabra destacou a qualidade do jogo, especialmente no campo adversário, onde a equipe mostrou tanto habilidade no ataque quanto solidez na defesa. O treinador destacou a oportunidade de descanso da equipe e mencionou que na sexta-feira houve seu único treino com o time completo, enquanto ontem o foco foi mais estratégico, preparando-se para o jogo.


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“Resultado e atitudes do time muito importantes. Uma equipe que foi agressiva e que na maior parte do jogo teve um controle no campo adversário seja defendendo ou atacando. Sobretudo foi uma resposta futebolística de uma equipe que pela primeira vez teve a oportunidade de descansar desde que estou aqui. Ainda não pudemos treinar de forma apropriada nesse período, tendo apenas um treino com grupo inteiro na sexta-feira. O mérito é todo dos jogadores, com pouca oportunidade de praticar, colocar em prática dentro do jogo. A gente precisava dar um recado pra torcida de que jogando em casa teremos essa postura. Fizemos um jogo semelhante contra o Botafogo que está na parte de cima da tabela. Precisamos se fortalecer no nosso palco, com nosso público, oferecer um bom entretenimento e que a torcida saiba que sempre teremos gana, coragem e caráter no jogo. Nosso desafio era ter o foco no jogo. Os três pontos em disputa valem tanto quanto os da última rodada do Campeonato. A nossa missão é a pagina que temos que escrever hoje, foi nesse sentido a conversa. O que tínhamos de fazer jogo em campo, só nós poderíamos fazer”, concluiu.

Seabra revelou que Barreal treinou na posição em que entrou e que ele se sente confortável jogando por ali, sem dificuldades. A decisão de colocá-lo nessa posição foi para equilibrar o jogo, especialmente após os ataques estarem muito concentrados no lado direito durante o primeiro tempo. Além disso, essa mudança teve como objetivo potencializar Matheus Pereira, que vinha criando oportunidades entre as linhas adversárias.

A gente treinou o Barreal nessa posição. Ele tem jogado como ponta, mas já foi lateral. Pra ele jogar por dentro ou por fora não tem dificuldade. Como atacamos muito pela direita no primeiro tempo, a gente quis colocar um pouco de peso para ter mais associação pelo lado esquerdo no segundo tempo, observando que o Matheus Pereira estava gerando alguns movimentos centrais e achamos que ter um jogo associativo pela esquerda poderia gerar vantagem.”

Seabra deixou claro que não é de sua competência comentar sobre assuntos relacionados à transição institucional do clube. Em relação aos tweets polêmicos, ele elogiou o grupo de jogadores, enfatizando que todos estão satisfeitos e trabalhando arduamente, sem se acomodarem em uma zona de conforto.

O treinador frisou que sua preocupação principal é trabalhar diretamente com os jogadores, não se envolvendo em questões de redes sociais. Se houver alguma extrapolação, a comunicação do clube tomará as medidas necessárias e ele abordará o assunto com os jogadores. Seabra enfatizou que a lealdade e a comunicação franca são valores fundamentais no grupo do Cruzeiro.

“Qualquer assunto relacionado a transição institucional eu não vou responder, pois sou treinador da equipe e não executivo e são essas pessoas que devem se colocar pelo clube. Em relação ao grupo, é um grupo dedicado, trabalhador e me sinto muito bem no dia a dia trabalhando com eles. Eles são abertos aos conteúdos, as propostas, e estou satisfeito com essa mentalidade, pois abre perspectiva de evolução. Em relação a redes sociais, me preocupo em trabalhar com eles de forma frontal, se tiver algo que fuja disso a comunicação do clube vai me avisar, vou conversar com o jogador. Um dos princípios que temos dentro do grupo é a lealdade, de falar com a pessoa e não mandar recado. Estou tranquilo quanto a isso e essa é a melhor resposta que posso dar.”

Confira outros trechos da coletiva:

Melhora no segundo tempo:

“Essa melhora é um acúmulo do que vem sendo falado e mostrado, sobretudo uma equipe que teve a oportunidade de descansar e entrou fresca no campo. Além disso teve a oportunidade de fazer um treino aquisitivo que nos permitiu trabalhar comportamentos que estavam faltando no jogo, seja de construção ou de ajuste em alguma pressão e evoluir no critério do que fazer com a bola no campo ofensivo, em especial no último terço. Tem uma margem grande pra evolução e o desafio é evoluir a qualidade de jogo nesse cenário, vindo com cinco jogos com um intervalo de três dias, quase uma mini maratona. Ninguém desenvolve nada com 13 dias com jogos. Quando se tem cinco dias livres consegue pelo menos descansar a equipe e acrescentar alguns detalhes. Isso é total mérito do comprometimento dos jogadores. Agora com mais tempo de treino, a gente espera conseguir fazer muito mais.”

Coloca sua identidade no jogo da equipe:

“Essa é uma construção que a equipe junto comigo e a comissão tem que construir sua identidade. Para ser legítimo e jogar com o coração, todos tem que comprar a ideia. E comprar a ideia significa sentir que faz parte dela. A gente tem uma filosofia e uma concepção, o Cruzeiro trouxe o Seabra pra base que fazia esse tipo de trabalho. Se você olhar o Sub-17 do Athlético Paranaense em 2020 verá uma forma de jogar semelhante ao final do Brasileiro do ano passado e agora. Junto com os jogadores temos que buscar situações que os potencializem. Tem situações que experimentamos um jogador numa função e posição na estrutura que vai mudar algumas missões que ele deve fazer, a gente aprende se isso está potencializando aquele jogador ou não, e isso também acontece nos treinos. Temos sempre que ler as respostas dos jogadores e ir construindo nesse sentido para que eles se sintam capazes e tenham a disponibilidade emocional. Para jogar na intensidade que jogaram hoje, deve estar muito determinado para se colocar no desconforto o tempo todo. Se a ideia não tiver tocado seu coração, você não vai fazer. Existe uma ideia, mas a construção é coletiva.”

Retorno de João Pedro:

“O João Pedro colocou uma taxa de trabalho e intensidade no treino extremamente alta e como é algo fundamental pra gente, que temos uma cultura de esforço e produtividade. O Seabra não escala quem ele prefere, ele escala e relaciona em função de produtividade. Estou satisfeito com o esforço de todos, mas ele produziu nas sessões de treino um nível muito alto. Não havia planejado sua entrada nesse momento de jogo, ela aconteceu porque percebemos que o Vitória colocou jogadores altos, e o João Pedro é um jogador extremamente potente em contra-ataque. Isso é algo dinâmico, fluído, e vai depender da evolução dele e das equipes que vamos enfrentar em sequência.”

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