Território MLS
·05 de setembro de 2025
Seleção do Canadá busca recomeço após eliminação na Copa Ouro e foca nos amistosos de setembro

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·05 de setembro de 2025
A seleção masculina do Canadá volta a campo em setembro de 2025 tentando apagar a frustração da eliminação precoce na Copa Ouro da Concacaf, quando caiu nas quartas de final. A equipe comandada por Jesse Marsch encara Romênia e País de Gales em amistosos que servirão como teste crucial antes da Copa do Mundo FIFA de 2026, cuja abertura será no BMO Field, em Toronto.
Com poucos compromissos oficiais até o Mundial, cada partida de exibição ganha peso extra. Para Marsch, o objetivo é claro: usar esses duelos como um miniciclo de preparação.
“Adotamos uma estratégia para tratar as próximas três janelas como se fossem uma só. Serão seis jogos de alto nível”, explicou o treinador, em entrevista em Bucareste, antes do confronto contra a Romênia. “Queremos fortalecer nossa liderança em campo e manter o elenco sob pressão. Precisamos estar totalmente preparados para o que vem no próximo verão.”
O ponto mais sensível do elenco canadense segue sendo a meta. Dayne St. Clair (Minnesota United) e Maxime Crépeau (Portland Timbers) disputam a vaga de titular. St. Clair largou na frente ao atuar em quatro das últimas seis partidas, incluindo três jogos da Copa Ouro. Ainda assim, Marsch não definiu quem será o dono da camisa 1 no Mundial.
“Ambos terão minutos nesta janela. A competição está aberta e eles têm lidado com isso de forma exemplar”, afirmou o técnico. “Será uma das decisões mais difíceis da equipe. Não queremos deixar para decidir em cima da hora, mas sabemos que será uma escolha de margem mínima.”
Essa indefinição reflete a busca do Canadá por equilíbrio defensivo, já que falhas atrás custaram caro na eliminação continental.
Além da disputa pela posição de goleiro, Marsch destaca outro aspecto vital: a consolidação de líderes dentro do elenco. Nomes que disputaram a Copa do Mundo de 2022, como Alphonso Davies, Jonathan David e Stephen Eustáquio, são chamados a assumir protagonismo fora e dentro de campo.
“Estamos incentivando os jogadores a mostrarem mais personalidade. Eles precisam entender que são os donos do time”, disse Marsch. “Meu objetivo é que, no próximo verão, eu possa simplesmente sentar no banco e assistir como um torcedor, porque os líderes já terão tomado conta do grupo.”
Essa ênfase em liderança busca não apenas motivar os mais experientes, mas também integrar os jovens talentos que surgem da MLS e de clubes europeus.
O período pós-Copa Ouro foi marcado por muitas transferências envolvendo atletas da seleção. Ao todo, 14 jogadores mudaram de clube neste verão, um dado que mostra a crescente valorização do futebol canadense.
Entre os principais movimentos:
Essas mudanças ampliam a experiência internacional do elenco e podem ser determinantes para chegar com força em 2026.
“Estou animado com o potencial do grupo. Muitos jogadores mudaram de ares e terão a chance de crescer em novos contextos. Se mantiverem a forma física e evitarem lesões, teremos um time muito competitivo”, disse Marsch.
Os amistosos contra Romênia e País de Gales marcam o início de uma reta final de preparação. O plano é simples: testar opções, aumentar a competitividade interna e consolidar um estilo de jogo agressivo, baseado em intensidade e pressão alta, marca registrada de Marsch em seus trabalhos de clube.
Para os torcedores, a expectativa é que a seleção consiga transformar o talento individual em resultados coletivos. Com Davies como referência mundial, David assumindo papel de artilheiro e jovens promessas ganhando espaço, o Canadá tem condições de ir além da fase de grupos, meta alcançada em 2022.
O fator casa também joga a favor. Ser anfitrião da Copa do Mundo cria uma oportunidade histórica para o futebol canadense se firmar de vez no cenário internacional.
O Canadá chega a setembro em clima de reconstrução, mas com um horizonte promissor. A eliminação na Copa Ouro serviu de alerta, e agora cada amistoso é tratado como parte de um processo maior rumo a 2026.
Entre disputas de posição, busca por novos líderes e jogadores vivendo momentos decisivos em suas carreiras de clube, Jesse Marsch tem em mãos a chance de moldar uma geração que sonha em marcar a história do futebol canadense.