Jogada10
·09 de setembro de 2025
Seleção encerra participação nas Eliminatórias; relembre o histórico

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·09 de setembro de 2025
O Brasil segue com a orgulhosa marcar de ser a única Seleção do mundo a se classificar a todas as Copas possíveis. E, nesta terça-feira (9/9), se despede da edição 2026 das Eliminatórias ao entrar em campo contra a Bolívia, em Em Alto, a partir das 20h30 (de Brasília).
Dessa forma, o Jogada10 entrou no túnel do tempo e buscou a campanha da Seleção em todas as Eliminatórias que a Canarinho disputou. Esta é, aliás, a 14ª participação da Amarelinha, que já “venceu” 12 vezes o torneio qualificatório.
As Eliminatórias da América do Sul começaram em 1954, mas continham apenas três seleções no grupo do Brasil. Assim, com Baltazar anotando cinco gols, a Seleção avançou no Grupo 1, vencendo Paraguai e Chile em quatro partidas – duas contra cada. Já para 58, foram apenas dois jogos contra o Peru, com um empate fora de casa (1 a 1) e uma vitória em casa (1 a 0). Classificação garantida para a Copa do Mundo da Suécia, que contou com o primeiro dos cinco títulos brasileiros.
A Seleção, então, não precisou disputar as Eliminatórias para 62, em edição disputada no Chile e que contou com o bicampeonato brasileiro. Assim, em 1966 a vaga também veio automaticamente. Para 1970, a Seleção foi avassaladora, passando em grupo com Paraguai, Colômbia e Venezuela com incríveis 23 gols marcados e só dois sofridos. Tostão foi o artilheiro brasileiro, com dez gols – Pelé marcou seis.
No México, então, o épico tri contra a Itália, em uma das Copas mais lembradas até os dias de hoje. Novamente, não houve necessidade de Eliminatórias. A Seleção voltou a disputá-la para o Mundial de 1978, ficando em primeiro no Grupo I na fase inicial e liderando o triangular final contra Peru e Bolívia. Para 82, nova liderança de sua chave, avançando fácil por Bolívia e Venezuela. Zico, com cinco gols, foi o artilheiro daquela edição. Quatro anos mais tarde, a Canarinho superou Paraguai e Bolívia no Grupo 3 para garantir mais uma vaga na Copa.
Já para 90 – a última edição com apenas quatro jogos – o Brasil passou sem sustos por Chile e Venezuela, com Careca anotando cinco gols. Para a Copa de 94 – a do tetra – a vaga veio no épico jogo contra o Uruguai, com vitória brasileira por 2 a 0, no Maracanã, com direito a show do Baixinho Romário. Com o triunfo, a Seleção ficou na liderança do Grupo 2, deixando Uruguai eliminado, em terceiro. A Bolívia – adversária desta terça – garantiu vaga para sua última Copa ficando em segundo.
Romário marca um de seus dois gols em vitória da Seleção em 1993 – Foto: Reprodução
Como foi campeão, o Brasil não precisou disputar Eliminatórias para a Copa da França, em 98. Já para 2002 – a primeira no formato atual, contando todas as dez seleções -, a primeira vez que o Brasil não terminou como líder (ficou em terceiro). Afinal, a vaga só veio em vitória por 3 a 0 sobre a Venezuela, na última rodada.
Em 2002 a Seleção até foi pentacampeã, mas a Fifa extinguiu a regra de vaga automática para o defensor do troféu. Assim, o Brasil disputou as Eliminatórias para 2006 e passou facilmente, perdendo apenas duas partidas. Para 2010, a campanha foi idêntica, com novo “título” do qualificatório.
Rivaldo foi um dos nomes da classificação da Seleção à Copa de 2002 – Foto: Reprodução
Para 2014, não houve necessidade de disputa, já que o Brasil era o país sede. Em 2018, a vaga veio facilmente após apenas uma derrota. Quatro anos mais tarde, a Seleção passou ilesa, avançando com 14 vitórias e três empates em 17 jogos (o jogo contra a Argentina foi suspenso), sofrendo apenas cinco gols e marcando 40.
Atualmente, a vaga até veio com certa antecedência apesar da vice-liderança: duas partidas. No entanto, foi a edição com o maior número de derrotas (cinco) desde 2002 (seis), além do pior ataque (24) desde 1994 (20). Nas duas ocasiões, o Brasil voltou como campeão do mundo. Bom sinal?