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·17 de novembro de 2025
Sem herdeiro claro de Ochoa, México vive crise e sofre pressão da torcida antes de sediar a Copa

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"Que lindo que é estar em casa". O tom irônico das declarações do capitão Edson Álvarez na saída do gramado após o empate com o Uruguai reflete bem o clima entre a torcida mexicana e a seleção nacional. O empate sem gols foi o grande ponto de ebulição para uma crise que aumenta justamente no momento em que a Copa do Mundo disputada no país se avizinha.
Campeã da Copa Ouro de forma invicta no meio do ano, a seleção mexicana não vence justamente desde a final do torneio, contra os Estados Unidos. Depois da conquista, La Tri somou empates contra Equador, Coreia do Sul e Japão, além do já citado Uruguai, e perdeu para a Colômbia, com goleada por 4 a 0.
A sequência negativa aumentou o tom das críticas em cima do técnico Javier Aguirre. Na terceira passagem por La Tri, Aguirre soma 11 vitórias em 20 jogos. Com três gols nos últimos cinco jogos, a seleção mexicana sofre com críticas pelo desempenho ofensivo.
Contra o Uruguai, o time completou o terceiro dos cinco últimos amistosos sem balançar as redes. Mas o principal motivo de ruptura com a torcida foi outro: a escolha do goleiro.
Presente nas últimas cinco Copas, e titular em quatro delas, Guillermo Ochoa vive a reta final da carreira, atua em um contexto competitivo menor (no Chipre), mas ainda assim não é figura descartada para a Copa. O goleiro esteve no título da Copa Ouro, já não como titular, embora tenha ficado de fora das últimas listas.
Luis Malagón, do América, foi o titular na Copa Ouro. Contra o Uruguai, a expectativa da torcida local era de que Carlos Acevedo, do Santos Laguna, recebesse uma chance. Mas José Rangel, do Chivas, foi o escolhido.
A partida foi no TSM Corona, casa do Santos Laguna, e Rangel foi xingado em todo o tiro de meta que cobrou. O time também foi vaiado e a torcida protestou contra Aguirre, pedindo a saída do técnico. "Que lindo estar em casa"...
Enquanto Aguirre tentou minimizar o "climão" criado, e Rangel se manifestou apenas de forma protocolar nas redes sociais, outros jogadores também seguiram Álvarez em manifestações mais ácidas contra os torcedores. Foi o caso de Raúl Jiménez.
"O que me deixa triste é jogar em casa e aí te vaiam... Xingam o goleiro... Talvez seja por isso que a gente joga tanto nos Estados Unidos", refletiu o atacante.
O próximo amistoso mexicano será justamente nos Estados Unidos, no Texas, contra o Paraguai, nesta terça-feira. Até a Copa, entretanto, a seleção precisará fazer as pazes com a torcida.
Em caso de avançar em primeiro na fase de grupos da Copa, La Tri jogaria todos os jogos na Cidade do México e em Guadalajara e só viajaria para jogar fora nas quartas, em Miami. A torcida pode ser um aliado fundamental. Ou o maior empecilho da seleção...









































