Zerozero
·16 de fevereiro de 2025
Sem pompa nem circunstância

In partnership with
Yahoo sportsZerozero
·16 de fevereiro de 2025
Um espetáculo fora de campo que ficou aquém dentro das quatro linhas. Vitória SC e SC Braga empataram a zeros no, sempre grandioso, Derby do Minho. Os ingredientes abriam o apetite para um grande espetáculo, mas os intervenientes não foram os melhores executantes.
O Vitória foi sempre a equipa a estar mais perto do golo, mas nunca a um ritmo que deixasse os bracarenses desconfortáveis por muito tempo na partida. Sem grandes oportunidades, o derby acabou como se uma combinação dos dois equipamentos utilizados no jogo de hoje se tratasse: cinzento.
No derby do Minho, a emoção tem sido o prato principal. Na temporada passada, os dois duelos titânicos entre Vitória SC e SC Braga foram decididos nos descontos. João Mendes empatou em Braga aos 90+8, Rony Lopes venceu o jogo no D.Afonso Henriques aos 90+3´. Esta época, os Conquistadores venceram no terreno do eterno rival por 2-0 e foram eliminados também nesse reduto na Taça da Liga.
Fora do campo, o ambiente era digno de jogo grande. A habitual rivalidade transportada para um barulho ensurdecedor, de parte a parte, com muito apoio vindo das bancadas.
João Gonçalves apitou para o início da partida e os primeiros momentos do jogo foram mornos. As equipas foram-se estudando e alternando a posse. Perto dos dez minutos de jogo, foi o Vitória SC a primeira equipa a mostrar proximidade do golo. Nélson Oliveira, Miguel Maga e Tiago Silva remataram, mas sem sucesso.
Os da casa foram mantendo a toada de mais aproximações à área contrária, mas a primeira grande oportunidade do jogo pertenceu aos Gverreiros. Horta lançou Roger com um belíssimo passe longo, mas o jovem extremo, num remate de bico, esbarrou em Bruno Varela.
O ritmo foi continuando médio/alto até ao fim do primeiro tempo, onde o nulo resistiu. Aos 37´, Nélson Oliveira bateu Hornicek na sequência de um canto, mas uma falta do internacional português sobre João Ferreira invalidou - e bem - o tento.
Espetáculo bem melhor fora do campo do que dentro dele.
Arrey-Mbi arriscou a expulsão perto do fim do primeiro tempo - entrada dura sobre Nuno Santos - e Carlos Carvalhal deixou-o no balneário, lançando Robson Bambu ao intervalo. Porém, apesar da alteração, a direção do jogo manteve-se com direção à baliza bracarense.
Nuno Santos desperdiçou à entrada da área, solto de marcação e Villanueva cabeceou ao lado a abrir o segundo tempo, demonstrando a vontade do Vitória SC ir atrás da vitória. Esse domínio territorial foi-se esfumando com o correr do relógio, passando para um jogo - algo aborrecido, sem oportunidades - dividido a meio campo.
Foi a partir dos 70´ minutos que voltou mais alguma ação ao jogo, novamente com o Vitória à carga. Os Conquistadores assumiram o meio campo ofensivo adversário, com o SC Braga a já não ter capacidade de ter bola e chegar à frente. Essa incapacidade notória dos bracarense galvanizou o público vitoriano e a equipa, sucessivamente, mas uma sequência de lances de perigo acabaram por resultar numa mão cheia de nada.
Na parte final, já na compensação, o jogo partiu e Vando Félix, recém entrado, foi a figura. O extremo fabricou um lance de belo recorte, mas Chucho Ramirez falhou a emenda com a baliza escancarada.