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·07 de novembro de 2025

Senegal renova a seleção com promessas que negaram seleções europeias

Imagem do artigo:Senegal renova a seleção com promessas que negaram seleções europeias

Como todas as grandes seleções do mundo, Senegal passa por um processo natural de reformulação. Os próximos adversários do Brasil nos amistosos preparatórios para a Copa do Mundo mantêm seus principais nomes, como Sadio Mané, Édouard Mendy e Kalidou Koulibaly, mas também abrem espaço para novas promessas, como Ibrahima Mbaye, Mamadou Sarr e Assane Diao, que decidiram representar o país africano.

Nos últimos anos, diversos atletas com descendência senegalesa optaram por defender seleções europeias, como Ousmane Dembélé e Leroy Sané. Agora, o movimento é o inverso: jovens talentos têm recusado convites de potências como França e Espanha para vestir a camisa de Senegal.


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Futuro da bola encaminhado

Assane Diao, Ibrahima Mbaye e Mamadou Sarr representam o novo ciclo da seleção senegalesa. Depois de se destacarem no futebol europeu, os três vêm ganhando espaço sob o comando de Pape Thiaw e são vistos como pilares para o futuro da equipe.

Enquanto veteranos como Mané, Koulibaly, Mendy, Jackson e Gueye seguem importantes na estrutura do time, a nova geração chega para oxigenar o elenco e preparar o terreno para o próximo ciclo da Copa do Mundo.

Assane Diao, atacante do Como, fez toda a formação nas categorias de base do futebol espanhol. Aos 19 anos, a ex-joia do Real Betis se tornou uma das contratações mais caras da história do clube italiano. Já convocado anteriormente, volta à seleção para os amistosos contra Brasil e Quênia.

Ibrahima Mbaye, ponta de 17 anos, também teve a possibilidade de atuar por seleções europeias. Revelado nas categorias de base da França, está no PSG desde os 13 e hoje integra o elenco profissional, com 13 partidas disputadas na temporada 2025/26. Essa é sua primeira convocação para a equipe principal de Senegal.

Mamadou Sarr, zagueiro nascido em Martigues, na França, trilhou caminho semelhante. Passou por Lens e Lyon na base, brilhou no Strasbourg, teve uma passagem pelo Chelsea e retornou ao clube francês. A convocação atual é sua estreia pela seleção senegalesa.

Há expectativa de que o trio represente Senegal na Copa do Mundo de 2026, que será disputada nos Estados Unidos, México e Canadá, embora ainda seja cedo para garantir a presença dos jovens no torneio. O que é certo é que a antiga “exportação” de talentos senegaleses para seleções europeias começou a perder força.

Raízes e orgulho nacional

Historicamente, muitos atletas com origem africana preferiam representar seleções europeias. Na França, por exemplo, 14 dos 26 convocados para a Copa de 2022 tinham raízes africanas. Com Senegal, não foi diferente: nomes como Amadou Onana (Bélgica), Patrice Evra, Patrick Vieira e Ibrahim Ba (todos ex-França) nasceram em território senegalês, mas nunca defenderam o país natal.

Outros jogadores com ascendência senegalesa também se espalharam por diferentes seleções: Leroy Sané (Alemanha), Ousmane Dembélé (França), Djibril Sow (Suíça), Ferland Mendy (França) e Cher Ndour (Itália) são exemplos de talentos que cresceram na Europa, mas têm sangue senegalês.

Ainda assim, o orgulho por representar Senegal é um sentimento que já moveu gerações recentes. Atletas como Koulibaly, Édouard Mendy, Abdou Diallo, Idrissa Gueye, Nampalys Mendy, Iliman Ndiaye, Ballo-Touré, Bouna Sarr e Boulaye Dia nasceram na França, mas escolheram jogar pelo país africano. O mesmo vale para Keita Baldé Diao, nascido na Espanha.

Com jovens talentosos assumindo protagonismo e veteranos mantendo a base sólida, Senegal se prepara para um novo ciclo promissor, reforçando a ligação entre o sucesso europeu e o orgulho de vestir as cores de sua terra natal.

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