Mercado do Futebol
·03 de junho de 2020
In partnership with
Yahoo sportsMercado do Futebol
·03 de junho de 2020
Contando todo retrospecto 37 atletas brasileiros já passaram pelo Campeonato Argentino, sendo quase nenhum campeão, mas esse é Silas no San Lorenzo
Atualmente somente um brasileiro veste a camisa de clubes argentinos é o caso do atacante Guilherme Parede no Talleres. Mas nomes como Domingos da Guia (zagueiro) – Boca Juniors (1935-1936), Heleno de Freitas (atacante) – (1948, possui 7 gols em 17 jogos), Iarley – (2003, o melhor de todos os brasileiros neste quesito), Sérgio Manoel (meia) – Independiente (2004-2005), Mário Jardel – Newell’s Old Boys (2004), Baiano – (2005-2006) e Luiz Alberto (zagueiro) – Boca Juniors (2010) já desfilaram seu futebol em terras hermanas.
A história da vez perpassa por Paulo Silas, como era chamado na época de jogador ou Silas Pereira que fez seu último trabalho como treinador no São Bento em 2019 e possui títulos pelo Ceará (Copa do Nordeste), Avaí (Campeonato Catarinense) e Grêmio (Campeonato Gaúcho), além de uma passagem pelo Flamengo. Porém, antes de tudo isso a carreira como atleta foi bem chamativa, principalmente no começo com os menudos do São Paulo, onde fez parte entre 1984 e 1988.
A conquista do Mundial sub-20 em 1985, sendo o melhor jogador da competição, além do título brasileiro em 1986 chamaram a atenção do Sporting. Na equipe portuguesa até fez bom papel, mas não teve a sequência desejada, assim rodando por Central España (Uruguai), Cesena (Itália), Sampdoria, Internacional e Vasco. Até que o já campeão da Copa América em 1989, da Supercopa Italiana em 1991 e da Copa do Brasil em 1992, além de duas Copas do Mundo (1986 e 1990) rumou para a Argentina.
No San Lorenzo teve seu ápice, sendo a agremiação onde mais atuou, ao total possui mais de 40 gols. A torcida lhe é muito grata, pois o time tem 15 conquistas nacionais (1923, 1924, 1927, 1933, 1936, 1946, 1959, 1968, 1972 em duas oportunidades, 1974, 1995, 2001, 2007 e 2013), sendo que na sua época havia o maior jejum de títulos na história do clube que chegava há duas décadas. Entretanto, com muita maestria superou os rivais Vélez Sarsfield, River Plate e Boca Juniors conseguindo um troféu pouco esperado.
No Clausura, o San Lorenzo conquistou 14 vitórias, empatou duas vezes e perdeu apenas três jogos. O time marcou 31 gols e sofreu 12 ao decorrer de 19 jornadas. Pelo seu desempenho em campo até 1997 para alguns é considerado o melhor 10 da década de 1990, para outros o patamar é de maior na posição da história do clube que torce o Papa Francisco. No próprio site da agremiação tem um fragmento importante do embate contra o Rosário Central em 25 de junho de 1995.
Segundo o próprio Silas foi o seu melhor momento na carreira, pois teve a total liberdade de atuar como gostava, aquele que distribui as jogadas e também finaliza à média distância. Depois do seu momento na Argentina, ainda retornou ao São Paulo, sem o mesmo sucesso, após isso atuou no Kyoto Sanga (Japão, onde teve destaque), Athletico Paranaense, Rio Branco-SP, Ituano, América Mineiro, Portuguesa Santista e finalizando a Inter de Limeira em 2003.
Foto de capa: San Lorenzo de Almagro.