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SPFC Mudar ou ser eterno coadjuvante?

Começar este texto foi uma tarefa difícil. Admito que recomecei esta introdução algumas vezes e, para ser sincero, tive certa dificuldade para começar. No entanto, quero compartilhar meus pensamentos sobre o nosso time, o São Paulo Futebol Clube. Então, vamos lá: realizei um pequeno levantamento da participação do São Paulo nos últimos dez anos, de 2015 a 2025, e, meus amigos, só pude constatar que o time foi mediano nesse período.

Abaixo, segue uma tabela simplificada com os resultados obtidos ao final de cada campeonato:

Pode-se observar que, em uma década, o São Paulo ficou entre os cinco primeiros apenas três vezes um resultado ruim para uma instituição como esta. O melhor desempenho nesse período foi o 4° lugar em 2020, terminando cinco pontos atrás do campeão. Vale lembrar que, naquele ano, o time chegou a ter uma vantagem de sete pontos sobre o segundo colocado, mas não consegui sustentá-la. Nos outros dois melhores resultados 4° em 2015 e 5° em 2018, o clube ficou, respectivamente, 19 e 17 pontos atrás do líder. Esse breve retrato mostra que o São Paulo perdeu o protagonismo que tinha em décadas anteriores.

Desses dez anos, a gestão atual de Júlio Casares abrange cinco, com erros e acertos. Sim, acertos pois, mesmo que não concordemos com todas as decisões da diretoria, é preciso reconhecer que, sob essa gestão, o clube conquistou dois títulos e chegou em duas finais. Não deixarei de listar, porém os erros: o aumento absurdo da dívida, a venda de jogadores da base por valores baixíssimos, contratações arriscadas (como a de James Rodríguez), um mês jogando longe do estádio próprio, entre outros eventos ocorridos nesse período.

No entanto, destaco que Júlio Casares começou a implementar uma mudança na gestão, aplicando austeridade fiscal e reestruturando setores do clube para tirá-lo do buraco em que está e gestões anteriores o colocaram nesse limbo de meio de tabela no Campeonato Brasileiro. Não sou fã de Casares, mas reconheço que ele tem tentado dar uma guinada no rumo do clube para recuperar a referência que já foi no passado.

Portanto, como demostrado, nos últimos dez anos o clube apresentou campanhas medíocres, que não representam a força e a tradição do São Paulo no cenário nacional e mundial. Apoiarei toda boa ideia de reestruturação da instituição, independentemente de quem esteja na gestão. Não deixarei de criticar quando necessário, mas também não farei disso um estardalhaço. Os anos passarão, agindo ou não. Então, é melhor tentar fazer algo agora mesmo que isso signifique sofrer por dois ou três anos para voltar a ser grande e protagonista novamente, em vez de manter a mesma politica e ficar para sempre com um time coadjuvante.   

Por: Felipe Paula, membro do grupo do Blog