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·01 de agosto de 2025
Sporting: cinco ilações a tirar após a Supertaça

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·01 de agosto de 2025
No primeiro jogo oficial da temporada, os leões viram o seu rival festejar a conquista da Supertaça 2025. No rescaldo da primeira final da temporada disputada pelos pupilos de Rui Borges, vários foram os aspetos que saltaram à vista e que merecem, análise por parte do zerozero.
A derrota deverá pesar, mas nem tudo correu mal. A derrota não invalida que existam vários aspetos com bastante potencial para o conjunto de Alvalade. O que precisa de ser corrigido pode ainda ser lapidado, relembrando que o mercado de transferências ainda se encontra aberto.
Nesse sentido, apontamos cinco ilações tiradas da Supertaça.
Muito se tem falado na alteração de sistema tático do Sporting para a estrutura preferencial de Rui Borges, sendo que os leões adotaram várias disposições ao longo da partida. Durante a primeira metade do jogo, atacaram sempre numa estrutura com quatro defesas, mas, no momento defensivo, adotaram uma linha de cinco defesas, onde Geny Catamo recuava até à profundidade dos colegas. Esta alteração subtil reforçou bastante a consistência defensiva do Sporting. Outra nuance pôde ser vista na deslocação de Pote e Trincão para terrenos mais interiores, possibilitando uma maior fluidez no entendimento no corredor central.
Apesar da nova abordagem tática trazer vantagens, nem tudo são rosas. A construção dos pupilos de Rui Borges foi bastante volátil ao longo de toda a partida. A parelha que assumiu o centro da defesa sentiu fortes dificuldades na saída curta, recorrendo, demasiadas vezes, às bolas longas. Tanto Diomandé como Gonçalo Inácio são jogadores capazes de efetuar grandes passes em rutura, no entanto, nem sempre foi isso que se confirmou. Com a forte pressão adversária, muitas posses acabaram facilmente nos pés dos adversários, fosse por demora na tomada de decisão ou por negligência da mesma. O hábito faz a diferença, e a ineficácia na saída curta do Sporting é a prova disso.
Ao longo do tempo, Pedro Gonçalves habituou-nos aos seus fortes movimentos vindos do corredor lateral para o central. No entanto, no decorrer da Supertaça, a sua presença junto de Hjulmand, Morita e Trincão foi muito mais valiosa do que na linha. Foi fortemente sentido nos primeiros 45', onde Pote ofereceu bastante verticalidade ao jogo dos leões. Na segunda parte, ficou mais encostado ao corredor lateral e viu o seu rendimento descer, junto de uma baixa na criatividade do meio-campo leonino. Esta pode ser uma nova aposta de Rui Borges, na sua nova abordagem tática.
O dinamarquês herdou a 9 de Gyokeres, e até começou a titular na partida, mas uma noite que prometia muito acabou por não lhe correr muito bem. Tentou replicar várias missões cumpridas pelo seu antecessor, mas sempre sem sucesso. Na profundidade não foi uma grande ajuda, tendo perdido vários duelos com os centrais encarnados. Na manutenção da posse de bola de nada mudou... continuou bastante ineficaz na ligação com os colegas. Individualmente ganhou apenas 2 duelos dos 11 que disputou. Outro aspeto que não jogou a seu favor foi a ausência do seu famoso volume de remates. Ao longo da partida armou apenas duas tentativas - pouco para o que nos habituou.
Em sentido inverso, a nova contratação mais cara do conjunto de Alvalade teve uma exibição bastante bem conseguida. Entrou a meio da segunda parte, perto dos 68', e apresentou-se a um bom nível. Mesmo com pouco tempo de adaptação ao clube, notou-se que sua ligação com os colegas tem bastante potencial, especialmente com Pote e Trincão. No reduzido tempo de jogo em que os três estiveram em campo, foram múltiplas as jogadas em que trabalharam com apoios em espaços reduzidos e na exploração das entrelinhas. Não conseguiu armar nenhum remate à baliza, mas a sua estreia fica marcada por vários pontos positivos.
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