«Sporting? Escondíamo-nos com cobertores para ir à piscina e o segurança não sabia quem tinha sido» | OneFootball

O '4 Cantos do Mundo' é um podcast do jornalista Diogo Matos que se uniu ao zerozero. O conceito é relativamente simples: entrevistas a jogadores/ex-jogadores portugueses que tenham passado por pelo menos quatro países no estrangeiro. Mais do que o lado desportivo, queremos conhecer também a vertente social/cultural destas experiências. Assim, para além de poder contar com uma entrevista nova nos canais do podcast nos dias 10 e 26 de cada mês, pode também ler excertos das conversas no nosso portal.

Atualmente no União de Santarém, da Liga 3, Nuno Reis fez praticamente toda a formação no Sporting. Desses tempos, o defesa-central guarda as melhores recordações. 

«Tive a felicidade de pertencer à melhor formação a nível mundial. Lá temos todas as condições para evoluir como jogadores, mas também olham muito para a vertente pessoal e escolar. Ao longo do meu percurso na academia, sempre me disseram que o futebol não ia dar para todos e que devíamos olhar também para a escola. Muitos dos meus colegas estão formados e bem em áreas que não o futebol. Foi um privilégio ter tantos treinadores de qualidade que me ajudaram a formar-me como homem, já que fui para a academia com 13 anos», começou a dizer, partilhando depois alguns dos episódios mais caricatos que viveu no clube:

«Nós passávamos quase todo o nosso tempo na academia, só saíamos para ir a casa em certos fins de semana. Tínhamos de inventar sempre coisas para fazer, mesmo tendo horários para cumprir. Por exemplo, íamos fora de horas para o ginásio, metíamo-nos debaixo de cobertores para nos escondermos das câmaras e irmos para a piscina... Depois o segurança vinha e queria apanhar-nos, mas não sabia quem é que tinha para a piscina ou não [risos]. Era uma forma de nos divertirmos, mas sempre com respeito.»

Por fim, o internacional jovem por Portugal refutou a ideia de que tenha ficado com um amargo de boca por não se ter estreado pelo equipa principal dos leões, isto depois de 12 anos ligado ao clube.

«Não tenho esse sentimento amargo porque sempre dei tudo e fiz o que pude. Treinei algumas vezes com a equipa principal, estive em estágios... A oportunidade não surgiu, mas faz parte do crescimento. Se eu sentisse que podia ter sido mais profissional em algum momento, aí é que era mau. Claro que gostava de ter jogado na equipa principal do clube onde me formei, mas tive oportunidade de jogar noutras equipas», rematou.

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