Futebol Latino
·15 de junho de 2023
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Em seu primeiro trabalho de treinador após ter sido demitido do Corinthians, Sylvinho fez um relato positivo de como tem sido a experiência de dirigir a seleção da Albânia em palavras ditas para o portal ge.
Apesar de viver em país com língua própria, o aspecto da comunicação, nem de longe, tem sido um problema para o profissional de 49 anos de idade que está, pela primeira vez, sendo técnico de uma seleção. Algo que se deve, diretamente, ao fato de Sylvinho falar cinco línguas diferentes, usando especialmente neste período o inglês e o italiano:
“Eu já tinha um passado de quatro, cinco anos morando na Itália, falando italiano. O primeiro jantar com o presidente, tudo, foi tudo desenvolvido em italiano. Na federação, vou embora entre o italiano e o inglês. Isso tem me feito desenvolver bem. (…) Eu já falei com 30 atletas, entre todos os atletas que fui visitar, vi jogos ou falei por videochamadas não precisei de tradutor. Falar com um albanês que joga em Portugal, eu brasileiro, em português de Portugal, extraordinário! Temos dois atletas de lá vindo agora. São coisas ricas que vão acontecendo culturalmente e guardo isso.”
Para o técnico que fez apenas uma partida até o momento dirigindo a seleção albanesa (derrota por 1 a 0 para a Polônia, em 13 de março, pelas Eliminatórias da Eurocopa), os quatro anos vividos como auxiliar técnico de Tite na Seleção Brasileira o trouxeram uma experiência bastante útil em seu atual desafio profissional:
“Nós somos jovens e estamos buscando nossos espaços. Há dez anos, 12, 13, participo de comissões técnicas. Não me via (treinando uma seleção), também, embora com experiência extraordinária na Seleção Brasileira. E isso ajudou nessa minha escolha, a Seleção Brasileira me ajudou a entender que trabalho era esse. Não sentei aqui e falei ‘E agora?’.”
País que ocupa a posição 68 no Ranking da Fifa, a Albânia jamais participou de uma fase de grupos de Copa do Mundo e, em apenas uma oportunidade, passou pelas Eliminatórias da Euro. Foi na edição de 2016, disputada na França.
Entretanto, Sylvinho garante que todos os esforços e expectativas de momento estão concentrados em fazer o selecionado local jogar novamente a etapa de grupos da principal competição entre países do Velho Continente para, somente depois, pensar se existem chances reais de Copa:
“Não foi colocada em pauta a Copa do Mundo. Todos os esforços, dedicação e a concentração de energia nesse momento são com a Euro. Eu brinco com o Doriva, digo: “É responsabilidade!”. Em alguns momentos vi isso com Tite, com Roberto Mancini… Engraçado como hoje a gente sente isso, a responsabilidade de decisões, é um país! Por isso exige respeito, trabalho, dedicação. Onde vamos, ouvimos ‘temos que ganhar’. Eu acho justo. É tudo tiro muito curto, é um contrato de um ano e meio, mas tudo rápido, tem dois jogos agora, férias, depois mais dois. Acredito que, se nós conseguirmos essa tão sonhada classificação, as chances vão até aumentar para a Copa do Mundo, em decorrência do maior número de seleções e esse desenvolvimento nosso. Queremos acreditar que, se formos para a Euro, o trabalho é bom, os jogadores são bons e aumentam as chances de irmos ao Mundial.”