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JB Filho Repórter

·18 de agosto de 2024

Tá na hora de admitirem algumas coisas no Internacional

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  • O primeiro tempo do Inter foi tão a passos de formiga e sem vontade que uma galera começou a desconfiar que Roger tinha mandado os caras segurarem o ímpeto por conta do calor. Veio o segundo tempo e todos percebemos que não, nada disso, foi uma atuação ruim mesmo o problema.
  • Registro de imediato que a escalação foi “normal”. Nenhuma grande invenção e um time bem parecido com o que tinha jogado contra o Ju. Só mudou Rômulo por Bruno Henrique. Na teoria, até qualificou. Não foi o que se viu em campo.
  • Mas a real é que o Atlético teve mais perigo. Uma bola do Joe Campel passou a centímetros do gol, por exemplo. Sim, o Inter teve suas chances. Wesley e Bruno Tabata, de falta, mas a real é que isso é bem pouco, né? Só dizer que trocou garrafas com o último colocado é péssimo.
  • Enner Valencia não é nem perto do jogador que um dia imaginamos que seria aqui. Tem um lance emblemático que é uma bola na entrada da grande área que ele não gira e finaliza, mas rola pra trás. Típico lance de quem não tá com fome de marcar gols. Parece desinteressado. Eu sei que é, também, má fase, mas não posso deixar de relatar esse sentimento de todos que ele não tá 100% focado em virar o momento por aqui.
  • Roger tá vendo isso. Trocou ele no intervalo. A tortura é que colocou Lucas Alario. E, no primeiro lance bom, o argentino cabeceou sozinho, na pequena área, e mandou por cima. Gol daqueles que vão pro quadro “inacreditável”, do Fantástico (confesso que nem sei se ainda tem esse quadro).
  • O castigo foi merecido. O gol dos caras veio, mais uma vez, em uma falha na marcação do Bernabei. O ala deixou o cara passar na sua frente, dominar e cruzar. E, como desgraça pouca é bobagem, Thiago Maia teve a chance de corrigir o erro, mas não conseguiu. Pelo contrário, deu uma assistência pro rival. Gente, é muito erro individual, que acaba se tornando coletivo de tanta gente errado, nesse time.
  • Dessa vez, nem Gabriel Carvalho jogou bem. Imagino que ninguém seja irracional a ponto de culpar um guri que fez 17 anos nesse sábado, horas antes da partida. É óbvio que não. Agora, mostrar que nem o cara, que é mega diferenciado, conseguiu jogar, é sintomático que muita coisa deu errado.
  • Roger precisa ser avaliado. Ele teve o que nenhum treinador brasileiro conseguiu até agora: semanas cheias de trabalho. E, nem assim, fez o time jogar bem. Eu sei que essa avaliação precisa de um cupom de desconto. Não há como mudar tudo tão rapidamente, porém, o Roger é o comandante de um time que não faz sua parte nem contra o lanterna. É difícil defender.
  • Mais, Roger fez quatro substituições e colocou os mesmos quatro jogadores que entraram na partida anterior. Valencia por Alario é a terceira vez que acontece. Ricardo Mathias como um segundo atacante também foi repetido. Roger se apega tanto na tática, será que o jeito de jogar tem que ser sempre usando as mesmas soluções?
  • E eu volto aquela história que sempre digo. Quando um aluno vai mal, a culpa é dele. Quando toda a turma não vai bem, a culpa é do professor.
  • Diante de tudo que estamos vendo, é inevitável não contestar muita coisa. Não reavaliar a qualidade do elenco, por exemplo. Eu nem falo só de bola, mas é qualidade como grupo. Ter um bom elenco não é ser bom de bola. Tem toda questão mental, de comprometimento e até de encaixe das peças. Isso precisa de muita reflexão.
  • Pra fechar, acho que tá na hora de todo mundo admitir que é bem improvável uma reação neste Brasileiro. Hoje, o cenário desse grupo montado com base de milhões, se apresentou apenas para não cair. Futebol muda muito, mas a realidade atual é essa.
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