Textor abrevia temporada 2025 e arruína ano do Botafogo | OneFootball

Textor abrevia temporada 2025 e arruína ano do Botafogo | OneFootball

In partnership with

Yahoo sports
Icon: Jogada10

Jogada10

·12 de setembro de 2025

Textor abrevia temporada 2025 e arruína ano do Botafogo

Imagem do artigo:Textor abrevia temporada 2025 e arruína ano do Botafogo

Crie plantas, cães, gatos, abelhas ou tarântulas. Mas nunca expectativa. Este é o pensamento que resume as perspectivas de um ínterim protocolar entre a 23ª rodada do Campeonato Brasileiro e o início da próxima temporada do Botafogo, em abril de 2026. John Textor arruinou 2025 e abreviou o ano corrente do Glorioso para somente seis meses. Os inúmeros erros de planejamento do Godfather resultaram em desastres esportivos que distanciaram o time alvinegro do melhor ano de sua história. No fim das contas, conservar as lembranças de um 2024 fora da curva é uma boa forma de assegurar a mínima sanidade mental diante de uma queda tão brusca de qualidade.

Em 2025, o atual campeão continental e dono da taça do Brasileirão ficou muito longe da possibilidade de levantar, pelo menos, um caneco. Até mesmo quando o título era decidido em jogo único, como, por exemplo, em janeiro, na Supercopa do Brasil, quando a equipe teve a proeza de enfrentar o Flamengo com um zagueiro vendido a outro clube. O 3 a 1, em Belém, ficou barato. Depois, veio a Recopa, uma disputa internacional importantíssima para o Botafogo. Em 180 minutos, o Racing deitou e rolou com um 4 a 0 no placar agregado, com os jogadores argentinos dançando cumbia na zona mista do Estádio Nilton Santos.


Vídeos OneFootball


O Carioca, tudo bem, não conta. A coluna fecha com a visão da SAF. No entanto, o Estadual poderia servir como um excelente período de testes se o Botafogo não ficasse quase 50 dias sem um treinador. O Mais Tradicional terminou o torneio na nona colocação e nem sequer chegou à Taça Rio. Em seguida, com Renato Paiva no banco de reservas, 2025 se anunciava como o “ano das Copas”. Antes, porém, pausa para o Super Mundial da Fifa, com emoções afloradas. Uma vitória épica sobre o PSG para resgatar a autoestima e uma derrota frustrante para o Palmeiras.

Davide é o menos culpado

Paiva, com um trabalho nota 6, pagou com o cargo por não seguir o utópico “Botafogo Way”. Textor buscou, então, Davide Ancelotti. Enquanto o italiano, filho de Carlo Ancelotti, começa a carreira como treinador em condições adversas e precisa de tempo para consolidar a sua obra, o Glorioso remontou o elenco, com chegadas e partidas que enfraqueceram o time. Basta comparar. Não há um “5” como Gregore. Um ponta de força física como Júnior Santos. Nomes que decidem jogos, como Luiz Henrique. No ataque, a soma de Mastriani, Cabral e Chris Ramos não chega à metade de um Igor Jesus. Um elenco montado por um investimento de R$ 700 milhões e repleto de lacunas.

O Botafogo, em menos de um mês, cai para dois adversários inferiores: a LDU, na Libertadores, e o Vasco, na Copa do Brasil. Duas eliminações inadmissíveis, principalmente a da última quinta-feira (11), contra um rival que briga contra o Z4 no Campeonato Brasileiro, com 40 mil pessoas no Colosso do Subúrbio. “A bola pune”, ensinava o antropólogo Muricy Ramalho. O clube liderado pelo big boss trocou o 2025 de consolidação de sua grandeza por um ano de destruição. Seis torneios, seis fracassos. No domingo (14), no Morumbis, contra o São Paulo, começa a jornada para minimizar danos. Alguns, contudo, são irreparáveis.

*Esta coluna não reflete, necessariamente, a opinião do Jogada10.

Siga nosso conteúdo nas redes sociais: Bluesky, ThreadsTwitter, Instagram e Facebook.

Saiba mais sobre o veículo