Tite fala sobre saúde mental, relembra conquistas no Pacaembu e explica por que não voltou ao Corinthians | OneFootball

Um dos maiores treinadores da história do Corinthians, Tite esteve presente no evento de divulgação do Reencontro de Gigantes — amistoso entre lendas de Corinthians e Boca Juniors — e falou abertamente sobre sua saúde mental, que o impediu de assumir o comando do Timão após a saída de Ramón Díaz.

“Estou legal, muito obrigado. Recebi muito carinho. Estou de boa, como a molecada fala, e pronto para, de alguma forma, estarmos juntos. Esse momento, humanamente, é muito rico”, disse Tite.

Foto: Daniel Augusto Jr/Ag. Corinthians

Questionado sobre um possível retorno à beira dos gramados, o treinador preferiu não dar muitos detalhes, mas reforçou a importância de respeitar o tempo de cada um.

“Super-mulher não existe, super-homem não existe. Em um momento oportuno falamos mais. Esse momento é rico. E que nos enaltece”, acrescentou.

Durante o evento, Tite também comentou a emoção de retornar ao Pacaembu, palco de muitas conquistas sob seu comando no Corinthians, especialmente o título da Copa Libertadores de 2012.

“Esse é um momento especial, um momento único. Ele transcende… Que riqueza o relato de vocês todos”, disse, ao se dirigir aos jogadores de Boca e Corinthians. “Estou muito feliz. A gente se remete à sensibilidade, ao feeling, em cada canto, em cada local, em cada bola, em cada passe. A gente tem uma história para contar.”

“Para aqueles que viram e vão rememorar com gatilho de emoção, vão dizer assim: ‘foi muito mais que futebol’. Foi uma grandeza extraordinária, uma grandeza humana. Para fechar, eu lembro que o Sheik dizia que a La Bombonera tremia. E tremia o Pacaembu também. O Pacaembu tremia. Ele tremeu antes e tremeu no intervalo do jogo”, relembrou.

O ex-técnico alvinegro também se declarou ao clube que comandou em três passagens ao longo da carreira. Tite falou sobre as adversidades enfrentadas e como conseguiu superá-las dentro do Corinthians.

“Um momento mágico na minha carreira, e pelo qual tenho a maior gratidão, foi com esse grupo. Ele não é só dos resultados. É fácil falar ‘ganhou o Mundial, ganhou com a base da equipe e ganhou o Mundial depois’. A gente está falando de algo que transcende isso. O futebol é mais do que isso. Essas emoções, essas situações todas, ultrapassar as adversidades”, afirmou.

“No processo todo do Corinthians, sou muito grato às pessoas, à entidade, ao clube, que deram tempo para que o trabalho pudesse acontecer. Não existe varinha mágica. Os trabalhos dos profissionais requerem tempo, inclusive nesses momentos de adversidade, para que, com lealdade e competência, ele possa crescer”, completou.

Tite esteve muito próximo de retornar ao Corinthians em abril de 2025. O técnico já tinha viagem marcada e comandaria seu primeiro treino como novo treinador alvinegro. No entanto, desistiu de última hora após sofrer uma crise de pânico — episódio percebido e alertado por seu auxiliar e filho, Matheus Bachi.

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