Gazeta Esportiva.com
·15 de outubro de 2023
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Carlos Augusto será titular da Seleção Brasileira no difícil confronto com o Uruguai, na próxima terça-feira, às 21h (de Brasília), no estádio Centenário, pelas Eliminatórias Sul-Americanas para a Copa do Mundo. O lateral esquerdo foi uma das surpresas da convocação de Fernando Diniz e agora espera fazer valer o voto de confiança recebido do treinador.
A trajetória de Carlos Augusto é um tanto quanto curiosa. O jogador nunca teve um grande destaque no Corinthians, se transferiu para o Monza quando o clube ainda disputava a Segunda Divisão italiana, mas foi persistente para, neste ano, chegar à Inter de Milão, um dos maiores clubes do mundo, e à Seleção Brasileira.
“Sempre fui o patinho feio na base, até fiquei trocando de posições. Joguei de atacante, meia, zagueiro. Quando você vem para cá, estando ao lado desses jogadores, percebo que aquilo que passei foi bom para eu crescer como pessoa. Só tenho a agradecer por ter passado por esses momentos também”, afirmou Carlos Augusto.
Hoje figurando como uma das primeiras opções da Seleção Brasileira para a lateral esquerda, Carlos Augusto também confessou que não tinha o desejo de atuar na posição quando era mais jovem.
“Meu referencial, aquele que eu vi mais de perto, quando não era tão criança, é o Marcelo, mas são características completamente diferentes. Sou mais físico, de imposição, e ele tem mais qualidade. Acompanhei ele de pertinho. Não vou falar que sempre quis ser lateral, mas foi o que deu certo, então vou continuar assim”, brincou o atleta.
De subestimado no Corinthians a titular em um clássico sul-americano nas Eliminatórias, Carlos Augusto sabe da responsabilidade de corresponder às expectativas, e ele se apoia na bagagem adquirida no futebol italiano, onde atua desde 2020, para não decepcionar Fernando Diniz.
“Acho que minha transição para o futebol italiano foi essencial para a minha carreira. Querendo ou não, não tive uma sequência muito grande no Corinthians. Peguei confiança, cresci como pessoa também, entendi o futebol italiano, que é um pouco mais tático. Quando jogava no futebol brasileiro, me chamavam de lateral defensivo. Na Itália me acham de lateral ofensivo. Tento trabalhar as duas partes para ser o mais completo possível”, comentou.
“É um sonho. A gente se torna jogador para jogar partidas como essa, partidas difíceis. Se tiver a oportunidade, vou estar pronto para ajudar meus companheiros”, concluiu Carlos Augusto, mantendo um mistério inexistente em relação ao time que Fernando Diniz escalará contra o Uruguai: Ederson; Yan Couto, Marquinhos, Gabriel Magalhães e Carlos Augusto; Casemiro, Bruno Guimarães e Neymar; Vinícius Jr, Rodrygo e Gabriel Jesus.