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·23 de abril de 2025

Todo grupo é da morte para quem quer muito morrer

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Empatar com a LDU fora de casa não pode ser considerado um problema. Tem a altitude de quase 3 mil metros, tem os desfalques de La Cruz e Plata - sempre complicado falar se Alan fora é desfalque ou reforço. A equipe equatoriana vive boa fase e sabemos o quão complicado pode ser jogar em Quito e o quão importante é roubar pontos do adversário na casa dele.

O problema é mais como o empate aconteceu e, claro, tudo que aconteceu antes do empate.


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Porque mais uma vez o Flamengo chutou pouco a gol, com o agravante de que, ao contrário das outras partidas, desta vez nem se pode dizer que chances foram criadas. Grande parte do time atuou bem abaixo da crítica, com Wesley e Gerson profundamente confusos, além de Juninho e Bruno Henrique muito mal, e o que se viu em campo foi um volume de decisões equivocadas que parecia menos uma partida do Flamengo e mais uma capela de casamento em Las Vegas ou uma choppada do primeiro período de faculdade.

Diante da visível fragilidade da equipe de Quito, o Flamengo fez sua parte se posicionando de maneira ainda mais frágil, com um primeiro tempo em que o domínio não se traduziu em oportunidades claras e um segundo tempo em que abriu mão desse domínio e, apesar de uma ou duas chances mais claras, acabou cedendo também oportunidades que só não levaram a derrota porque na rinha de incompetência entre as duas equipes os dois galos optaram pela eutanásia assistida.

Mas o agravante é, obviamente, o que veio antes dessa partida, ou seja, a bisonha derrota para o Central Córdoba, em pleno Maracanã, que acabou pegando uma fase de grupos que poderia ser uma história curta, direta e de final feliz, e transformando numa lamentável prova de matemática do ensino fundamental, em que precisamos fazer contas pra saber se vamos mesmo passar pro mata-mata mesmo disputando vaga com equipes que devem ter como orçamento mensal menos do que o Pedro deve doar mensalmente como dízimo pra igreja dele.

Então ainda que o resultado desta terça-feira realmente não tenha sido ruim e o Flamengo dependa totalmente de si mesmo para se classificar na Libertadores, é cansativo ver, mais uma vez, a equipe rubro-negra achando dificuldades no que seria fácil, complicando o que pode ser simples, pegando os limões que a vida dá e espremendo diretamente no próprio olho. A frustração é menos com o que a equipe conseguiu hoje e mais com o que ela poderia ter conseguido, seja nessa rodada ou nas anteriores, mas segue insistindo em não conseguir.

E o que fica agora é a necessidade de vencer. Vencer o Central Córdoba na Argentina, para compensar a derrota, e vencer as duas outras partidas dentro do Maracanã, para garantir a liderança do grupo. Não são missões impossíveis, no papel não chegam nem a ser missões tão complicadas. Mas conhecendo a capacidade e a vontade do Flamengo de se enrolar, é bom sim a gente não apenas se preparar para fortes emoções como levar em conta que nem todas elas tendem a ser positivas.

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