Torcedores detalham os efeitos da altitude para assistir a jogo do Flamengo em La Paz: “Prejudica demais” | OneFootball

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Coluna do Fla

·25 de abril de 2024

Torcedores detalham os efeitos da altitude para assistir a jogo do Flamengo em La Paz: “Prejudica demais”

Imagem do artigo:Torcedores detalham os efeitos da altitude para assistir a jogo do Flamengo em La Paz: “Prejudica demais”

O Coluna do Fla entrevistou os torcedores Carlos Alberto e Cleiton a 3.640 metros do nível do mar


Por: Leo José

O jogo entre Flamengo e Bolívar em La Paz, na última quarta-feira (24), fez um bocado de rubro-negros subir as montanhas bolivianas. Torcedores do Mengão deixaram o Brasil e também se aventuraram a 3.640 metros acima do nível do mar em prol da paixão pelo Mais Querido. Dito isso, será que esses flamenguistas sentiram os famosos efeitos da altitude?

A reportagem do Coluna do Fla conversou com dois rubro-negros em La Paz no dia do jogo. Sob o clima de 20ºC na capital boliviana, Carlos Alberto e Cleiton detalharam os efeitos da altitude que sentiram. Isso porque, a dupla de flamenguistas saiu do estado do Acre para torcer pelo Flamengo na Libertadores.


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— Senti. A turma toda sentiu. Mas nós fizemos uma caminhada muito forte na terça-feira (23), subimos a avenida toda (Av. 16 de Julho), fizemos umas visitas a monumentos históricos e na volta deu uma fadiga. Então, realmente, você sente a falta de ar. No início, para dormir, foi meio complicado. A gente custou a pegar no sono. Falta sempre um pouquinho de ar. Aí é só molhar o nariz, tomar bastante água… assim aliviou — contou Carlos Alberto.

Embora tenha sentido os efeitos da altitude logo no primeiro dia na capital da Bolívia, Carlos também contou que conduziu ‘driblar’ a complicação na quarta-feira (24). Sendo assim, antes de a bola rolar para Bolívar x Flamengo, o rubro-negro fez um novo passeio por outras rotas em La Paz, mas sem tanto esforço físico.

“A ALTITUDE PREJUDICA OS TORCEDORES”

Assim como Carlos Alberto, Cleiton é torcedor do Flamengo e deixou claro que sentiu um cansaço maior assim que desembarcou na região. Isso porque, o aeroporto internacional que atende La Paz fica, na verdade, localizado na cidade vizinha de El Alto, que está a 4.150 metros de altitude. Ou seja, o município supera até mesmo os 3.640 metros da capital boliviana.

— Apesar de eu ser do Acre, um estado vizinho, senti um pouco de fadiga, falta de ar, cansaço. No aeroporto, na cidade de El Alto, senti bem mais, até porque lá é quase 4 mil metros acima do nível do mar. Aqui em La Paz mesmo sentimos um pouco. Acredito que falta mesmo (o ar), tem a fadiga. A altitude prejudica os torcedores e deve prejudicar os jogadores também — detalhou Cleiton.

LÉO ORTIZ E GERSON TAMBÉM FALARAM COM O COLUNA DO FLA

Se com exercícios e tarefas do dia a dia a altitude ‘pegou’ os torcedores do Flamengo em La Paz, dentro de campo não foi diferente. A reportagem do Coluna falou com o zagueiro Léo Ortiz, após derrota de 2 a 1 para o Bolívar, e o zagueiro explicou como foi para os atletas se empenharem fisicamente nos 3.640 metros de La Paz.

— Sabemos que era um jogo totalmente atípico do que é o futebol. Aqui se joga um jogo bem diferente. Visivelmente, para as pessoas de fora, é bem aparente, e para quem está lá dentro é muito mais. Eu nunca tinha vivido uma experiência como essa. Realmente, a gente sente muito dentro de campo — disse Léo Ortiz.

O meio campista Gerson também abriu o jogo sobre altitude. Dessa forma, ainda em contato com o Coluna do Fla em La Paz, o camisa 8 disse: “É difícil. Jogo difícil, jogo na altitude. É parabenizar a todos pela coragem de jogar”.

Ainda no Estádio Hernando Siles, o Coluna abordou outros brasileiros. Sendo assim, mesmo que em menor parte, alguns rubro-negros disseram que os efeitos da altitude passaram despercebidos. Desse modo, é notável que cada organismo reage de uma forma peculiar à vida nas alturas da capital da Bolívia.

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