Transformação do Cruzeiro em Sociedade Anônima do Futebol é aprovada por conselho | OneFootball

FOTO: GUSTAVO ALEIXO / FLICKR / CRUZEIRO E.C.

O Cruzeiro aprovou na noite desta terça-feira (3) a transformação do futebol do clube. Saindo do modelo de associação e passando para o modelo de Sociedade Anônima do Futebol, agora o clube aguarda a sanção da lei pelo presidente Jair Bolsonaro e já poderá implementar as mudanças necessárias.

A votação ocorreu de forma híbrida, entre conselheiros presentes no Clube do Barro Preto e também conselheiros em plataforma virtual. A assessoria do Cruzeiro divulgou os números da votação. No total, 224 conselheiros votaram, com 217 votos favoráveis (163 presenciais e 54 virtuais), 6 contras (5 presenciais e 1 virtual) e 1 nulo (virtual).

A criação dessa nova entendida será a responsável por manter e gerir a pasta de futebol da Raposa. A princípio, a ideia é que até 49% da SAF seja passível de venda a investidores externos, com a associação atual permanecendo detentora de 51%. Nome, sede, escudo, cores, entre outras propriedades do Cruzeiro permanecerão intactos.

Antes mesmo do projeto ser aprovado nesta noite, uma minuta contendo os principais pontos da Sociedade Anônima do Futebol foi distribuída aos conselheiros. O documento traz mais detalhes sobre como será o processo de transição e o funcionamento da SAF. Apesar de não ser unanimidade, a tendência é que a transformação seja devidamente aprovada, mas não sem antes ter algumas possíveis emendas e alterações em sua concepção.

Entenda a lei:

O Projeto de Lei 5516/19 de autoria do Senador Rodrigo Pacheco foi votado e aprovado no Congresso Nacional no último mês. Agora, a lei se encaminha para a provável sanção do presidente Jair Bolsonaro, que deve acontecer ainda neste mês de agosto.

Agora, a Sociedade Anônima do Futebol, ou SAF, pode ser implementada por clubes que desejam dissolver a prática do futebol de suas entidades de associações sem fins lucrativos, podendo criar uma empresa nos modelos de atuação bem parecidos com os de uma Sociedade Anônima, mas com o estabelecimento de normas de segurança, governança, compliance e abre aos clubes uma novas possibilidades de captação.

A Lei também apresenta sistemas específicos para pagamento de dívidas, emissão de ações, fundo de investidores e outros pontos que interessam ao Cruzeiro, que vive uma crise financeira sem precedentes na história do futebol brasileiro – a dívida do clube chegou próximo a casa do R$1 bilhão e um apresentou déficit de quase R$400 milhões.