FNV Sports
·16 de janeiro de 2020
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·16 de janeiro de 2020
Os anos 80, na Inglaterra, foi uma das piores épocas para se acompanhar futebol no país. Devido a presença dos Hooligans, a truculência da Policia local e as brigas entre os torcedores. Como cita Simon Curtis, em fanático frequentador de jogos do City nos anos 80, à uma entrevista no Yahoo Esportes: ” Voltávamos para correr pelas ruas molhadas apenas pelo prazer de ser direcionados violentamente em locais com arame farpado e grades de mais de dois metros de altura na frente e nas laterais, com condições provavelmente semelhantes às encontradas por um prisioneiro em um acampamento de guerra”.
E, com o passar do tempo, os clubes ingleses se envolveram em tragédias que ficaram marcadas para sempre no meio esportivo. A tragédia de Hillsborough em 1989, quando 96 pessoas morreram. Em 1985, em Bruxelas, na Bélgica, ocorreu o desastre de Heysel, quando 36 pessoas morreram e 600 ficaram feridas. Por outro lado, também em 1985, 56 morreram queimadas na tragédia de Bradford.
Em 1989, aconteceria uma fatalidade que mudaria os rumos do Futebol Inglês à partir daquele dia. Liverpool e Nottingham Forest se enfrentariam no estádio Hillsborough, partida válida pela Semifinal da Copa da Inglaterra. A torcida do Nottingham, em menor número, ficou em uma parte do estádio que comportava 20 mil pessoas e com várias saídas. Por outro lado, torcida dos Reds, ficou em um local de 15 mil pessoas e poucas saídas. Na época, se vendia ingressos no dia do jogo. Os ingressos do Liverpool se esgotaram e cerca de 5 mil pessoas ainda ficaram para fora.
Com a proximidade do jogo, a segurança “resolveu” o problemas abrindo um dos setores de saída para a entrada dos torcedores, com medo de uma onda de violência. Como o policiamento era pequeno, todos os 5 mil torcedores sem bilhete entraram no estádio. Mas, quem estava próximo ao gramado, nos alambrados, incluindo crianças e adolescentes, começaram a ser esmagados pelos torcedores. Alguns poucos conseguiram arrombar um portão e sair, outros pularam o alambrado, mas, alguns que estavam do outro lado, não conseguiram. E, aos 7′ da primeira etapa, o muro cedeu. No fim, 95 pessoas morreram e mais de 700 ficaram feridas.
Dessa forma, Até hoje, apenas uma pessoa foi condenada pela tragédia. O ex-secretário do Sheffield Wednesday e proprietário do estádio de Hillsborough, Graham Macrell. Por outro lado, o chefe da policia responsável pela segurança da partida, David Duckenfeld, está em liberdade. O Júri não chegou a um veredito.
Em 25 de Maio de 1985, aconteceu um dos maiores desastres do futebol. Juventus e Liverpool disputariam à final da Champions League daquele ano, no estádio de Heysel, em Bruxelas, na Bélgica. O ano de 1985, já vinha sendo marcado como um dos piores anos no futebol Inglês. Da mesma forma, o estádio de Heysel, apesar do seu tamanho, não tinha condições de receber aquele evento. A estrutura era desgastada e existiam paredes a ponto de ceder.
Torcedores faziam buracos nas paredes para conseguirem entrar, isso causou superlotação no estádio. As duas torcidas se dividiram atrás dos gols, separadas por uma grande parte de setores “mistos”. Por outro lado, havia uma parte do estádio que foi destinada aos torcedores locais, e, que, acabou sendo ocupada por vários torcedores da Velha senhora.
A confusão começou cerca de uma hora antes do apito inicial. Objetos e pedras eram atirados de ambas as partes. Torcedores do Liverpool foram em direção a arquibancada, que só contava com cinco policiais na proteção. Muitos Juventinos eram espremidos no muro, alguns tentavam pular as grades. A estrutura não suportou e desabou sobre as pessoas. Fatal para 39 pessoas delas e deixando, por volta, de 600 feridos.
Logo depois, a torcida da Juventus, do outro lado, se revoltou e começaram a pular o alambrado e irem sentido aos torcedores ingleses. Uma batalha campal era travada contra os policias, que tentavam impedir os italianos de chegarem a torcida dos Reds. Por outro lado, a Uefa decidiu manter a partida. O jogo começou e o pau quebrava nas arquibancadas. A Juventus venceu por 1 x 0, gol de Platini. Mas, não houve comemoração alguma. No dia mais triste da Champions.
Em 11 de Maio de 1985, o Bradford City recebia o Lincoln City em partida que comemorava a conquista da terceira divisão do Campeonato Inglês. Quando começou o fogo nas arquibancadas do Vallery Parede, que imediatamente se espalhou para toda a arquibancada. Os torcedores corriam para não serem engolidos pelo fogo. Por outro lado, o estádio contava co arquibancadas de madeira, sendo assim, o fogo se espalhou com mais facilidade.
Segundo as autoridades, o incêndio se iniciou devido a um cigarro que foi atirado no lixo, com muito lixo acumulado na arquibancada e o forte vento, o fogo se espalhou. Sendo assim, o corpo de Bombeiros foi acionado, mas, com poucos extintores, nada pôde fazer. Ainda mais, havia apenas sete saídas abertas, ou que foram arrombadas pelos torcedores. O campo de jogo também foi uma rota de escape para as pessoas. No fim, 56 pessoas foram mortas, queimadas ou pisoteadas na correria.