DomíniodeBola
·21 de novembro de 2024
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O FC Porto enfrenta novamente a possibilidade de sanções pela UEFA devido ao incumprimento de um dos critérios financeiros obrigatórios: o indicador de estabilidade/football earnings. Este critério exige que o défice entre despesas e receitas relevantes não exceda os 5 milhões de euros. Contudo, o clube apresenta um saldo negativo de 55 milhões de euros nos últimos dois exercícios (2022/2023 e 2023/2024), resultado de uma pesada herança financeira deixada pela anterior administração.
A nova administração, liderada por André Villas-Boas, herdou uma dívida acumulada a clubes e agentes no valor de 97 milhões de euros, enquanto as receitas antecipadas pelos anteriores dirigentes deixam apenas 7 milhões de euros disponíveis. Este cenário coloca os dragões sob uma maior fiscalização financeira por parte da UEFA, que poderá resultar em:
Apesar disso, o incumprimento atual não interfere no indicador solvabilidade/overdue payables, mas o clube terá de justificar o défice e apresentar um plano detalhado para cumprir as exigências financeiras no futuro.
A solução poderá passar por um novo settlement agreement com a UEFA, onde os dragões apresentariam um plano de recuperação financeira. O clube estima que a soma das receitas da época 2024/2025, associada ao recente aporte de 50 milhões de euros pela Ithaka, permitirá atingir o equilíbrio necessário. Este acordo com a Ithaka envolve a partilha das receitas comerciais do Estádio do Dragão até 2049, uma medida estratégica para gerar capital e regularizar as contas.
O clube espera que a monitorização mais rigorosa por parte da UEFA, incluindo possíveis reuniões em Nyon, Suíça, ajude a demonstrar a viabilidade do plano de estabilização financeira.
A revelação do incumprimento consta no prospeto do recente empréstimo obrigacionista de 30 milhões de euros, lançado pelo clube para equilibrar as finanças. No documento, o FC Porto reconhece a necessidade de justificar o défice e apresenta medidas a implementar nos próximos anos para garantir a conformidade com os regulamentos da UEFA.
Fontes internas indicam que o FC Porto está confiante na resolução deste problema, uma vez que o capital da Ithaka e a reestruturação das receitas futuras oferecem uma solução viável. A administração acredita que, com o tempo, será possível equilibrar os 55 milhões de euros de défice, garantindo o cumprimento do regulamento e evitando sanções mais severas.
O clube mantém o objetivo de estabilizar as finanças e continuar a competir ao mais alto nível nas competições europeias, ciente de que a reputação e sustentabilidade dependem da resolução deste imbróglio.