VALE TUDO: São Paulo barganha prorrogar empréstimo de Marcos Antônio para efetivar a compra só em 2026 | OneFootball

Volante foi mais uma vez titular (e um dos destaques) no Paraguai (Rubens Chiri/SPFC)

RAFAEL EMILIANO@rafaelemilianoo

Sem dinheiro e em crise no caixa, com dívida batendo R$ 1 bilhão e o maior prejuízo de sua história no ano passado, aliado ao teto de gastos imposto pelo fundo de investimentos para gastos no futebol profissional, o São Paulo se vira nos 30 para garantir a permanência de uma peça que virou essencial em seu elenco para esta temporada: Marcos Antônio.

O inchaço no tornozelo direito que tirou Alisson de dois jogos em fevereiro acabou sendo a primeira engrenagem na mudança de cenário que alçou Marcos Antônio à titularidade no São Paulo, e olha que ele nem começou jogando a primeira partida sem o camisa 25, lugar que ficou reservado para Bobadilla.

Entretanto, no compromisso seguinte ele formou a dupla de volantes ao lado de Pablo Maia, justamente quando este sofreu uma lesão ligamentar no tornozelo direito. Assim, o retorno de Alisson não o tirou do time, como seria esperado. Pelo contrário. Marcos começou jogando em cinco dos sete jogos desde então.

O volante só ficou no banco na semifinal do Campeonato Paulista, contra o Palmeiras, quando o técnico Luis Zubeldía optou por escalar Oscar na posição, e na estreia na Libertadores, diante do Talleres, porque Luiz Gustavo estava disponível como o único primeiro volante veterano do elenco.

E, aí, nova questão física de outrem acabou fazendo Marcos voltar à equipe: um episódio de tromboembolismo pulmonar afastou Luiz Gustavo.

Foi essa série de eventos que permitiu a Marcos ser um dos únicos jogadores de linha do elenco a começar jogando em todas as rodadas do Campeonato Brasileiro até aqui.

Apesar da atual sequência, o futuro de Marcos ainda está em suspense. Emprestado até o meio do ano pela Lazio, da Itália, ele terá que ser comprado pelo Tricolor caso atue em 50% dos jogos por pelo menos 45 minutos.

Por ora, isso aconteceu em 22 jogos, mas, como não se sabe a partir de qual o total começou a contar, o percentual pode ser de 40,8% a 44,4%.

O número de partidas será irrelevante, porém, se ele seguir como titular até o seu empréstimo. Nesse caso, ele atingirá a meta, e o São Paulo terá que pagar um valor estimado em cerca de R$ 25 milhões.

O acordo prevê parcelamento do valor em três vezes anuais. Mas a primeira já tem de ser paga no ato da compra.

E esse é o assunto tratado como prioritário no bastidor são-paulino. E aliar o cenário financeiro atual com o gasto estimado pelo jogador força a se estudar e buscar soluções internas.

Uma delas foi revelada nesta quinta-feira (24) pelo portal 'Arquibancada Tricolor'. Segundo reportagem publicada pelos colegas, o plano no Morumbi é oferecer à Lazio uma prorrogação do empréstimo até o final do ano. Mas mantendo as bases acertadas de compra, incluindo a porcentagem necessária para a aquisição em definitivo do jogador.

O motivo para isso seria o de aliviar o fluxo de caixa e impedir que o teto de gastos seja furado.

O AVANTE MEU TRICOLOR apurou que a diretoria não conseguiu barganhar com a Lazio o adiamento da primeira parcela da compra em definitivo para janeiro. Isso mesmo com o São Paulo oferecendo pagar duas prestações em um mesmo ano (2026, no caso).

Nesse cenário, o entendimento de pagar mais pelo jogador (afinal uma taxa extra pela cessão por mais seis meses seria necessária) se torna plausível (e ainda assim mais barato, ou possível, digamos, no final das contas).

No São Paulo desde julho de 2024, Marcos Antônio disputou 28 jogos com a camisa do Tricolor, sendo 22 delas como titular, em um total de 1.847 minutos. Nesta temporada são 14 jogos e uma assistência distribuída.