Papo na Colina
·02 de outubro de 2025
Vasco detalha à Justiça necessidade urgente de empréstimo de R$ 80 milhões e avança em acordo com a Crefisa

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·02 de outubro de 2025
O Vasco formalizou à Justiça os esclarecimentos sobre o pedido de financiamento na modalidade DIP Financing (financiamento para empresas em recuperação judicial), no valor de aproximadamente R$ 80 milhões. O documento foi encaminhado à 4ª Vara Empresarial do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro e apresenta o empréstimo como medida essencial para evitar o colapso financeiro imediato do clube.
Segundo o relatório apresentado, o Vasco prevê um desembolso de cerca de R$ 70 milhões até dezembro de 2025 para manter em dia salários de atletas — do profissional, base e futebol feminino — além de pagamentos a fornecedores estratégicos, tributos e custos operacionais do futebol. O déficit de caixa já ameaça a continuidade das atividades do clube.
Pedrinho, presidente do Vasco, e Leila Pereira, presidente do Palmeiras — Foto: Anderson Romão/AGIF
Negociação no mercado e escolha da Crefisa
Para viabilizar o empréstimo, o Vasco abriu uma concorrência no mercado financeiro. Ao todo, mais de 60 instituições foram consultadas, 40 assinaram acordos de confidencialidade e cinco apresentaram propostas firmes. A Crefisa foi escolhida por oferecer as melhores condições.
O presidente Pedrinho explicou ao ge que o pedido já foi submetido à juíza responsável pelo processo de Recuperação Judicial e destacou o bom relacionamento com José Lamachia, dono da Crefisa e marido de Leila Pereira.
— Desde o início do planejamento da recuperação judicial, já estava prevista a necessidade de um empréstimo para ajustar o fluxo de caixa e garantir que o clube pudesse honrar seus compromissos imediatos. Graças à responsabilidade financeira, conseguimos postergar essa captação e buscar a melhor alternativa no mercado — afirmou o mandatário vascaíno.
Além do financiamento principal, a Crefisa também se comprometeu a disponibilizar recursos para projetos incentivados da associação, em parceria paralela ao empréstimo.
Foto: Reprodução/Vasco
Garantias e legalidade
O clube informou à Justiça que a operação será garantida por 20 mil ações da SAF, sem comprometer ativos estratégicos como São Januário, direitos de TV, bilheteria, patrocínios ou receitas futuras. A diretoria também defendeu que a transação respeita a Lei da SAF, a Lei Pelé e os regulamentos de FIFA e CBF, dispensando aprovação do Conselho Deliberativo ou de Assembleia de Credores — bastando a autorização judicial.
O que está em jogo
Com o pedido, o Vasco argumenta que o empréstimo é fundamental para manter a operação do futebol e evitar atrasos salariais e paralisações internas. A expectativa é que a Justiça delibere nos próximos dias.
Se aprovado, o financiamento com a Crefisa será uma das principais movimentações financeiras do clube desde o início da recuperação judicial — e pode representar um alívio momentâneo, mas também um compromisso relevante para os próximos anos.
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