VEXAME: VAIADO SÃO PAULO VOLTA A DECEPCIONAR, PERDE PARA O VASCO EM PLENO MORUMBI E LIGA O ALERTA NO BRASILEIRÃO | OneFootball

Enzo Díaz foi um dos vilões da noite no Morumbi (Ricardo Moreira/Getty Images)

RAFAEL EMILIANO@rafaelemilianoo

O São Paulo continua decepcionando sua torcida e se despediu da pior maneira possível antes da pausa do calendário para a disputa do Mundial de Clubes.

Na gelada noite desta quinta-feira (12), no Morumbi, a equipe tricolor mais uma vez teve uma atuação abaixo da média e foi surpreendida pelo Vasco da Gama: derrota por 3 a 1, que mantém sua situação crítica no Campeonato Brasileiro.

O resultado encerra de uma só vez dois tabus que os são-paulinos mantinham ante o adversário carioca. Primeiro, não perdiam como mandantes para eles desde 2012. Segundo, também não sabiam o que era sofrer um revés para o técnico rival, Fernando Diniz, dentro de seus domínios.

Mais do que históricos, contudo, fica o gosto amargo de um time que segue sem se encontrar dentro de campo na principal competição nacional e passará um mês atormentada pelo fantasma da zona de rebaixamento.

A rodada não foi das melhores ao Tricolor. Além do tropeço em casa para um concorrente direto na parte de baixo da tabela, rivais diretos venceram e complicaram a vida são-paulina. A equipe agora é só a 14ª na classificação, com 12 pontos, só um acima do temido Z-4.

O jogo desta noite foi sintomático do rendimento dos comandados de Luis Zubeldía nesse Brasileirão. Mais uma vez foi um São Paulo que teve a posse de bola concedida pelo adversário e não conseguiu criar os espaços necessários para ao menos tentar criar alguma chance de perigo.

A melhor chance em toda a primeira etapa foi de Luciano, logo aos 2 de jogo, em um chute da entrada da área que passou com certo perigo. Mas foi só. No restante do tempo, o Tricolor foi presa do esquema vascaíno, muito bem postado defensivamente e pronto para aprontar no contra-ataque.

Aos 25, não teve jeito e o Vasco abriu o placar. Paulo Henrique acertou belo passe de calcanhar no meio-campo para Rayan e o garoto arrancou em velocidade, passou pela marcação e bateu forte para o gol, sem chances de defesa para Rafael.

O tento visitante complicou o que já estava devidamente complicado e a partir de então o São Paulo não conseguia mais sequer articular. E então o Vasco passou a jogar em cima da individualidade tricolor. Deu ruim.

Aos 39, de novo Rayan brilhou. E contou com uma ajudinha. O garoto vascaíno pressionou a saída de bola do time de Zubeldía, conseguiu desarmar Enzo Díaz na entrada da área e finalizou. Rafael espalmou, mas Nuno Moreira estava livre no meio da área para completar às redes e ampliar a vantagem dos cariocas.

A noite dos horrores são-paulina poderia ser ainda pior. Aos 43, Paulo Henrique recebeu ótimo passe de Vegetti, ganhou de Enzo Díaz na velocidade e finalizou com perigo, para ótima defesa de Rafael. Nos acréscimos, foi a vez de Rayan aparecer de novo, cabeceando com perigo para fora um cruzamento à área que foi desviado.

Apático e pragmático, o São Paulo estava completamente acuado. E a torcida deu o tom da insatisfação, vaiando com força o time na saída do intervalo. Zubeldía tentou mudar o paradigma com três alterações, mas pouco adiantou e a equipe voltou para a etapa final ainda sem conseguir uma maior efetivação da articulação inútil que fazia na entrada da área. Isso com o Vasco de novo aparecendo com perigo no contra-ataque, como aos 10, quando Coutinho exigiu excelente defesa de Rafael e quase ampliou, e aos 12, com finalização de Hugo Moura.

O show de horror são-paulino, contudo, estava longe de terminar. E aos 23, mais uma vez as falhas individuais jogaram contra. Em mais um erro na saída de bola, Rafael, pressionado, preciso afastar um recuo de qualquer jeito e deu de presente para Paulo Henrique, que cruzou na medida para Vegetti, livre de qualquer marcação na área, marcar mais um.

Com ampla vantagem a seu favor, o Vasco abdicou do jogo. E mais uma vez foi a retórica que se tornou normal do São Paulo nesta temporada: um time que mantém ampla posse de bola, mas que não consegue criar nada efetivo, fomentando a habitual angústia à torcida que cada vez mais não vê motivos para ter alguma empolgação com o time que vem se habituando a não vencer. Mesmo assim, nos acréscimos, a joia Ryan Francisco diminuiu em um chute de fora da área.

Juntando os cacos e entrando na pausa do Mundial em crise, o Tricolor volta a campo agora só no dia 13 de julho, contra o Flamengo, fora de casa, também pelo Brasileirão. A CBF ainda não divulgou a tabela detalhada com data e horário confirmados.