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·23 de novembro de 2025

Virada épica encerra jejum de 31 anos do Remo: de volta à Série A

Imagem do artigo:Virada épica encerra jejum de 31 anos do Remo: de volta à Série A

31 anos fora da elite. 31 anos de gritos entalados na garganta. Uma festa única, com um roteiro que parecia escrito para as telas grandes. Depois de sair atrás do Goiás no placar, o Remo buscou virada épica. Empurrado por um Mangueirão exuberante, pelo talento de Pedro Rocha e pelos gols de João Pedro. Um 3 a 1 para ficar para a história da Série B e do futebol brasileiro.

Era preciso muito para o Remo. Era preciso vencer. Era preciso torcer por tropeços de outros adversários. Era preciso acreditar. E o Remo acreditou, do início ao fim. Mesmo quando nada parecia estar a seu favor. Mesmo quando a sorte parecia faltar. Em nenhum momento houve silêncio ou dúvida: apenas entrega e ambição de fazer história.


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E, quem acompanhou Remo e Goiás viu justamente isso: a história sendo escrita, em campo. Provavelmente a mais bela da Série B. Daquelas que fazem o torcedor mais cínico voltar a acreditar no futebol. O Remo está de volta a elite, que deixou em 1994, e trará o Pará de volta ao Brasileirão em 2026.

Do susto ao 'Eu Acredito'

A torcida preparou a festa e aquele clima especial no Mangueirão. Em campo, o Remo respondeu partindo para o abafa contra o Goiás. Tudo indicava que seria difícil para o Esmeraldino suportar a pressão inicial, mas bastou um lance para o time visitante jogar um balde de água fria em todos.

Com sete minutos de jogo, o Goiás chegou pela primeira vez no ataque pela direita. O cruzamento foi mal afastado, para a entrada da área, e Willean Lepo não perdoou o erro: mandou forte para o fundo da rede.

Depois de um breve momento de abalo, o Remo juntou suas forças e partiu para o ataque. Contra os apelos de Fábio Carille, o time visitante recuou as linhas e deixou de criar perigo, mesmo nos contra-ataques. Mas a sorte não parecia estar no lado do Leão Azul: as finalizações teimavam em ir para fora, ou paravam em defesas de Tadeu.

Coube a Pedro Rocha mudar o cenário em jogada individual. O artilheiro do Brasileirão cortou dois marcadores na intermediária e arriscou de fora da área: acertou um petardo no canto, sem chance de defesa.

E o primeiro tempo terminou ao som do Mangueirão - "Eu acredito".

Um grito de 31 anos

O segundo tempo voltou com o esperado clima de decisão, e renderia um dos jogos mais interessantes de toda a Série B. Movido pela euforia de sua torcida, o Remo partiu novamente para cima, mas desta vez encontrou um Goiás mais alerta e disposto a também atacar. O jogo ficou aberto e repleto de emoção.

A notícia do gol do Cuiabá sobre o Criciúma fez o Mangueirão explodir novamente em festa: um resultado que tornava o acesso mais provável. Faltava ainda o principal: vencer. Mas o torcedor seguiu entoando o canto - "Eu acredito!"

E quem mais faria o torcedor acreditar que não Pedro Rocha. O atacante veterano arriscou novamente jogada individual, venceu a marcação e bateu cruzado para a área. João Pedro apareceu como uma flecha na área para reivindicar a pelota entre a defesa e fazer o Mangueirão desmanchar em lágrimas de emoção.

O Goiás sentiu o golpe, mas não tinha tempo para pensar em mais nada. Precisou se atirar ao ataque de forma atabalhoada, errando lances no terço final por evidente nervosismo.

Não daria mesmo para o Esmeraldino. Aos 38 minutos, em cruzamento da direita, João Pedro - ele de novo - apareceu na área para cabecear e fazer o 3 a 1. Um gol que fez o Mangueirão soltar um grito entalado há 31 anos.

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