Gazeta Esportiva.com
·26 de março de 2024
In partnership with
Yahoo sportsGazeta Esportiva.com
·26 de março de 2024
Com a vitória sobre a França por 2 a 0 na semana passada, a seleção da Alemanha ganhou “confiança” faltando apenas três meses para a Eurocopa em casa, afirmou Philipp Lahm, campeão do mundo em 2014, em entrevista à AFP.
O agora presidente do comitê organizador da Euro 2024 considera que o resultado positivo contra os franceses vai mobilizar todo o país porque a seleção alemã “jogou um grande futebol e fez isso com paixão”.
Eliminada na fase de grupos da Copa do Mundo de 2022 e com apenas três vitórias em 11 jogos em 2023, que causou a demissão do técnico Hansi Flick e a chegada de Julian Nagelsmann, o pessimismo tinha tomado conta dos torcedores alemães, que inclusive temiam um vexame no torneio continental.
“A Alemanha jogou de forma totalmente diferente contra a França, atual vice-campeã mundial e grande favorita ao título na Euro. Temos um meio de campo consolidado e jogadores de ataque que são jovens e dinâmicos”, comemorou o ex-capitão do Bayern de Munique e da seleção.
“Jogadores de muito talento como Jamal Musiala e Florian Wirtz são relativamente jovens, mas já têm muita experiência e potencial para levar a Alemanha a um nível superior”, acrescentou Lahm.
“Mas só poderemos ter certeza se (o bom desempenho e os resultados) continuarem por um bom período de tempo”, advertiu o ex-jogador.
A seleção alemã fará nesta terça-feira outro amistoso, contra a Holanda, um dos últimos testes antes da estreia na Euro, contra a Escócia, no dia 14 de junho.
Apesar da vitória sobre os franceses, Lahm considera que há outras equipes à frente da Alemanha, começando pela própria França.
“Eles têm 40 jogadores de muito talento. Têm um time equilibrado, com jogadores no banco que têm totais condições de serem titulares”, destacou o ex-jogador alemão sobre o elenco do técnico Didier Deschamps.
A grande vitória do último sábado fez inclusive o país esquecer por alguns dias a polêmica gerada na semana passada pelo anúncio da Federação Alemã de Futebol (DFB) do fim da parceria de 70 anos com a Adidas para firmar contrato com sua grande concorrente, a americana Nike.
“Fiz 113 jogos pela Alemanha com a Adidas, joguei no Bayern com a Adidas, só conheci a seleção com a Adidas. Quando era menino e via os jogos da seleção pela televisão, via Adidas. Deve haver razões muito fortes para a mudança”, declarou Lahm.
Responsável pela organização da Euro, Lahm se mostrou convencido de que o título vai para “uma grande nação do futebol” e espera que o evento recupere o ambiente vivido na Copa do Mundo de 2006, que na Alemanha é lembrada como um “conto de fadas” e como uma via para presentar um país unificado ao mundo, 17 anos depois da queda do muro de Berlim.
No entanto, a situação geopolítica mudou e uma das grandes preocupações dos organizadores é a possibilidade de haver um atentado terrorista.
“A segurança é a principal prioridade, do início ao fim do torneio, que chega em um momento difícil, mas é importante mostrar que estamos todos unidos para fortalecer nossa democracia”, disse Lahm.