Jogada10
·06 de novembro de 2025
Vitória sobre o Vasco pode ser o divisor de águas que o Botafogo precisa

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·06 de novembro de 2025

Quem te viu, quem te vê, já versava o poeta. O Botafogo deixou de ser um infalível remédio para insônia ao se (re)colocar como um forte postulante a uma vaga na próxima fase de grupos da Copa Libertadores, sem precisar perder tempo com as preliminares dos primeiros meses de 2026. Afinal, na quarta-feira (5), no Estádio Nilton Santos, o Glorioso, consistente, atropelou o Vasco por 3 a 0, com um futebol avassalador, muito distante da apresentação de sábado (1), quando torturou os seus torcedores com um desempenho modorrento no score zerado diante do Mirassol, no interior paulista. Por mais que seja um clichê, o Alvinegro mudou da água para o vinho em apenas três dias. A atuação coletiva contra o Cruz-Maltino pode ser, então, o divisor de águas do Mais Tradicional até o fim da temporada.
No último fim de semana, o Botafogo não teve Savarino e Tucu no meio de campo. Os dois sentiram desconfortos. O retorno da dupla ajuda a explicar a retomada da energia, principalmente pelas associações com os demais jogadores de ataque, além da melhor qualidade nas linhas de passes, inversões e liberdade de circulação. Em Mirassol, quase sem opções, o técnico Davide Ancelotti apostou em um esquema com três volantes, e o Glorioso foi uma nulidade em criação. No Colosso do Subúrbio, Sava brindou Artur com uma assistência no segundo gol. Já o ex-jogador da Inter de Milão, destaque nos últimos embates, sofreu o pênalti do 1-0 e ainda cravou uma dinamite no travessão do Vasco.
“Tucu está bem, está acabando o seu período de adaptação e sendo o jogador mais importante do time nas últimas partidas. Foi uma das piores partidas que fizemos lá em Mirassol. Contra o Vasco, tivemos mais clareza, plano de jogo. Mudou tudo. Tivemos outra ambição, qualidade, jogamos para ganhar do começo ao final”, diagnosticou o técnico Davide Ancelotti, após ser perguntado pela equipe de reportagem do Jogada10, sobre a abissal diferença entre as duas partidas.
O grande desafio, agora, é riscar a palavra “oscilação” do vocabulário no universo preto e branco. A torcida alvinegra não vê o Botafogo como um time confiável justamente por sua irregularidade e falta de uma sequência de boas partidas. A inconstância, aliás, tem dado o ar da graça até mesmo em boas exibições do Glorioso, principalmente com uma queda física acentuada na etapa final. A exceção, claro, ocorreu na noite de quarta passada. O Mais Tradicional teve a sua performance exemplar nesta edição do Brasileirão, aquela de emoldurar em um quadro. Aquece o coração quando o time demonstra a sua condição de atual campeão continental e nacional.
“Acho que 90 minutos assim não jogamos em nenhum jogo. Tivemos momentos bons, mas com essa continuidade não tivemos. Conseguimos fazer o segundo gol. Isso nos ajudou. Mas, às vezes, não conseguimos. Seguramente, temos que melhorar. Temos momentos do jogo em que perdemos um pouco a ideia de como jogar, de como nos posicionar. O time fica um pouco longo, por vezes. Foi um jogo em que tudo deu certo. Porém, temos que manter o equilíbrio”, reconheceu Ancelottinho.
O Botafogo é o sexto colocado com 51 pontos. O Bahia, quinto, soma 52. Se o time carioca ultrapassar o Esquadrão de Aço, estará no G5, zona que permite o acesso direto à fase de grupos da próxima edição da Copa Libertadores. A equipe alvinegra volta a campo neste domingo (9), contra o Vitória, fora de casa, às 18h30 (horário de Brasília), no Barradão, em Salvador.









































