MundoBola Flamengo
·29 de outubro de 2025
Wallace cita gratidão ao Flamengo, analisa time de Filipe Luís e projeta reta final da carreira

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·29 de outubro de 2025

Atualmente no Londrina, aos 37 anos, Wallace teve uma passagem de quase quatro anos pelo Flamengo na década passada. Em entrevista ao MundoBola Flamengo, o defensor revelou seus próximos passos na carreira, relembrou os tempos com o Manto Sagrado e projetou o duelo decisivo contra o Racing.
Em duas temporadas pelo Corinthians, o jogador participou dos títulos da Libertadores e do Mundial de Clubes. Em 2013, o Rubro-Negro acertou a contratação do atleta após sua rescisão de contrato com o alvinegro. Para o zagueiro, sua passagem pelo Mais Querido representou a realização de um sonho de criança.
"Foi importantíssimo. Sou muito grato ao clube por tudo que me proporcionou e ter tido também a realização de um sonho de moleque de jogar no clube. Além de ter tido um desenvolvimento como ser humano muito grande pelos momentos de alegria que tive e pelos momentos de tristeza também. Aquilo foi me moldando e me tornando um cara muito mais forte, mais suscetível a suportar as pressões que a vida impõe e o futebol te apresenta", afirmou o jogador.

Foto: Alexandre Loureiro/Getty Images
"Me sinto feliz e honrado por ter vestido a camisa do Flamengo e feito quase 200 jogos em quase quatro anos. Poucos conseguiram esses tipos de números, conquistas e ter vencido no Flamengo. Me sinto lisonjeado, ainda mais se tratando de um clube que tem 130 anos de história. Sempre que posso estou acompanhando os jogos porque tenho um grande carinho pelo clube", revelou o defensor.
Uma das grandes características da equipe de Filipe Luís é a solidez defensiva. Além da linha de defesa, todo o sistema de jogo do técnico contribui para os bons números defensivos do setor. Para Wallace, o fato do Rubro-Negro sofrer poucos gols torna o time um dos favoritos ao título do Campeonato Brasileiro.
"O Flamengo tomou 16 gols (no Brasileirão). Esse número é um absurdo. Se continuarem nesse ritmo eu acho que tem grande chance de ser campeão. O princípio de você ser campeão é você passar o maior período sem tomar gol, e eles conseguem manter isso. É muito difícil que sofra dois gols em uma partida. Isso mostra a qualidade dos três defensores, mas acima de tudo, de todo o sistema defensivo", analisou o capitão do Londrina.

Fotos: Gilvan de Souza/Flamengo
Wallace afirmou que esperava uma diferença maior no placar para o Flamengo. No entanto, apesar da vantagem de apenas um gol, o zagueiro vê o Rubro-Negro com boas chances de avançar à final da Libertadores.
"Como a defesa do Flamengo é uma defesa muito consistente, sólida, e eficaz naquilo que se propõe a fazer, que é deixar o adversário pouco tempo no seu campo defensivo, eu acho que tem grandes chances de passar apesar de achar que o resultado tenha sido curto", disse antes de completar:
"Não por questões técnicas ou pela qualidade da equipe do Flamengo, mas pela questão emotiva, porque tem coisas que você não consegue qualificar e nem quantificar no jogo - que é toda essa mobilização que tem, aquilo que vem de dentro", afirmou o Wallace.
Entre 2013 e 2016, o zagueiro vivenciou um dos períodos de "vacas magras" da história do Flamengo. Na época, o Rubro-Negro não contava com a estrutura e o elenco estrelado que ostenta em 2025. De acordo com Wallace, a mudança de patamar do Mengão era apenas uma questão de tempo.
"Era notório. Com as atitudes que o clube estava tomando para se reorganizar, consequentemente, chegaria neste nível. Iniciou com uma equipe mais modesta e gradativamente o Flamengo foi crescendo, trazendo jogadores de níveis mais técnicos, de nível europeu", afirmou o atleta.
Para Wallace, a mudança de patamar do Rubro-Negro fez com que o clube pudesse competir pela contratação de grandes atletas com maior frequência, já que a confiabilidade nos processos internos do Mais Querido tem despertado o interesse de jogadores Brasil afora.
"Isso começou com o Bandeira e consequentemente veio com as administrações subsequentes. O Flamengo hoje só colhe aquilo que ele plantou. Fico muito feliz de ter contribuído também de alguma forma, principalmente com a questão do título (2013), porque deu tempo para que a diretoria pudesse trabalhar", declarou o zagueiro.

Foto: Buda Mendes/Getty Images
"A gente sabe que o torcedor do Flamengo é acostumado a vencer, ele é incomodado o tempo todo. Você passa por pressão quase que diariamente. Uma vitória no Flamengo equivale a nada, uma derrota equivale a dez. Então, é o nível de exigência que a gente tem nesse clube", disse o defensor.
Apesar do título perdido para a Ponte Preta, Wallace foi um dos destaques do Londrina na Série C. Aos 37 anos, o ex-Flamengo foi eleito o melhor zagueiro da competição, coroando o desempenho pela equipe. Com contrato até o fim de 2025, o defensor não pensa em se aposentar no momento.
"Minha ideia era parar agora, no final do ano, mas eu percebi que meu corpo continua apto e minha cabeça ainda está saudável em relação a conseguir acompanhar o ritmo do jogo. Eu sempre planejei encerrar a carreira com 34 anos. Porque ali eu acredito que há uma decadência física e natural - e eu não queria passar vergonha. Aí fui postergando, porque meu corpo dava sinais e meu desempenho também ajudava", explicou o atleta.
Wallace revelou ao MundoBola Flamengo que pretende jogar por mais dois anos, caso seu corpo ainda esteja "ok". Após a aposentadoria, o ex-zagueiro do Rubro-Negro afirmou que vai analisar se seguirá trabalhando no futebol, ou tentará seguir em outra área.
"A ideia central é permanecer no futebol e vamos ver o que o futuro nos espera. Eu tenho um curso de treinador, fiz a Licença A agora e em breve vou fazer a da Licença Pro. Então estou me preparando, buscando o máximo de conhecimento possível para que eu possa agregar na função que eu possa executar", revelou o defensor do Londrina.
Entre 2013 e 2016, o zagueiro disputou 168 partidas com o Manto Sagrado - com sete gols marcados e três assistências distribuídas. Pelo Rubro-Negro, Wallace conquistou a Copa do Brasil de 2013 e o Campeonato Carioca de 2014.
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