Central do Timão
·20 de novembro de 2025
Zagueiro com passagem pelo Corinthians conta história do Mundial de 2012 e fala sobre Guerrero

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O zagueiro Wallace, atualmente no Londrina e que teve passagem pelo Corinthians nas temporadas 2011 e 2012, concedeu uma entrevista exclusiva à Central do Timão nos últimos dias e relembrou alguns bastidores da conquista do bicampeonato Mundial de Clubes de 2012, em Yokohama, no Japão.
Durante o bate-papo, o defensor revelou que quase perdeu o ônibus que levaria a delegação corinthiana rumo ao Aeroporto de Guarulhos para a viagem para o outro lado do planeta. Wallace comentou que, no dia da viagem, saiu uma hora antes de casa (às 14h), mas o trânsito na Radial Leste, que dá acesso à Rodovia Ayrton Senna, até o Parque Ecológico do Tietê, onde está localizado o CT Dr. Joaquim Grava, estava todo parado.

Foto: Daniel Augusto Jr/Agência Corinthians
A saída do ônibus do Corinthians do CT estava marcada para às 15h (de Brasília). Diante disso, falou que saiu do táxi que estava e acenou para vários motoqueiros solicitando carona e, após um tempo, conseguiu e pagou o motorista pelo auxílio: “No dia da viagem para o Japão, ainda eu quase perco o ônibus. Eu joguei contra o São Paulo (derrota por 3 x 1, última rodada Brasileirão 2012). Acho que era na segunda-feira que a gente viajaria, se não me engano. E eu estava em casa, tinha que chegar lá acho que às três horas da tarde. E quando saiu a radial estava parada, não andava. Eu morava no Tatuapé. Só que eu não imaginei, eu pensei que daria tempo, porque eu gastava em torno de 20-25 minutos por dia.”
“E aí eu peguei ali e falei: ‘vou sair cedo, né? Eu saí era duas da tarde, uma hora antes. Meu Deus, eu não andava. Aí quando eu chego na radial ali, que vai para a Ayrton Senna. O taxista parou e falou: ‘velho, não vai andar’. Pelo amor de Deus, eu falei: ‘pelo amor de Deus, eu não vou ficar aqui, não’. Aí eu peguei minha mala, desci, comecei a fazer assim (sinalizar pedindo carona) para as motos, né? E aí um deles parou.”
Ele complementou: “eu falei: ‘velho, te dou dinheiro aqui, preciso chegar lá no Parque Ecológico, pelo amor de Deus’. Aí o cara olhou: ‘você é jogador, né?’ Falei: ‘sou, sou, velho’. E botei a mochila, a mala, velho. Aí eu botei o capacete, né? E fui. Cheguei lá, graças a Deus, cheguei `às três horas, no horário. Mas ia ficar pelo menos o caminho. Ia perder a viagem, dei muita sorte de ter aparecido esse cara aquele dia, mas eu paguei ele”, continuou.
Posteriormente, foi questionado sobre a presença em peso da torcida do Corinthians no Japão, onde mais de 30 mil corinthianos assistiram a final do Mundial de Clubes, contra o Chelsea (Inglaterra), em Yokohama: “O Japão estava tomado de corinthianos, né? Aonde você ia, no saguão do hotel lá, tinha corinthianos. Chegou um momento que eu me me recordo até de uma coisa engraçada, japonês ele é muito certinho, etc. E tinha um, eles botam lá aquela separação e o japonês ele não passa, né? E a gente estava no hotel, eles falaram proibido pro brasileiro, só que chegou uma galera da Gaviões. Eles chegaram e falaram: ‘A gente não é brasileiro não, a gente é da Gaviões. O japonês falou: ‘então pode passar.”
Por fim, falou sobre o atacante peruano Paolo Guerrero, com quem atuou em 2012. Wallace ressaltou a capacidade do ex-companheiro em reconhecer espaços e ainda o comparou com Fred, na época do Fluminense. O camisa 9 foi responsável pelos dois gols do Corinthians na conquista do Bi-Mundial. Na semifinal, marcou contra o Al-Ahly, no triunfo por 1 x 0. Na decisão, diante do Chelsea, anotou o tento que garantiu o título do clube do Parque São Jorge.
Além do título Mundial, Guerrero conquistou os seguintes títulos com a camisa corinthiana: Campeonato Paulista (2013), Recopa Sul-Americana (2013) e Campeonato Brasileiro (2015). Neste último, participou somente do início da campanha e, posteriormente, se transferiu para o Flamengo.
“Eu acho que talvez , que eu marquei, só o Fred, na época do Fluminense (foi melhor). Mas o senso de espaço, qualquer bola que tivesse, ele conseguia controlar. Também, mas é porque uma coisa na marcação, de fora, a sensação é que o jogo às vezes é lento. Mas quando você está de lá dentro, você acha que às vezes dá pra antecipar. Com o Guerreiro, não havia essa possibilidade. Era muito esquisito que ele conseguia controlar o espaço. Era impressionante”, finalizou.
Wallace chegou ao Corinthians no começo de 2011, depois de se destacar pelo Vitória, em 2010, mas não conseguiu se firmar no Parque São Jorge muito por conta da concorrência que tinha no setor: Chicão, Leandro Cástan, Paulo André e Felipe. Diante disso, foram 59 jogos com a camisa corinthiana (42 como titular), sendo 32 vitórias, 15 empates e 12 derrotas – quase 63% de aproveitamento, marcando um gol e concedendo duas assistências.
Além disso, foram três títulos conquistados: Brasileirão (2011), Libertadores e Mundial de Clubes, ambos em 2012. No início de 2013, se transferiu para o Flamengo e, desde então, passou por Grêmio, Goztepe (Turquia), retornou ao Vitória, Brusque (Santa Catarina) e Londrina (equipe atual). Atualmente, está com 37 anos de idade.
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