Saudações Tricolores.com
·20 de novembro de 2025
Zubeldía celebra vitória e elogia atuação da equipe no Fla x Flu: “Estou feliz porque a torcida do Flu está feliz”

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O Fluminense venceu o Flamengo por 2 a 1 nesta quarta-feira (19) pelo Brasileirão e entrou na zona de classificação para a Libertadores. O tricolor teve uma grande atuação no primeiro tempo, onde marcou os dois gols. Após o duelo Luis Zubeldía elogiou a atuação da equipe no clássico.
“O que fizemos bem foi interpretar as fraquezas e as forças do Flamengo. É um assunto longo, porque, para cada situação, tínhamos três pontos principais a seguir com a bola e três pontos sem a bola. Para resumir, executamos muito bem esses três aspectos ofensivos e defensivos durante boa parte da partida”, disse Zubeldía.
Desde que assumiu o Fluminense, o treinador argentino já dirigiu o time nos três clássicos cariocas, vencendo o Botafogo e o Flamengo, e sendo derrotado pelo Vasco. Zubeldía também falou sobre a importância de vencer esses clássicos.
“Todos os clássicos são importantes, de todos os clubes. E quando estou dirigindo uma equipe, tento me colocar no lugar daqueles que, desde pequenos, se tornaram torcedores, neste caso, do Fluminense. Mas aqui não existe um clássico melhor que o outro. Todos os clássicos representam muito, muito mesmo, para o torcedor. Como profissional, mesmo que as emoções não te afastem completamente, você tenta entregar algo a mais, porque quer ver sua gente feliz, as pessoas que trabalham no clube, que nasceram torcendo e vestindo a camisa do Fluminense desde sempre”, disse Zubeldía “Tenho muito respeito por todos os clássicos, seja onde for. Para mim, clássico é sempre algo a mais. Já perdi e já ganhei clássicos. Quando perdi, fiquei mais triste do que o normal. E quando ganhei, fiquei mais feliz do que o normal porque sei que representa algo a mais para todos. Falando especificamente desse clássico, claro, gostei muito, e gostei porque vencemos. Se não tivéssemos vencido, mesmo com o apoio do torcedor e tudo mais, eu não teria gostado. Mas agora que vencemos, é como se tudo tivesse valido a pena. Estou feliz porque a torcida do Flu está feliz”, completou Zubeldía.
– Bonita. Bonita porque ganhamos. Eu já disse ao seu colega: não se pode elogiar um clássico. Não quero me colocar na posição para eleger um clássico porque para mim os clássicos sejam com 15 mil, 50 mil ou 60 mil representam muito para as equipes que eu dirigi. Então sou muito respeitoso. Sei que dói o dobro se não ganhar e a alegria é dobrada se vencer. Por exemplo, temos o Mário de presidente. Mário se criou num bairro muito próximo, então para essa gente que ele representa, como a todos os torcedores porque ele é o presidente. Está cheio aqui dentro de gente que é Fluminense desde criança. E há outros que não, como Germán Cano, que nasceu na Argentina, mas hoje já tem a pele grená.
– Acho que fizemos boas partidas, em várias delas tivemos momentos muito bons. Eu me lembro do jogo contra o Botafogo, que também foi bom, contra o Atlético-MG foi bom, contra o Mirassol aqui também. Tivemos vários jogos em que atuamos bem, contra o Internacional, por exemplo, o primeiro tempo foi excelente.
– Houve partidas que jogamos bem, outras em que tivemos mais dificuldades, e em algumas o resultado infelizmente não foi o que esperávamos. Mas, de forma geral, a equipe funcionou mais vezes do que não funcionou. Conseguimos mais vitórias, e isso é consequência de termos tido momentos melhores do que se pensa.
– O jogo de hoje, mesmo sendo muito duro em todos os aspectos, exigia um nível de concentração muito alto, até porque estamos enfrentando adversários fortes em sequência. O Mirassol, Cruzeiro e o Flamengo, todos times que estão na parte de cima da tabela e fazem um bom Brasileirão.
– Às vezes, sim, às vezes, não. Pressão alta não é um sistema de jogo em si. Não é algo que aplicamos sistematicamente, é uma ferramenta que usamos quando o momento exige. Ela depende muito da interpretação dos jogadores. Quando o adversário sai jogando com tiro de meta, geralmente pressionamos alto. Às vezes com um jogador para orientar, outras com dois. Tenho jogadores que pressionam bem, e isso não é por acaso. Não à toa, muitas vezes as duas primeiras substituições são o meia e o centroavante, dois atletas que contribuem muito defensivamente, além do trabalho ofensivo.
– Não significa que outros não possam fazer isso, mas muda a característica. O John, por exemplo, não tem o mesmo perfil do Everaldo. Assim como o Ganso é diferente do Lucho, ou do Nonato. O Nonato até pode ser útil na pressão, mas talvez não tenha a frieza de um camisa 10. Com certos jogadores, conseguimos aplicar uma pressão alta efetiva. Mas, se trocamos, precisamos nos adaptar às características que temos em campo. Por isso, às vezes pressionamos alto, em outras recuamos para um bloco médio ou até baixo.
– Depende do adversário. Neste caso, tivemos dez dias para projetar o jogo, embora, na prática, não sejam dez dias, porque é preciso primeiro recuperar os jogadores. Trabalhar especificamente o jogo contra o Flamengo, com sete dias de antecedência, não é o ideal, porque ainda está muito distante. Mas é verdade que tivemos um período para recuperar os atletas, trabalhar em conjunto e, depois, planejar 48 a 72 horas de treinos focados tanto no que precisávamos melhorar quanto nas características do Flamengo, algo que normalmente não conseguimos fazer com outros times devido à proximidade dos jogos no calendário.
– Um exemplo com bola era se eles se postavam em bloco médio havia que buscar situações nas costas de seus defensores. Porque os laterais avançavam e produziam uma situação um pouco desequilibrada para os zagueiros, que poderiam dar um passe progressivo ou para trás em um momento que não é o certo. Isso também é uma virtude que tem o Flamengo mas nós interpretamos que quando a bola estava na zona média e víamos essa situação, tínhamos que aplicar (o que foi treinado). Creio que fizemos isso bem. Esse é um ponto para destacar quando tínhamos a bola.
– Outro ponto sem a bola, Flamengo costuma armar a construção com três mais dois. O três mais dois fazem seu lateral esquerdo e os zagueiros e o lateral-direito abre o campo. No ataque, Luiz Araújo puxa para dentro e Carrascal na posição de Arrascaeta ocupando o lado oposto Nessa distribuição (do Flamengo) com o “W” no ataque e o três mais dois na construção, tínhamos que ocupar os espaços. Para não me estender mais, os espaços defensivos ocupamos bem e a partir disso pudemos bloquear (as ações).
– Aqui não se trata de dizer quem é melhor ou pior, mas sim de entender os diferentes tipos. Você tem aquele extremo que percorre 70 metros, o famoso “box to box”, e tem o extremo do último terço ofensivo, que, se for exigido demais defensivamente, pode perder rendimento. Então, dependendo da característica desses extremos, você escolhe qual é o mais adequado para determinado jogo, certo?
E nessa fase do campeonato, todos os times apresentam laterais ofensivos, até mesmo o Sport Recife, que já foi rebaixado, mas é capaz de fazer gols, como mostrou contra nós e em jogos recentes. Não vejo outra alternativa a não ser que os extremos ajudem a formar uma linha de 5 ou até 7, dependendo do momento do jogo. O ideal é que esses jogadores tenham a capacidade de recompor, mas também que o time consiga trocar 12, 13, 14 passes para sair da pressão, se posicionar e construir desde trás para que esses mesmos extremos cheguem com força ao ataque. Mas tudo depende do contexto.
– Vai estar entre o Freytes e o Gabi (Gabriel Fuentes). Eu não o vi tanto, é um momento para ver ele também, e Freytes, eu gostaria também de ver o do lado esquerdo, porque quando um zagueiro pode jogar do lado esquerdo, ganha essa altura, pode ser permitido ter alguns erros na raça, que no central já é mais difícil, e ganha essa altura na bola parada. Então, eu tenho que ver. É uma linda possibilidade que temos para optar por um dos dois.
– – Esse tipo de estatística que aparece de vez em quando me incomoda bastante. Me faz mal mesmo. Eu não gosto desse tipo de dado. Entendo que hoje em dia há muitas análises, muita informação, inteligência artificial, softwares, profissionais que trabalham com isso, e está tudo certo. A análise se expandiu em torno dos treinadores, dos jogadores e das partidas. Mas esse tipo de dado isolado, sem considerar o contexto, me incomoda.









































