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·20. Mai 2025

37ª rodada: tropeços de Napoli e Inter adiam decisão do título para a última jornada da Serie A

Artikelbild:37ª rodada: tropeços de Napoli e Inter adiam decisão do título para a última jornada da Serie A

A penúltima rodada da Serie A entregou exatamente o que prometia: tensão, emoção e finais imprevisíveis em quase todos os campos. Com nove partidas acontecendo simultaneamente, o domingo foi marcado por reviravoltas, gols decisivos, expulsões e muita disputa por objetivos ainda em aberto. O Napoli, que chegou à jornada com a chance de garantir matematicamente o título, esbarrou no muro do Parma e viu a decisão adiada para a última semana – com direito às partidas que envolvem os competidores pelo título antecipadas para a sexta. Em San Siro, a Lazio arrancou um empate no apagar das luzes contra a Inter, impediu os nerazzurri de retomarem a ponta e manteve a indecisão pelo scudetto viva até o fim.

Na capital, o Olímpico viveu uma noite inesquecível: Claudio Ranieri foi homenageado em sua 500ª partida como técnico na Serie A e se despediu da torcida romanista com uma vitória marcante sobre o Milan – resultado que manteve os giallorossi vivos na luta com a Juventus por vaga na Champions League e sacramentou que os rossoneri não disputarão nenhuma competição europeia em 2025-26. Enquanto isso, na parte inferior da tabela, o Cagliari conseguiu uma vitória de ouro sobre o Venezia, escapando do rebaixamento com uma rodada de antecedência.


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Com título, vagas na Europa e permanência na elite ainda em jogo, a Serie A vai para sua última rodada com todos os holofotes voltados ao sul da Itália, onde o Napoli pode, enfim, concretizar o sonho do tetracampeonato. A seguir, veja o que de mais importante aconteceu na 37ª jornada do campeonato italiano.

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Inter 2-2 Lazio

Gols e assistências: Bisseck e Dumfries (Çalhanoglu); Pedro (Vecino) e Pedro (pênalti) Tops: Dumfries (Inter) e Pedro (Lazio) Flops: Bisseck e Arnautovic (Inter)

A Serie A ganhou mais um capítulo caótico neste domingo no San Siro. Em um jogo cheio de nuances, utilização do VAR, gritos e tensão até o último segundo, a Inter empatou por 2 a 2 com a Lazio e perdeu uma oportunidade de ouro de assumir a liderança e depender apenas de si para levar o título. O resultado mantém os napolitanos um ponto à frente dos nerazzurri a uma rodada do fim. Para completar a noite frustrante, Simone Inzaghi acabou expulso pouco antes do apito final, irritado com as decisões que mudaram o rumo da partida – e acabou assistindo o resto da partida ao lado do rival Marco Baroni, que também recebeu cartão vermelho.

A primeira etapa foi de estudos e ouvidos nos outros jogos. As duas equipes pareciam jogar com um olho no gramado e outro nos celulares – cada goleiro fez apenas uma boa defesa, sendo a de Sommer, cara a cara com Isaksen, a mais difícil. Mas, no último lance antes do intervalo, a Inter explodiu em alegria: após cobrança de escanteio, Bisseck apareceu como um centroavante para soltar um foguete no ângulo e colocar os donos da casa na frente. Naquele instante, com o empate do Napoli em Parma, os comandados de Inzaghi eram líderes.

Mas o segundo tempo foi de tirar o fôlego. A Lazio cresceu com a entrada de Pedro, que aos 72 minutos aproveitou uma sobra na área para empatar, num gol validado pelo VAR após longa análise por possível impedimento. O empate não durou muito: Calhanoglu achou Dumfries no segundo pau, e o lateral holandês testou firme para fazer 2 a 1 e devolver a Inter ao topo, aos 79.

Parecia o desfecho ideal para os nerazzurri, até o destino decidir brincar de novo. Perto do fim do tempo regulamentar, Bisseck cometeu um pênalti infantil ao abrir o braço dentro da área, bloqueando uma puxeta de Castellanos. Chamado pelo VAR, o árbitro Daniele Chiffi marcou a penalidade e Pedro marcou novamente para a Lazio (e para o Napoli), fazendo o 2 a 2. No apagar das luzes, Arnautovic perdeu uma oportunidade incrível ao furar cara a cara com Mandas e até balançou as redes depois, mas estava impedido.

A Inter encerrou o jogo com um gosto amargo na boca: a liderança escapou pelos dedos. Tudo será decidido na última rodada, mas o Napoli tem amplo favoritismo na disputa, já que recebe o Cagliari, já salvo, em seus domínios – os nerazzurri visitam o Como, também de férias. As partidas foram antecipadas para a sexta (23), para que a Beneamata possa se preparar melhor para a final da Champions League, com ou sem a realização de um possível desempate pelo scudetto, já agendado para a segunda (26).

Parma 0-0 Napoli

Tops: Suzuki (Parma) e Meret (Napoli) Flops: Lukaku e Spinazzola (Napoli)

O Napoli tentou de tudo, mas parou em três bolas na trave, em uma muralha chamada Suzuki e em um Parma valente, que se defendeu com unhas e dentes. O empate por 0 a 0 no Ennio Tardini foi frustrante para os napolitanos, que chegam à última rodada ainda com o destino nas próprias mãos: basta vencer o Cagliari para levantar a taça. Mas a noite foi de tensão máxima, confusão à beira do campo e até expulsão de Antonio Conte que, assim como Inzaghi, não estará no banco na jornada final da Serie A.

O primeiro tempo teve domínio territorial do Napoli, mas chances equilibradas. Politano e Anguissa levaram perigo, com o camaronês carimbando o poste após um lance de pura categoria. Do outro lado, Sohm respondeu em contragolpe, exigindo boa defesa de Meret. O Parma, com uma defesa formada pelos garotos Circati, Leoni e Balogh, jogava com coragem e aplicação tática.

Na segunda etapa, o Napoli voltou nervoso, especialmente ao saber que a Inter havia aberto o placar contra a Lazio. A pressão aumentou, assim como o desespero. Politano acertou a trave ao tentar cruzar na área, McTominay cobrou falta com perfeição e Suzuki, em noite inspirada, desviou só o suficiente para a bola bater de novo no travessão. Em três vezes, o gol azzurro ficou por um fio.

Nos minutos finais, o jogo virou um caldeirão de nervos. Quando Pedro empatou para a Lazio em San Siro, o Napoli voltou à frente na briga pelo título. Mas a resposta da Inter foi imediata. E, enquanto o placar mudava em Milão, o Tardini se transformava em palco de caos: discussões, entradas ríspidas e, por fim, as expulsões de Conte e Cristian Chivu, técnicos dos times envolvidos na peleja. A cereja do bolo veio com um pênalti inicialmente marcado sobre David Neres, mas que foi anulado após revisão por falta anterior de Simeone.

No apito final, o Napoli saiu de campo sem marcar, mas não sem esperança. A vantagem sobre a Inter foi mantida, graças ao empate no outro jogo. Agora, os azzurri jogam em casa, na última rodada, dependendo apenas de si. Para levantar o troféu, precisam vencer o Cagliar, sem Conte no banco, mas com o scudetto ao alcance das mãos.

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Em Parma, o Napoli acabou tropeçando, mas o escorregão da Inter em casa manteve os azzurri com uma mão na taça (Getty)

Juventus 2-0 Udinese

Gols e assistências: González (Yildiz) e Vlahovic (Yildiz) Tops: Yildiz e Veiga (Juventus) Flops: Kristensen e Solet (Udinese)

A Juventus vestiu a sua nova camisa e fez sua última partida em casa nessa temporada, mas quem realmente pode ter se despedido do Allianz Stadium é Vlahovic. De uniforme repaginado e trajada com as vestes de 2025-26, a Velha Senhora venceu por 2 a 0 a Udinese e deu um passo decisivo rumo à próxima Liga dos Campeões. O atacante sérvio, autor do segundo gol nos minutos finais, pode ter balançado as redes pela derradeira vez diante da torcida bianconera, já que sua permanência para a próxima temporada é improvável.

O jogo, no entanto, esteve longe de ser tranquilo. A equipe de Igor Tudor encontrou muitas dificuldades para criar, especialmente pelo lado direito do campo. Nico González teve pouco espaço para desequilibrar, e o lateral Alberto Costa também sofreu para contribuir na construção ofensiva. A Juventus rodava a bola, mas sem ser incisiva; era nos lampejos individuais que surgiam as melhores chances.

No primeiro tempo, Nico até carimbou a trave em chute despretensioso que escapou das mãos de Okoye, enquanto Conceição também levou perigo em jogada isolada. O placar só foi se mexer na segunda etapa, quando o próprio González, mais solto pelo meio, acertou um arremate que explodiu as arquibancadas aos 61 minutos. Um gol de alívio, que facilitou e muito os trabalhos dos mandantes até o final da peleja.

No fim, quando a Udinese já se arriscava mais no ataque, foi a vez do possível adeus de Vlahovic ganhar cena. Em contra-ataque armado por Yildiz, o camisa 9 recebeu livre e tocou com tranquilidade para decretar o 2 a 0.

Com a vitória, a Juventus chegou aos 67 pontos, à frente de Roma e Lazio, e depende apenas de si na última rodada, contra o Venezia, para confirmar a vaga na Liga dos Campeões. O “tudo” que a Curva Sud pediu no seu tradicional bandeirão, em protesto contra o momento esportivo do time, parece mais perto.

Roma 3-1 Milan

Gols e assistências: Mancini (Soulé), Paredes e Cristante; João Félix Tops: Paredes e Cristante (Roma) Flops: Giménez e Maignan (Milan)

Na noite em que Claudio Ranieri completou sua 500ª partida como técnico na Serie A, o destino foi poético e cruel – poético para a Roma, cruel para o Milan. No Olímpico lotado, com mais de 68 mil pessoas, a Roma venceu por 3 a 1 e deu a Sir Claudio a despedida que ele merecia: com festa, homenagem, e esperança renovada por um lugar na Liga dos Campeões Já para o Diavolo, o apito final soou como sentença: pela primeira vez desde 2016-17, os rossoneri não disputarão nenhuma competição europeia.

E ainda pode piorar. Com a derrota, o Milan caiu para o nono lugar. Caso termine nessa posição (ou até mesmo em oitavo, mas atrás do Bologna, campeão da Coppa Italia), terá que disputar o mata-mata nacional desde a terceira fase, correspondente aos 16-avos de final, que ocorre no início da temporada. Um esforço precoce e ingrato para uma equipe que há pouco mais de um ano sonhava com títulos continentais.

O jogo começou quente, embalado pela emoção no estádio e pelo clima de despedida a Ranieri, que voltará a curtir sua aposentadoria. Bastaram três minutos para Mancini abrir o placar de cabeça, após escanteio cobrado por Soulé. A Roma tomou as rédeas do jogo, mas o Milan não se entregou. Aos 21 minutos, tudo mudou: Gimenez, em noite desastrosa, foi expulso por uma cotovelada em Mancini, uma cena que reviveu o duelo ríspido entre os dois na Liga Europa de 2023, quando o mexicano atuava pelo Feyenoord. Com um a mais, a Loba tentou controlar, mas o Milan mostrou um lampejo de orgulho. Aos 39, Pulisic lançou Jiménez, que parou em Svilar, mas João Félix pegou o rebote e empatou.

No segundo tempo, a Roma voltou com fome de vitória. A pressão foi intensa e teve seu prêmio aos 58 minutos, quando Paredes, de muito longe, acertou uma cobrança de falta perfeita, sem chances para Maignan. Foi o tipo de gol que só parece acontecer em noites destinadas a serem lembradas. E quando o Milan tentou reagir, Cristante apareceu para sacramentar a vitória com um chute firme da entrada da área, sacramentando a lei do ex após jogada de El Shaarawy.

O técnico Sérgio Conceição ainda foi expulso por protestar, e o Milan se resignou à própria mediocridade. No apito final, os jogadores da Roma cercaram Ranieri. Até os lesionados foram ao campo abraçá-lo. O estádio se rendeu: faixas, cânticos e olhos marejados celebraram o “grande condottiero”, o técnico romanista que soube, mais uma vez, reacender a chama de um clube e encerrar um ciclo com dignidade e emoção. Mas ainda não é o verdadeiro fim: com vaga garantida ao menos na Conference League, a Roma sonha com a Champions League na última rodada, enquanto o Diavolo encara a realidade amarga de uma reconstrução forçada depois de uma temporada que já entrou para a história pelos motivos errados.

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A Juventus venceu a Udinese e está a um passo da Champions League (Getty)

Fiorentina 3-2 Bologna

Gols e assistências: Parisi (Ranieri), Richardson e Kean; Dallinga (Orsolini) e Orsolini (Ndoye) Tops: Kean (Fiorentina) e Orsolini (Bologna) Flops: Casale e Miranda (Bologna)

Com um novo uniforme principal para a próxima temporada, a Fiorentina venceu o Bologna por 3 a 2 no estádio Artemio Franchi e manteve viva a diminuta esperança de chegar à Conference League pela quarta vez seguida. A equipe da casa saiu na frente, sofreu dois empates, mas contou mais uma vez com o faro goleador de Kean para garantir os três pontos. Foi o 18º gol do camisa 20 na Serie A, na melhor temporada de sua carreira.

A partida começou movimentada e com chances para os dois lados. Parisi abriu o placar para a Viola aos 13 minutos, aproveitando assistência de Ranieri e contando com um desvio sutil que enganou Skorupski. O Bologna, que se mostrou muito presente na partida mesmo após a ressaca pós-título da Coppa Italia, respondeu com boas investidas de Ndoye e Castro, mas parou nas defesas de De Gea e nos bloqueios da zaga adversária. Ainda na primeira etapa, o técnico Raffaele Palladino perdeu Comuzzo por lesão e viu a arbitragem ignorar um possível pênalti em Fagioli, o que gerou reclamações da torcida local.

Na volta do intervalo, Vincenzo Italiano apostou em Dallinga para o lugar de Castro e foi recompensado. O centroavante empatou de cabeça, após cruzamento preciso de Orsolini, que entrara minutos antes. A resposta da Fiorentina foi rápida: Richardson aproveitou rebote do goleiro após chute de Parisi e empurrou para as redes. Só que o equilíbrio persistiu e Orsolini, em bela jogada com Ndoye, deixou tudo igual de novo. Quando o empate parecia consolidado, Mandragora encontrou Kean em profundidade e o atacante não perdoou.

No fim, Miranda ainda foi expulso por uma agressão a Mandragora, e o placar seguiu intacto até o apito final. Com o resultado, a Fiorentina segue na briga por uma vaga na Conference League, embora isso seja bastante complicado: precisa vencer a Udinese, fora de casa, e torcer para que a Lazio perca para o Lecce, no Olímpico. Por sua vez, o Bologna, já garantido na Liga Europa, não tem mais chances de se classificar para a Liga dos Campeões e foca nos ajustes finais para a próxima temporada.

Genoa 2-3 Atalanta

Gols e assistências: Pinamonti (Martín) e Pinamonti (Sabelli); Sulemana (Ruggeri), Maldini (De Roon) e Retegui (De Ketelaere) Tops: Pinamonti (Genoa) e Retegui (Atalanta) Flops: Onana (Genoa) e Hien (Atalanta)

Foi uma noite de arrepiar em Gênova, com o Marassi lotado celebrando a permanência antecipada do Grifone na elite e zombando da vizinha Sampdoria, recém-rebaixada à Serie C. Mas o clima de festa foi interrompido por uma partida maluca. Retegui, artilheiro da competição, aplicou a famigerada “lei do ex” e anotou o gol decisivo da Atalanta aos 89 minutos. Justamente o tento que o tornou o maior goleador da equipe em uma edição de Serie A, superando ninguém menos que Pippo Inzaghi.

O Genoa chegou a liderar o placar duas vezes. Pinamonti venceu Hien e Ruggeri pelo alto e testou firme, abrindo o marcador ainda no primeiro tempo. Pouco depois, um possível 2 a 0 com Bani foi anulado por toque de mão do zagueiro. Já na segunda etapa, após o empate relâmpago de Sulemana, com um golaço de fora da área, o próprio Pinamonti voltou a deixar sua marca com uma jogada de oportunismo e chegou a seu 50º tento na Serie A. O jogo, porém, seguiu em ritmo frenético, e Maldini, após linda jogada coletiva, devolveu a igualdade ao placar em menos de cinco minutos.

Na reta final, com o Genoa administrando o empate e a torcida emocionada com a despedida do capitão Badelj, a Atalanta encontrou um buraco na defesa rossoblù. De Winter caiu no gramado, a zaga mandante parou e na sequência do lance, De Ketelaere cruzou rasteiro para Retegui mandar de primeira e ver a bola morrer nas redes.

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Em sua última partida como técnico no Olímpico, Ranieri garantiu a ida da Roma para uma competição europeia e foi homenageado (Getty)

Cagliari 3-0 Venezia

Gols e assistências: Mina (Augello), Piccoli (Zortea) e Deiola (Makoumbou) Tops: Mina e Makoumbou (Cagliari) Flops: Candé e Busio (Venezia)

O Cagliari fez o dever de casa com sobras e garantiu sua permanência na Serie A com uma vitória segura por 3 a 0 sobre o desesperado Venezia. Ainda no primeiro tempo, a equipe comandada por Davide Nicola construiu o placar com gols de cabeça de Mina e Piccoli, e na etapa final, Deiola fechou a conta com um belo chute colocado, após uma linda troca de passes. Do outro lado, os visitantes pouco ameaçaram e vão precisar de um milagre na última rodada, contra a Juventus, para evitar o rebaixamento.

Logo no início, Luvumbo impôs velocidade e arrancou um cartão amarelo decisivo de Idzes, que está suspenso para a rodada final. A bola parada foi uma arma eficiente: aos 11 minutos, Mina apareceu sozinho na área e abriu o placar de cabeça, após cobrança de falta de Augello. Mesmo em vantagem, os mandantes seguiram dominando pelas laterais, enquanto o Venezia mal conseguia organizar uma jogada ofensiva. A situação ficou ainda mais delicada para os visitantes com a lesão de Oristanio. Antes do intervalo, Piccoli aproveitou escorregão de Candé para ampliar, após escanteio de Zortea.

No segundo tempo, os venezianos até tentaram subir o ritmo, mas deram espaço demais para os contra-ataques sardos, especialmente com Luvumbo, que só parou por lesão. A equipe visitante teve muita posse, mas foi improdutiva. O meio-campo do Cagliari, com Adopo, Makoumbou e Deiola, controlou bem as ações. E foi justamente o capitão quem colocou o ponto final na partida, acertando um lindo chute colocado após jogada bem trabalhada, com direito a assistência de letra.

Com isso, o Cagliari se despede da luta contra o descenso e irá encarar o Napoli, no Diego Armando Maradona, sem preocupações. Enquanto isso, o Venezia chega à última rodada pressionado, sem seu principal zagueiro e dependendo de uma combinação improvável de resultados para escapar do rebaixamento.

Lecce 1-0 Torino

Gol e assistência: Ramadani (Krstovic) Tops: Gaspar e Ramadani (Lecce) Flops: Masina e Biraghi (Torino)

A esperança ainda vive em Lecce – e atende pelo nome de Ramadani. Com um golaço no início do segundo tempo, o meio-campista albanês marcou o único gol da partida contra o Torino e deu ao time de Marco Giampaolo uma vitória tão rara quanto preciosa. Foi apenas a segunda do Lecce em 2025 e a primeira em casa no ano, mas que chega no momento mais crucial da temporada.

Diante de 30 mil torcedores inflamados no Via del Mare, os salentinos entraram em campo sabendo o que precisavam fazer: vencer. E ganharam, mesmo sem brilho, mesmo com sofrimento. Ramadani acertou um chute perfeito no ângulo, daqueles que não se esquece – e que pode pesar muito na luta contra o rebaixamento. O Lecce chega vivo à última rodada, onde enfrentará a Lazio com o próprio destino nas mãos.

O Torino, que ainda sonhava com um 10º lugar simbólico, teve mais posse e algumas boas chances, mas falhou na hora de finalizar e terminará a temporada em 11º ou 12º. O time de Paolo Vanoli chegou à oitava partida com apenas uma vitória, e viu mais uma vez o ataque esbarrar na falta de precisão. A melhor chance foi de Vlasic, de cabeça, ainda no primeiro tempo, mas passou rente à trave.

No fim, o jogo foi marcado também pela emoção fora das quatro linhas: antes de a bola rolar, o departamento médico do Torino prestou uma homenagem com flores ao Lecce, em memória de Graziano Fiorita, fisioterapeuta do time giallorosso, falecido no mês passado. Agora, com 31 pontos, o Lecce sabe que a permanência na Série A depende só dele.

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Coroando boa temporada, Mina fez um dos gols que garantiram a permanência do Cagliari na Serie A (Getty)

Monza 1-3 Empoli

Gols e assistências: Birindelli (Caprari); Colombo (Fazzini), Viti (Cacace) e Pizzignacco (contra) Tops: Viti e Gyasi (Empoli) Flops: Zeroli e Akpa Akpro (Monza)

O Empoli passou do desespero à esperança em um piscar de olhos. No U-Power Stadium, a equipe toscana foi do 0 a 1 para o 3 a 1 em dez minutos fulminantes, e voltou a respirar na luta contra o rebaixamento. Indo de um primeiro tempo apagado a uma segunda etapa eletrizante, o time de Roberto D’Aversa protagonizou uma virada que vale ouro, e que o mantém vivo até a última rodada.

A partida começou tensa para o Empoli. Apesar do bom volume de jogo, quem abriu o placar foi o Monza, com Birindelli finalizando um contra-ataque letal. A reação toscana só viria na etapa final – e que reação. D’Aversa colocou Colombo no jogo e, logo no primeiro toque, o atacante acertou a trave. No segundo, sacramentou o empate com um belo giro dentro da área. Em seguida, Viti virou o jogo de cabeça, após escanteio cobrado por Cacace. E para fechar o turbilhão, Gyasi chutou cruzado, acertou o poste, e a bola ainda bateu nas costas do goleiro Pizzignacco antes de morrer nas redes. Gol contra, mas o mérito foi todo do camisa 11.

Com isso, o Empoli venceu fora de casa pela primeira vez em 2025 e chegou aos 31 pontos. Na última rodada, decidirá sua permanência na elite contra o ainda ameaçado Verona, no estádio Carlo Castellani. Assim como na temporada passada, será uma decisão de 90 minutos. E, de novo, com nervos à flor da pele.

O Monza, por sua vez, encerrou sua temporada diante da torcida com mais uma derrota e sob vaias – em tom irônico, a própria curva recebeu o time com uma faixa dizendo “Bem-vinda de novo, Serie B”. Se foi uma piada, o campo não riu: o desempenho dos biancorossi em casa neste final de campeonato beira o trágico. A verdade é que, para o Empoli, o pior parecia inevitável. Mas em dez minutos de fúria, o impossível virou palpável. E agora, tudo se decidirá na última rodada.

Verona 1-1 Como

Gols e assistências: Lazovic; Caqueret (Douvikas) Tops: Ghilardi (Verona) e Douvikas (Como) Flops: Coppola (Verona) e Kempf (Como)

O Verona desperdiçou a chance de garantir a permanência antecipada na Serie A ao empatar por 1 a 1 com o Como, no estádio Marcantonio Bentegodi. Em um jogo equilibrado, os visitantes saíram na frente com Caqueret ainda no primeiro tempo, mas viram o sérvio Lazovic empatar na segunda etapa e fazer os gialloblù seguirem em uma condição confortável – só uma combinação muito improvável de resultados poderia levar a seu rebaixamento. Já o Como, em sua temporada de retorno à elite, comemora um sólido 10º lugar e o grande trabalho de Cesc Fàbregas à frente do time.

O Verona começou melhor, com Tchatchoua acelerando pela direita e Ghilardi assustando de cabeça. Mas o Como equilibrou e foi mais eficiente: aos 29 minutos, Caqueret bateu com categoria de fora da área e abriu o placar, marcando seu segundo gol consecutivo. Os donos da casa sentiram o golpe e quase sofreram mais um. Se não fosse a boa defesa de Montipò em chute de Moreno…

No segundo tempo, o Verona entrou pressionado pelos resultados paralelos, especialmente a vitória do Empoli sobre o Monza. A equipe de Paolo Zanetti demorou a reagir, mas melhorou com as entradas de Cutrone e do experiente Lazovic. Aos 70 minutos, após uma bola na trave de Sarr, foi o camisa 8 que aproveitou o rebote e deixou tudo igual, em sua 200ª partida com a camisa gialloblù. Foi seu primeiro gol desde o primeiro turno, justamente contra o Como.

No fim, Butez salvou o Como em chute perigoso de Mosquera, e o empate prevaleceu. O Verona chega aos 34 pontos, três a mais que Empoli e Lecce, mas ainda não está a salvo. Tudo será decidido na última rodada, quando enfrenta justamente o time toscano fora de casa. Já o Como fecha sua campanha com moral, garantindo um lugar na primeira metade da tabela.

Seleção da rodada

Suzuki (Parma); Leoni (Parma), Mina (Cagliari), Viti (Empoli); Orsolini (Bologna), Makoumbou (Cagliari), Paredes (Roma), Zortea (Cagliari); Pedro (Lazio), Pinamonti (Genoa), Yildiz (Juventus). Técnico: Davide Nicola (Cagliari).

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