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·17. September 2025

Abrindo a Champions League, a Juventus arrancou empate heroico contra o Dortmund

Artikelbild:Abrindo a Champions League, a Juventus arrancou empate heroico contra o Dortmund

Fino alla fine. De maneira quase romântica, o início de temporada da Juventus de Igor Tudor tem reafirmado o motivo pelo qual o torcedor juventino carrega essa frase como mantra. Até aqui, duas vitórias tranquilas, diante de Parma e Genoa, abriram o caminho para dois tipos de duelos que, em geral, acontecem pouquíssimas vezes ao longo da temporada: uma virada nos acréscimos contra a rival Inter, em frenético 4 a 3, e, agora, pela primeira rodada da Liga dos Campeões, a Velha Senhora buscou um 4 a 4 contra o Borussia Dortmund, depois de estar perdendo por dois gols já nos minutos finais, em Turim.

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Após garantir a vaga na competição continental na última rodada da Serie A anterior, já sob o comando de Tudor, a Juventus estreou no torneio que, desde 2019, tem sido uma verdadeira pedra no sapato bianconero. Grandes atuações marcaram esse período desde a última vez que a equipe avançou além das oitavas, mas, em contrapartida, os momentos mais dolorosos da história recente vieram em eliminações vexatórias que machucaram a sua torcida. E o que isso tem a ver com a temporada atual? Pois bem, a Juve voltou a flertar com o desastre, assim como aconteceu no último fim de semana e também na goleada sofrida diante do Manchester City, na Copa do Mundo de Clubes.


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Diferentemente do que ocorreu há 10 anos, pelas oitavas da mesma competição, quando a vitória italiana por 2 a 1 em Turim garantiu a festa em encontro com o Borussia Dortmund, e distinto também do começo de agosto de 2025, em amistoso de pré-temporada com o mesmo placar, os comandados de Tudor estiveram, novamente em menos de uma semana, na tênue linha entre o fracasso e o êxtase. Sim, são oito gols anotados em duas partidas; em compensação, sete foram sofridos, quase todos originados no mesmo setor da retaguarda. A Juventus pagou caro por ter poupado Locatelli e, quando contou com seu capitão em campo, os alemães já haviam balançado as redes duas vezes, ambas após falhas de Koopmeiners e Kelly. O próprio inglês, curiosamente o herói da noite, ainda foi responsável pelo pênalti que ampliou a vantagem amarela.

Bom, vamos do começo. A Juventus que foi a campo nesta estreia de Liga dos Campeões apresentou-se um pouco diferente da habitual, em razão do desgaste do último confronto. Kalulu, Bremer e Kelly, ao menos, tentaram proteger o gol de Di Gregorio. Mais à frente, em uma linha de quatro, McKennie atuou como ala pela direita – posição em que mais rendeu como bianconero até aqui -, acompanhado de Koopmeiners, Thuram e Cambiaso. No ataque, as novidades da temporada, David e Openda, se juntaram a Yildiz.

Repetindo Del Piero, Yildiz assinou uma pintura e anotou o primeiro dos mandantes (Arquivo/Juventus FC)

O duelo começou acelerado. Logo aos 3 minutos, Thuram encontrou espaço na intermediária e finalizou com muito perigo, obrigando Kobel a buscar a bola no ângulo. A Juventus cedeu a posse ao Borussia Dortmund e trabalhava em transições rápidas, muitas delas através da técnica de Yildiz e da velocidade de Openda, porém, nenhuma delas levou tanto risco ao gol alemão. O mesmo valeu para os visitantes, que pouco criaram. A oportunidade mais clara da etapa inicial veio aos 24, em chute de Bremer, após cobrança de lateral que sobrou na área – entretanto, passou ao lado da meta. A emoção ficou toda guardada para o segundo tempo.

Logo no primeiro minuto após a volta do intervalo, Openda tentou uma bicicleta após cruzamento de Koopmeiners. A bola passou rente à trave, mas o lance, ainda que invalidado por impedimento, ligou o alerta da torcida para o que estava por vir. Aos 51, os visitantes abriram o marcador: Adeyemi, muito especulado em Turim na última janela de transferências, recebeu na meia-lua, viu Kelly abrir uma avenida, conduziu com liberdade e finalizou com precisão no canto de Di Gregorio, que nada pôde fazer.

A vantagem alemã durou pouco. Mais exatamente, cerca de 10 minutos depois, após as entradas de Vlahovic e João Mário nos lugares de David e McKennie. O ala português carregou a bola para o meio e encontrou Yildiz, que teve todo o espaço do mundo. Assim, o camisa 10 ajeitou e finalizou com categoria, sem chance para Kobel. Um gol que reforça a comparação com seu ídolo Del Piero, que há 30 anos havia marcado de forma semelhante contra o mesmo adversário. Um golaço da estrela bianconera, mas que durou tão pouco quanto a sua comemoração. No minuto seguinte, Kelly, novamente em falha, facilitou a vida de Adeyemi, que encontrou Nmecha na entrada da área. Ele concluiu com técnica, acertando o ângulo de Di Gregorio.

O participativo Vlahovic foi um dos destaques da reação da Juve, com dois gols e uma assistência (Getty)

Sem tempo para respirar, dois minutos depois, aos 67, o camisa 10 da Juve encontrou Vlahovic em velocidade. O sérvio dominou, avançou e finalizou com no contrapé de Kobel, anotando o 2 a 2. Se o ataque bianconero mostrava eficácia, a defesa não acompanhava. Tudor tentou corrigir: sacou Koopmeiners, que pouco ajudou defensivamente e ainda desperdiçou chance clara, além de Openda, que teve boa estreia, para colocar Locatelli e Adzic. Mas, na casa dos 73, Thuram perdeu a bola após erro de Yan Couto. O lateral brasileiro aproveitou a segunda oportunidade e, com muita precisão, acertou o único canto disponível entre Di Gregorio e a trave, colocando os aurinegros novamente em vantagem.

Pouco depois, em um raro acerto ofensivo de Kalulu, o francês cruzou na medida para Vlahovic. A bola ficou viva na área até sobrar para Yildiz, que finalizou muito bem, mas parou em Kobel, que operou um milagre e ainda contou com a trave como aliada. O empate parecia próximo, ainda mais diante do caos da partida. Contudo, quem entendeu e soube explorar melhor o ritmo foram os alemães. Em contra-ataque, Adeyemi lançou Brandt em velocidade, o camisa 10 achou Guirassy na área e o atacante finalizou. A bola desviou no braço de apoio de Kelly. Pênalti, convertido com categoria por Bensebaini: 4 a 2, em pleno Allianz Stadium.

Como último recurso, Tudor promoveu a estreia de Zhegrova no lugar do desgastado Yildiz. O jogo parecia definido, mas na metade dos seis minutos de acréscimo, Kalulu acertou belo cruzamento para Vlahovic. O sérvio se antecipou na área e finalizou bem para marcar o terceiro da Juve, reacender a esperança dos mandantes e reafirmar seu papel de referência nesta equipe. Até agora, nesta temporada, ele participou diretamente de um gol a cada 28 minutos.

De vilão a herói: após falhas defensivas, Kelly apareceu na área rival para decretar o empate (Getty)

Dois minutos depois, o Borussia repetiu a jogada do quarto gol. Mais uma vez Brandt disparou em velocidade e buscou Adeyemi na área bianconera. Desta vez, porém, Bremer, maior reforço da temporada para a Juve, após recuperar-se de lesão, estava inteiro no lance e fez o corte salvador no ápice da tensão. Na sequência, Cambiaso e Thuram recuperaram a posse, Adzic achou um inspirado Vlahovic, que voltou para buscar o jogo no meio-campo. Zhegrova conduziu bem e encontrou o camisa 9 novamente. Com calma, o sérvio cruzou para Kelly, o zagueiro até então vilão, que subiu e cabeceou firme para empatar, marcando seu segundo gol consecutivo. O lance foi revisado e confirmado. Fim de jogo e muita comemoração para os bianconeri.

Oito gols em pouco mais de 45 minutos, após um primeiro tempo morno, marcaram a estreia da Juventus na Liga dos Campeões. O empate foi heroico e deve ser celebrado pelos torcedores. Porém, esse time não conseguirá se sustentar até o fim sempre na base do fino alla fine. Tudor, que não foi unanimidade na escolha para a temporada, precisa corrigir o sistema defensivo com urgência. Como dito anteriormente, a equipe tem flertado perigosamente com uma repetição da goleada sofrida para o Manchester City em junho.

Ainda empolgada, a Juventus volta a campo já no próximo fim de semana para enfrentar o Verona, fora de casa, em busca de manter os 100% na Serie A. Pela Liga dos Campeões, o próximo compromisso será contra o Villarreal, no início de outubro, na Espanha. O adversário, aliás, é uma ferida recente: no último encontro, pelas oitavas de final da temporada 2021-22, o Submarino Amarelo aplicou um sonoro 3 a 0 em Turim, eliminando a Juve da competição. Será que o troco vem aí? Já o Dortmund receberá o Athletic Bilbao, também no dia 1º.

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