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·12. September 2025
Caso Bruno Henrique: advogado explica estratégia para tentar absolvição

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Bruno Henrique foi enquadrado no artigo 243-A do CBJD, sendo absolvido no artigo 243. Dessa forma, foi condenado por conduta anti-desportiva, pegando gancho de 12 jogos de suspensão.
Alexandre Vitorino, advogado do jogador, explica a estratégia da defesa para o julgamento do pleno do STJD. Isso ainda não tem data para acontecer, mas o advogado do Camisa 27 já sabe bem o que deve usar para tentar a absolvição.
O advogado deu entrevista ao 'ge', comentando informações relevantes que não foram levadas em consideração na Primeira Comissão Disciplinar.
"Nós temos a convicção de que Bruno é inocente em relação a essas acusações. Existiu um equívoco bastante pronunciado na denúncia. Há uma modificação até de fatos que tornam essa discussão um pouco desfocada, na nossa opinião. E quanto ao fato principal, que envolve o problema da partida contra o Santos, também não me parece que a circulação da informação foi completa. A acusação diz, basicamente, que Bruno teria transferido para o irmão uma informação sobre um terceiro cartão que seria tomado contra o Santos", inicia, antes de continuar:
"Quem assistiu com assiduidade ao Campeonato Brasileiro de 2023, sabe que o terceiro cartão do Bruno Henrique aconteceu logo na sequência, no jogo contra o Botafogo. Ele tomou, na verdade, o sexto cartão, ou seja, ele fez um segundo ciclo de cartões até o jogo contra o Santos. Estão exagerando um pouco, como se ele pudesse fazer uma futurologia em relação a quatro novos cartões", recorda.
O advogado também destaca a resposta grossa de Bruno Henrique para Wander, o que mostrou que o jogador não queria fazer parte de esquema algum.
No dia 15 de outubro, quando o Wander procura o Bruno novamente, ele dá uma resposta bastante dura para o irmão. Quando há uma pergunta sobre a possibilidade de ele tomar um terceiro cartão contra o Santos, ele usa até um palavrão para mostrar que ele não concorda com aquilo. E essa informação não foi uma informação que parece ter chamado a atenção da comissão que julgou esse caso em primeiro grau", detalha.
De acordo com o advogado, a defesa para a tentativa de absolvição leva em consideração o tópico técnico da prescrição.
É a extinção do direito de punir o jogador pelo tempo. Isso porque o prazo era de 60 dias para apuração das supostas infrações, o que não foi cumprido.
Outro fator foca no lance, que foi ignorado na Primeira Comissão Disciplinar. Aconteceu aos 95 minutos da partida, sendo irrelevante para o placar da partida. Além disso, a reação espontânea do jogador mostra que não existiu intenção na falta.
O principal ponto a ser trabalhado pela defesa de Bruno Henrique é a mensagem para o irmão que mostra o descontentamento do Camisa 27 do Flamengo com a pergunta do familiar.
A equipe também se preocupa com a imagem do jogador, que sai manchada após o imbróglio. O processo se arrastou por dois anos, e agora, a absolvição também é um processo de redenção para Bruno Henrique.
"Ele vai passar por uma redenção de reputação, que eu acho muito importante. É um atleta que tem muitos títulos, tem o apreço da torcida do maior clube de futebol do Brasil e, além de tudo, é um sujeito que merece ter uma redenção em relação à sua reputação, porque ele simplesmente não cometeu aquilo que estão dizendo que ele fez", explica o advogado.
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