Portal dos Dragões
·8. September 2025
“Cumprimos os indicadores da UEFA”: Pereira da Costa explica como é que o FC Porto conseguiu investir quase 100M€

In partnership with
Yahoo sportsPortal dos Dragões
·8. September 2025
O FC Porto realizou um mercado ambicioso e dispendioso, aproximando-se dos 100 milhões – 94,35 milhões – numa tentativa de colmatar lacunas do seu plantel. À cabeça das aquisições surge o investimento em Froholdt – 20 milhões – enquanto nomes como Gabri Veiga, Alberto Costa e Borja Sainz também exigiram montantes superiores a 10 milhões. Paradoxalmente aos elogios pelas contratações, surgiram questões sobre a capacidade de ultrapassar limitações financeiras e as medidas de contenção adotadas pela direção. Em breve declaração, Pereira da Costa, diretor‑financeiro da SAD do FC Porto, clarifica as premissas que fundamentaram estas opções e as garantias internas associadas.
“Vem dos resultados positivos do exercício de 24/25, com o aumento de receitas comerciais, envolvendo campanha de sócios, lugares anuais, bilhética e Corporate Hospitality, além de contenção nas despesas salariais na equipa principal e nos funcionários, incluindo a Administração”, expôs, dando conta da ajuda preciosa das “janelas de mercado de verão de 2024 e janeiro de 2025, que se traduziram em receitas de vendas na ordem dos 172 milhões, com apenas 42M€ reinvestidos no plantel”.
Abordando os fatores que aumentaram significativamente a liquidez, Pereira da Costa aponta algumas medidas concretas. “Tivemos a conclusão da operação de venda de 30 por cento da exploração do estádio à Ithaka, com revisão do valor de 65 para 100M€, tendo o primeiro pagamento subido de 40 para 50M€. Acresce a emissão de obrigações, Dragon Notes, 115M€ a 5,6% da dívida. Foi esse passo que retirou dificuldades de tesouraria, reduzindo de forma relevante o passivo de curto prazo”, justificou, notando o alívio financeiro que permitiu ao FC Porto reforçar o plantel em busca de melhores resultados e títulos.
“Este é um investimento consolidado que permite que o FC Porto cumpra os indicadores de sustentabilidade financeira da UEFA. Mas, como ocorre em qualquer SAD, requer rentabilidade desportiva, seja pelas receitas da UEFA, seja financeira, que vem da transação de jogadores”, advertiu o diretor‑financeiro, descrevendo um horizonte financeiro mais tranquilo. “A herança pesada continua, a dívida mantém‑se acima do ideal para a dimensão do FC Porto. Mas, atualmente, acarreta custos muito mais comportáveis, pois foi refinanciada com prazos mais longos e custos mais baixos.”