Papo na Colina
·25. Juli 2025
GUERRA DE VERSÕES NO VASCO! Pedrinho e Salgado trocam acusações sobre a cláusula de R$ 1 mil da SAF

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·25. Juli 2025
A complexa batalha pela SAF do Vasco da Gama ganhou um novo capítulo, desta vez com uma troca de acusações entre o atual presidente, Pedrinho, e seu antecessor, Jorge Salgado. Em sua coletiva, Pedrinho afirmou que Salgado perdeu a chance de retomar o controle da SAF por apenas R$ 1 mil. Contudo, o ex-presidente negou a informação e devolveu a acusação.
A acusação de Pedrinho se baseia em um atraso de aporte da 777 Partners ocorrido em setembro de 2023, durante a gestão de Salgado. Segundo o atual presidente, o contrato previa uma cláusula que permitiria ao clube recomprar as ações da empresa por R$ 1 mil. O presidente afirmou:
“Na cláusula do contrato feito com a 777, num dos aportes que não foi feito, o ex-presidente poderia com R$ 1 mil depositar e ter as ações que não foram integralizadas de volta. (…) Ele não exerceu isso.”
Para Pedrinho, o antecessor não quis retomar o clube para não herdar as dívidas de contratações feitas pela 777 Partners.
Presidente Pedrinho acusou o antecessor Salgado – Foto: Reprodução
Em resposta ao ge, Jorge Salgado negou a acusação e apresentou sua versão dos fatos. Ele explicou que o contrato o obrigava a notificar a 777 e dar um prazo de 30 dias para a regularização, o que foi feito. A empresa pagou dentro do prazo, impossibilitando legalmente a recompra.
Além disso, Salgado contra-atacou. Ele afirmou que, como a cláusula de 30 dias só podia ser usada uma vez, Pedrinho é quem teria a chance de ouro. Bastaria esperar o próximo calote, que seria em setembro de 2024, para tomar as ações do Vasco de volta por R$ 1 mil. O ex-presidente declarou:
“Quem jogou fora a oportunidade de recomprar as ações (…) foi ele próprio ao decidir romper unilateralmente o contrato três meses antes da data de vencimento do aporte.”
Veja a declaração completa do ex-presidente Jorge Salgado:
“Com relação à entrevista coletiva concedida pelo presidente Pedrinho ontem, 24/7, entendo serem necessários os seguintes comentários a fazer:
1.Não é verdade que eu, enquanto presidente, teria tido a oportunidade de exercer a compra das ações não integralizadas da Vasco SAF por 1 mil reais, por um suposto não pagamento de um aporte da 777 Partners, e que teria decidido não o fazer.
2.No período em que presidi o clube, a 777 fez todos os aportes previstos em contrato. Em setembro de 2023, a 777 atrasou o pagamento do aporte previsto para aquele mês, o que ensejou uma notificação formal do CRVG iniciando o procedimento que poderia levar à compra das ações não integralizadas por 1 mil reais. O contrato estabelecia que após a notificação, caso a situação não fosse remediada pela 777 em 30 dias, o CRVG poderia efetivamente exercer a compra por 1 mil reais. Imediatamente após a notificação, a 777 pagou o valor do aporte, com juros de mora, impossibilitando a recompra das ações pelo CRVG naquele momento.
3.É importante ressaltar que o contrato também só permitia que o prazo de 30 dias para a remediação de atraso de pagamento fosse exercido por uma única vez. Isso significa que em qualquer outro inadimplemento da 777 o CRVG poderia exercer de imediato a compra das ações não integralizadas por 1 mil reais.
4.Ao contrario do que disse o atual presidente, na verdade quem jogou fora a oportunidade de recomprar as ações não integralizadas da Vasco SAF por 1 mil reais foi ele próprio ao decidir romper unilateralmente o contrato três meses antes da data de vencimento do aporte de R$ 300 milhões no início de setembro de 2024. Como aquela altura já eram públicas as dificuldades financeiras da 777 Partners, bastava aguardar a data de vencimento do aporte e exercer a compra no dia seguinte, sem correr os riscos reputacionais, econômicos e jurídicos decorrentes litígios e arbitragens imprevisíveis e infindáveis.
5.A narrativa de que “a gente entrou com a ação para justamente para proteger o Vasco de cair numa massa falida como vocês viram aí” também não se sustenta na realidade. No caso de falência da 777 Partners, as únicas ações com risco de arresto por credores seriam os 31% já integralizados e pagos pela 777. Neste caso o CRVG estaria no controle da empresa com 69% do capital social. O contrato, que se tornou público pelo processo judicial, previa também uma cláusula de drag along, que obrigava a 777 Partners, ou seu sucessor, a vender suas ações nas mesmas condições acordadas pelo CRVG com o futuro investidor da Vasco SAF. Um quadro que facilitaria a atração de novos investidores, se fosse esse o desejo da atual diretoria”.
Jorge Salgado é o presidente do Vasco que fez o acordo com a 777 Partners – Foto: Lance!
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