
Gazeta Esportiva.com
·1. Juli 2025
Médico do Palmeiras explica como será nova cirurgia de Paulinho após o Mundial

In partnership with
Yahoo sportsGazeta Esportiva.com
·1. Juli 2025
Herói da classificação do Palmeiras às quartas da Copa do Mundo de Clubes, no último sábado, o atacante Paulinho precisará passar por nova cirurgia após o torneio para corrigir a lesão na tíbia direita. O coordenador médico do clube, Pedro Pontin, esclareceu sobre a lesão e o processo de recuperação do atacante e explicou como será o novo procedimento.
“Paulinho é um atleta que chegou numa condição especial. Ele veio contratado de uma equipe que ao longo do ano diagnosticou uma reação de estresse no osso da perna, na tíbia. Foi constatada uma fratura de estresse e ao longo da última temporada ele jogou até de acordo com o que já foi amplamente divulgado, com bastante sintomas, com muitas limitações. E, de maneira conjunta com o antigo Departamento Médico da equipe, foi planejado em se fazer um tratamento ao final dessa temporada. Ele foi operado, então, por essa equipe e nós recebemos o atleta com 15 dias de cirurgia e já com todas as informações necessárias em relação ao que ele havia passado e o procedimento que ele tinha sido submetido para a gente dar sequência então ao processo de recuperação”, explicou.
Paulinho foi anunciado pelo Palmeiras no dia 31 de dezembro de 2024. Na ocasião, ele ainda não tinha completado nem um mês de cirurgia no Atlético-MG. Na última temporada, o atual camisa 10 do Verdão, atuou por cerca de nove meses com dores decorrentes de uma fissura óssea na tíbia da perna direita.
Inicialmente, o time mineiro e o atleta passaram a realizar o tratamento conservador. Com isso, Paulinho seguiu à disposição do time e atuava com analgesias (injeções). Apenas após o fim da temporada, optou-se pela cirurgia. E, foi nessas condições que ele chegou ao Palmeiras.
Tendo conhecimento da situação, o atleta chegou e ficou cerca de quatro meses no Departamento Médico seguindo o cronograma de recuperação. Ele ficou à disposição de Abel pela primeira vez no dia 12 de abril, na vitória por 2 a 0 sobre o Corinthians, pelo Brasileirão. O médico do Verdão garantiu que a cicatrização aconteceu da forma esperada, respeitando a evolução do atleta.
“A cicatrização transcorreu de maneira esperada dentro do prazo que a gente espera que é de três a quatro meses e após esse processo de cicatrização reintroduzido os trabalhos de treinamento, de fortalecimento, de recondicionamento físico e por último os trabalhos de treino em campo. O atleta ele foi se sentindo muito bem, ele ia avançando de fase até o ponto que ele começou a participar dos jogos e treinos com a equipe, ainda assim, com uma carga bastante controlada. Afinal de contas, mesmo tendo a liberação, ele precisava respeitar uma fase inicial quando ele estivesse com a equipe também de controle de carga e esse controle foi sendo feito. A comissão técnica, o próprio atleta, todos cientes”, explicou.
Até o Mundial, Paulinho havia disputado 11 jogos pelo Palmeiras, apenas um como titular, com um gol e duas assistências. Mesmo ainda com dores, o camisa 10 teve um planejamento para chegar com condições de jogo no Mundial de Clubes. Ele foi utilizado por Abel nos quatro compromissos até aqui, sendo decisivo no empate sobre o Inter Miami e na vitória sobre o Botafogo.
“Conforme foi transcorrendo esse período de reintrodução aos treinos e jogos o atleta infelizmente apresentou momentos de dor. Isso é um processo que pode acontecer numa situação como essa, por ser uma lesão grave tem essa particularidade de você ter que ficar a todo momento manejando os sintomas e correlacionando com a carga recebida e a gente fez um planejamento para que ele pudesse participar do Campeonato Mundial com uma performance esperada para ele, porque é um atleta que a gente entende que tem um talento, uma qualidade técnica muito alta e que precisava também ter um físico para conseguir entregar esse resultado”, seguiu.
Antes do jogo contra o Inter Miami, por exemplo, Abel Ferreira havia revelado que Paulinho só estava apto para atuar por 30 minutos, não mais que isso. Diante do Botafogo, ele saiu do banco de reservas, resolveu o jogo e foi substituído na prorrogação.
“Então, durante a preparação, conciliando todas esses esses fatores, a gente conseguiu trazê-lo para o Mundial numa condição em que a carga dele foi controlada. Estipulamos uma minutagem que ele conseguia se sentir confortável para desempenhar o jogo e participar dos treinos. Então, infelizmente, mesmo com todo esse controle, as dores persistiram. A gente entende que esses sintomas desgastam o atleta, limitam a performance, podem piorar cada vez mais. É um atleta que faz parte de um projeto de longo prazo, um atleta jovem, um atleta talentoso. E explicamos para ele quais seriam as possibilidades de tratamento e, obviamente, o atleta entendendo tudo isso, optou-se por fazer uma nova investida, um novo tratamento”, concluiu.
“A gente pretende usar um implante que ele seja resistente o suficiente para aguentar a nova carga que ele vai ser submetido posteriormente, agrega-se, junta-se a essa fixação, o que a gente chama de enxerto ósseo, que é um material do próprio corpo do atleta, colocado no local da lesão e essa fixação, então, ela vai prover a estabilidade, vai deixar o osso com a maior estabilidade possível para aguentar, então, futuramente, as cargas de treinos e jogos que o atleta será submetido”, explicou Pedro Pontin.
“Aqui a gente não quer que ele passe uma temporada se desgastando, se colocando em risco para sofrer outros tipos de lesão, que pode acontecer quando o atleta joga nessas circunstâncias. Foi conversado novamente com o atleta, juntamente com a comissão técnica, e chegou-se a conclusão de que o melhor a se fazer seria interromper essa fase, retroagir um pouco no tratamento para a gente fazer uma nova cirurgia. O novo procedimento, basicamente, é uma fixação desse osso”, finalizou.