Paulo Pezzolano é apresentado no Inter e destaca confiança no elenco | OneFootball

O Internacional apresentou, no fim da tarde de sexta-feira (19), a chegada de Paulo Pezzolano como novo comandante da equipe. A apresentação ocorreu no auditório do estádio Beira-Rio, com a presença do presidente Alessandro Barcellos e do diretor técnico Abel Braga. Em sua volta ao futebol brasileiro, o treinador uruguaio firmou vínculo de um ano com o clube gaúcho.

Discurso de confiança e ambição no Beira-Rio

Durante o primeiro contato com a imprensa, Pezzolano adotou um tom confiante ao falar sobre o elenco colorado. O técnico ressaltou a importância do aspecto mental e afirmou que os jogadores precisam ter convicção de que “estão na melhor equipe do mundo”, destacando a necessidade de competitividade e mentalidade vencedora no dia a dia do clube.

A chegada a Porto Alegre foi marcada por contratempos. Inicialmente, Pezzolano planejava cruzar a fronteira de carro, mas um problema de documentação o obrigou a retornar a Montevidéu. A alternativa foi um voo privado, porém a aeronave encontrava-se em Buenos Aires, o que gerou uma nova espera até o deslocamento ao Uruguai antes do embarque definitivo rumo ao Brasil.

Relação com Tite e o status de alternativa

Questionado sobre o fato de ter sido uma alternativa a Tite — que acabou acertando com o Cruzeiro — o treinador tratou o tema com naturalidade. Pezzolano afirmou sentir orgulho por ser considerado o “plano B” em negociações envolvendo o ex-técnico da Seleção Brasileira, lembrando que situação semelhante também ocorreu em conversas com o próprio clube mineiro.

— Ser a segunda opção para o Tite, um cara como eu, de 42 anos, é um orgulho. Um cara que foi campeão do mundo. É um orgulho. Tinham outros clubes, de outros países e do Brasil, e fui a opção B a Tite em outro clube também. Um orgulho. E como não vou aceitar o Inter? Tinha propostas na Europa, mas em um time grande como o Inter, é impossível dizer não — disse.

Confiança no elenco e discurso de responsabilidade

Sem entrar em análises individuais, o novo comandante do Internacional adotou um tom institucional ao avaliar o grupo que terá à disposição em 2025. O treinador destacou que vê qualidade suficiente no elenco para sustentar um trabalho competitivo ao longo da temporada, mas fez questão de reforçar a importância da postura interna.

Na avaliação do técnico, o desempenho coletivo passa diretamente pela mentalidade dos atletas. Por isso, ele enfatizou a necessidade de humildade no dia a dia, aliada à consciência do peso da camisa colorada, lembrando aos jogadores que “estão na melhor equipe do mundo”.

— Gosto de jogadores humildes, com muita gana, que sabem onde estão: na melhor equipe do mundo. E quando vestem esta camisa, quando entram no CT ou no campo, temos que dar 100%. Essa é a característica fundamental. Humildade e no dia a dia chegar a 100%. O Inter tem um bom plantel, um bom time, o que tem que fazer é tirar 100% de cada um. Ser um time forte mentalmente, fisicamente e prepará-los bem. Sou de característica, não sou de falar que quero um jogador, é característica do que eu acho que podemos melhorar no plantel. Mas estou convencido que temos um grande time, por isso estou aqui — afirmou.

Discurso cauteloso e foco no desempenho em campo

Em seu primeiro contato, o treinador adotou um discurso cauteloso ao abordar questões táticas. Sem antecipar detalhes sobre o modelo de jogo, destacou que prefere apresentar suas ideias no dia a dia de trabalho, deixando que o desempenho da equipe seja o principal reflexo de sua filosofia. O profissional uruguaio chega acompanhado por uma comissão técnica formada por três auxiliares, um preparador físico e um analista de desempenho, o que reforça a proposta de um trabalho integrado desde o início.

— O mais importante é ver um time que a torcida se identifique. Um time com muita intensidade, com fome em cada jogo. Eu posso falar agora coisas lindas que vão agradar a todos, mas eu quero que vocês vejam, desde o primeiro jogo, as ideias dentro do campo. O mais importante é a fome, a garra, o 100% e demonstrar que queremos os três pontos em cada jogo. Eu gosto que o campo fale. Estou com muita vontade de começar, agora quando vi o estádio, no primeiro jogo quero ver toda a torcida aí dentro, é impressionante e estou muito feliz. E, Deus queira que possamos marcar uma página muito boa para a história do Inter — finalizou.