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·9. September 2025

Pinto da Costa deu a casa como garantia para FC Porto não sair da UEFA

Artikelbild:Pinto da Costa deu a casa como garantia para FC Porto não sair da UEFA

Curiosamente, o episódio é descrito como uma troca de provocações entre os apoiantes de Pinto da Costa e os de André Villas-Boas, conforme se lê no livro: “A situação crítica que a SAD enfrentava [em 2024] levou a que Villas-Boas (que já tinha abdicado de ter ordenado) lhe emprestasse 500 mil euros do seu próprio bolso logo no mês em que tomou posse” – dinheiro que seria devolvido “sem que fosse feito o pagamento de qualquer juro”. Aliás, Villas-Boas viria a afirmar que o fez “de coração aberto” e em “resposta a uma situação urgente de tesouraria”.

Essa “demonstração de amor”, defendem os apoiantes de Villas-Boas, foi apontada pelos partidários de Pinto da Costa como um “ato de exibicionismo”. Em contrapartida, recordam o que sucedeu em março de 2018, quando a SAD portista necessitava de 3,5 milhões de euros para cumprir as exigências da UEFA no âmbito do settlement agreement e assim não ser afastada das competições europeias.


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Sem permitir saídas no mercado de inverno, numa tentativa de conquistar o campeonato e travar o tetra do Benfica (objectivo que acabaria por concretizar-se), os dragões contavam com a entrada de fundos resultante do pagamento por parte de um clube que não se verificou, obrigando a procurar soluções em apenas 24 horas.

“Nessa altura, Pedro Pinho deslocou-se ao Banco Carregosa para arranjar esse dinheiro a título particular e a forma mais rápida de o conseguir passava por Pinto da Costa subscrever uma livrança. Contudo, a instituição bancária pedia uma garantia: a casa de Pinho. O empresário acedeu e reportou o sucedido ao presidente dos dragões. Em resposta, Pinto da Costa disse que se Pinho, que não era administrador, ‘oferecia’ a sua habitação como garantia, ele teria de fazer o mesmo. Assim aconteceu”, conta-se no livro Capitão de Abril.

Pinto da Costa explicou depois o episódio aos administradores Adelino Caldeira e Fernando Gomes, que se mostraram solidários. “A livrança no valor de 3,5 milhões de euros foi subscrita por Pinto da Costa, com aval de Gomes, Caldeira e Pinho, tendo sido apresentadas as casas de Pinto da Costa e Pedro Pinho como garantia. Pinto da Costa recebeu o empréstimo de 3,5 milhões do Banco Carregosa e cedeu-o ao FC Porto, evitando assim o incumprimento junto da UEFA”.

Quatro meses mais tarde, já com o clube em melhor situação financeira graças às vendas de futebolistas como Ricardo Pereira (vendido por 22 milhões de euros), Diogo Dalot (22 milhões), Willy Bolly (12 milhões), Miguel Layún (4 milhões) e Gonçalo Paciência (3 milhões), o FC Porto “acertou contas com Pinto da Costa e, de seguida, o presidente liquidou a livrança com o Banco Carregosa”.

Este é um dos episódios mais surpreendentes relatados em Capitão de Abril – André Villas-Boas e a Revolução Inacabada. O livro traz ainda outros episódios relevantes sobre os últimos anos da presidência de Pinto da Costa, a Assembleia Geral de má fama com agressões a adeptos portistas (em novembro de 2023), a campanha e as eleições de abril de 2024 (nas quais Villas-Boas pôs fim, de forma decisiva, a 40 anos de domínio de Pinto da Costa) e o primeiro ano da presidência de Villas-Boas.

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