Raízes negras do Mengão: 130 anos de Diamantes Negros | OneFootball

O mês de novembro é de celebrações na Gávea: o Flamengo comemora o aniversário de 130 anos, e, no dia 20, o Dia da Consciência Negra pode se misturar com a Nação Rubro-Negra.

Tanto que entre as comemorações do clube pelos 130 anos, está o lançamento de uma linha comemorativa em alusão ao Dia da Consciência Negra.

O Flamengo lança o pack 'Diamantes Negros', com peças comemorativas relacionadas a essa data. A camisa deixa de ser rubro-negra para se tornar marrom.

Por isso, o MundoBola destaca ídolos negros do clube, que fizeram sucesso e se tornaram parte desse legado rubro-negro.

Leônidas da Silva, o Diamante Negro

Não é fácil selecionar uma lista tão vasta, já que já uma infinidade de personalidades negras que moldaram o Flamengo e transformaram o clube no que ele se tornou. Mas Leônidas da Silva não pode deixar de ser citado quando o assunto é Diamantes Negros.

Exatamente porque é daí que vem esse nome. Leônidas, o Diamante Negro, Ele jogou pelo Mengão de 1936 a 1941, tempo suficiente para ficar marcado para sempre. E é dispensável falar sobre o que fez em campo, mas o pioneirismo também veio fora dele.

O Diamante Negro foi o primeiro jogador brasileiro a usar marketing e imprensa para ficar popular. Ele atuou como garoto-propaganda do chocolate Diamante Negro, que foi criado para homenagear a lenda. Ele já tinha esse apelido e se tornou produto.

Leônidas também foi o primeiro jogador negro do Brasil a sair com "moças de boa família", o que desconstruiu um paradigma na época, já que o racismo chegava ao ponto de fazer com que as meninas fossem proibidas de se relacionar com negros, da mesma forma que eles eram proibidos de jogar até os anos 30.

Em 1938, Leônidas foi o primeiro craque a marcar de bicicleta em um Copa do Mundo, e cedido pelo Mais Querido do Mundo.

Jarbas

Outro nome histórico é o de Jarbas, que foi jogador e técnico do Flamengo, entre 1933 e 1946, e era conhecido como Flecha Negra.

Ele é conhecido como o jogador que mais jogou Fla-Flus: foram 49. O histórico é bem equilibrado, com 18 vitórias, 18 derrotas e 13 empates.

Além disso, ele está na lista de jogadores com mais gols pelo Flamengo, sendo ultrapassado por Gabigol nos últimos anos. Com 152 gols, ele fica em sétimo, atrás ainda de Romário, Pirilo, Henrique Frade, Dida e Zico.

Thomaz Soares da Silva, o Zizinho, marcou época entre os anos 40 e 50. Antes do sucesso de Pelé, era ele quem chamava a responsabilidade, sendo um dos grandes nomes da Copa de 50, antes da ascensão meteórica da Seleção Brasileira rumo aos títulos.

É mais um nome na lista de maiores artilheiros da história do clube, com 145 gols marcados em 328 jogos. Imortal rubro-negro nascido em São Gonçalo, que conquistou os Cariocas de 42, 43 e 44, antes da seca de nove anos que originou a aproximação do Flamengo de São Judas Tadeu.

Brown foi um dos grandes nomes da história do Flamengo, fazendo parte da irretocável Era de conquistas dos anos 80. Ao lado de Zico, ele conquistou Mundial e Libertadores em 1981, além dos Brasileiros de 1980, 1982, 1983 e 1987, fora os cinco Cariocas e outras taças amistosas.

É simplesmente um dos maiores nomes negros da história do clube, ajudando a construir uma equipe vencedora. Adílio se foi recentemente, em agosto de 2024, aos 68 anos, ferindo a torcida do Flamengo, mas deixando um legado eterno, que será passado de geração para geração.

Obina, o Anjo Negro da Gávea

Para fechar a lista com um nome mais recente, o homem que é melhor que Eto'o e era chamado de Anjo Negro da Gávea: Obina.

O jogador também teve sua importância para o clube, ajudando, por exemplo, a livrar o Flamengo do rebaixamento. Se o clube nunca caiu, é muito por conta do atacante, que marcou contra o Paraná em 2005, e que também foi campeão da Copa do Brasil 2006, além dos Cariocas 2007, 2008 e 2009.