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·6. Oktober 2025

Roberto Assaf: Flamengo começa a entregar o Brasileiro ao Palmeiras

Artikelbild:Roberto Assaf: Flamengo começa a entregar o Brasileiro ao Palmeiras

O roteiro do Flamengo traçado aqui neste espaço, contrariando a maioria esmagadora da mídia, começou a virar realidade nesta 27ª rodada. O Rubro-Negro, caindo aos pedaços, sem direção técnica, no sentido amplo, como temos destacado, passou a entregar o Brasileiro ao Palmeiras, ao ser derrotado pelo desfalcado Bahia, 1 a 0, em Salvador. Um daqueles jogos que você não consegue ver, sequer torcer, ou alimentar alguma esperança para o que virá.

O mais interessante do duelo foi perder de pouco. Ainda há uma chance de brigar pelo campeonato e pela Libertadores, embora o tempo seja curto: sacar Filipe Luis. Com ele, no cargo, as duas competições vão para o espaço. Mas como isso não ocorrerá, por várias razões, assistiremos mais duas conquistas dos paulistas. Aí sim – na eliminação pelo Racing, em Avellaneda – perceberão que havia a necessidade de demitir o cidadão e contratar um técnico de verdade.


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Sequência de erros

A quantidade de erros do Flamengo de 2025 é espantosa, quando se trata de um clube gigante. Teminfraestrutura de europeu, um elenco caríssimo, que recebe em dia, e uma torcida fiel e presente. O desespero de todos – CT e diretoria – já estava evidente quando o treinador – que se considera um Rinus Michels – escalou reservas para enfrentar o Vasco. Apoiado, é claro, pelo comando, que garantira, aliás, que a prioridade seria o Brasileiro.

Vale destacar que o prejuízo não é necessariamente do torcedor, que fica aborrecido após os fracassos. Mas vai cuidar da vida, e sim dos interesses que giram entre a direção e os patrocinadores, que são muitos e valiosos.E que perderão faturamento e prestígio, e das cobranças que virão. Na realidade, o mais incrível é que o torcedor se deixa iludir pela propaganda – jornal, rádio, TV, internet – da mídia, que vive de audiência. A torcida lota em sequência o Maracanã, sem perceber que o Flamengo é um time comum. Afinal, acumula um punhado de resultados medíocres. Vence eventualmente jogos no limite, por contagens apertadas, quase sempre suportando pressão dos adversários, dentro e fora de casa, obtendo resultados – não é exagero – milagrosos.

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Para o colunista do Jogada10, Roberto Assaf, Filipe Luís não encontrou soluções para o Flamengo. Foto: Gilvan de Souza/Flamengo

Flamengo na Bahia

Filipe Luis enfim pôs Pedro como titular, mas optou por começar estrategicamente recuado, para supreender nos contra-ataques. Aos 12 minutos, porém, ocorreu o contrário, e sem solução, pois já não consegue acompanhar os adversários, Danilo cometeu falta sobre Tiago – meteu o pé na cabeça do atacante – e recebeu o cartão vermelho. Pois o treinador sacou Pedro e lançou Cleiton para recompor a zaga.

Foi o suficiente para jogar o time definitivamente para trás, e tivesse o Bahia um mínimo de capacidade, decidiria a partida no primeiro tempo, pois a equipe carioca não trocava dois passes, além dos muitos erros, notadamente a dificuldade de segurar a bola. Curiosamente, quem teve a primeira oportunidade até o intervalo foi Samuel Lino – o Caldeira do Século XXI – recebeu bola espetacular de Arrascaeta e chutou em cima de Ronaldo.

Aos 44, Tiago dividiu com a zaga e William José apanhou a sobra, batendo à esquerda de Rossi, abrindo o placar: 1 a 0. Um placar até pequeno, diante da pobreza do Rubro-Negro, e do nível apenas razoável do Bahia.

No segundo tempo

Para a etapa derradeira, Filipe Luis, desta vez sem a opção de não mexer, lançou Luiz Araújo, Bruno Henrique e Plata, nas vagas de La Cruz – o nome justifica seu futebol – mais Samuel Lino – o maior ciscador do planeta – e Carrascal. Mas continuou sem ter a menor idéia de como modificar o cenário, totalmente adverso, pois os jogadores rubro-negros não sabiam exatamente que posições deveriam ocupar. Assim, o Bahia, à vontade em casa, apesar de limitações, parecia pronto para tomar o segundo gol, que ocorreu aos 21 minutos, com Michel Araújo, mas que não valeu, pois estava em posição irregular.

Mas os espaços para o time casa eram muitos, e a confusão no visitante prosseguiu, pois seria impraticável, para qualquer criança, escalar com exatidão os atletas que estavam em campo. Aos 33, 14 minutos após substituir Arrascaeta, Wallace Yan levou um amarelo e um vermelho, este após agredir Gilberto. Este, infelizmente, em breve tomará o rumo de Lorran e Matheus Gonçalves. Corrigir tais comportamentos também é trabalho para treinador, Mas que treinador?

Rossi ainda esteve perto de entregar gol ao Bahia, e o Flamengo, no bagaço total, acabou tomando apenas um gol. Na prática, se o Rubro-Negro segurar uma vaga na próxima Libertadores já fará, diante do quadro atual, um grande negócio. No sábado, o Palmeiras derrota o Juventude sem problemas – em jogo atrasado – assume a liderança do Brasileiro e não larga mais.

A pergunta que não quer calar: o Flamengo ainda tem diretor de Futebol?

As opiniões do colunista não são, necessariamente, a opinião do Portal Jogada10.

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