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·22. Oktober 2025

Saiba o que falta para o Corinthians trocar responsável pelo estacionamento da Arena

Artikelbild:Saiba o que falta para o Corinthians trocar responsável pelo estacionamento da Arena

A Indigo está prestes a deixar de comandar a operação do estacionamento da Neo Química Arena. O Corinthians já escolheu uma nova empresa para administrar o local e está próximo de concluir o negócio, restando somente um empecilho para que a troca seja efetuada.

Como publicado pela Gazeta Esportiva no início de agosto, a diretoria alvinegra, presidida por Osmar Stabile, insatisfeita com as condições do contrato com a Indigo, abriu uma espécie de “licitação” para buscar interessados em assumir a operação. Ou seja, o clube foi ao mercado e abriu um processo competitivo, livre e de ampla concorrência, onde empresas apresentaram as suas ofertas.


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(Foto: José Manoel Idalgo/Corinthians)

O Corinthians, ao todo, recebeu seis propostas em envelope fechado. Dentre elas, duas de empresas que já haviam realizado ofertas durante a gestão Augusto Melo e da própria Indigo, interessada em reiniciar a parceria. Os envelopes foram abertos na presença de membros da diretoria, do compliance, da administração da Arena e do Departamento Financeiro do clube, de modo que nenhuma pudesse sofrer alterações posteriormente.

O Timão então passou a compilar dados e avaliar os detalhes de cada proposta, como luvas, receita variável, tempo de contrato, expertise da empresa e solidez no mercado, além da multa rescisória e o modelo de operação. Após um longo período de análise, Osmar Stabile já tomou uma decisão.

O nome da empresa escolhida ainda é mantido em sigilo. Segundo informações obtidas pela reportagem, a diretoria já tem tudo engatilhado para oficializar a troca, faltando um último obstáculo a ser superado.

O que está faltando?

Antes de confirmar a contratação da nova empresa, o Corinthians precisa desfazer a parceria vigente com a Indigo, que administra o estacionamento da Neo Química Arena desde 2018.

Para quebrar o vínculo, o clube teria que pagar uma multa de de aproximadamente R$ 11 milhões. Há, porém, uma divergência. Isso porque a companhia entende que o valor é maior, na casa dos R$ 20 milhões. As partes negociam a melhor forma de encerrar o contrato.

Condições do Corinthians

Nesta espécie de “licitação”, o Corinthians estipulou condições mínimas para levar qualquer proposta em consideração. O clube pretende receber, no mínimo, R$ 20 milhões pelo período de 10 anos.

Além disso, o Timão exige, pelo menos, 30% do faturamento que a empresa contratada obtiver. Para isso, a diretoria está elaborando um sistema de controle do faturamento da companhia que ficar responsável pela operação, justamente para averiguar, atentamente, quanto e como a empresa vai arrecadar periodicamente.

O Corinthians, por fim, também requisita vagas fixas em jogos e eventos do clube na Arena, além de uma participação em outras cerimônias que a Neo Química Arena recebe, como apresentações musicais, que ocorrem exclusivamente no estacionamento em alguns casos.

Contrato lesivo?

Integrantes da atual diretoria do Corinthians entendem que o contrato com a Indigo é lesivo ao clube. O acordo para que a empresa se tornasse responsável pela administração do estacionamento da Neo Química Arena foi firmado em maio de 2018, na gestão de Andrés Sanchez.

À época, o Timão recebeu R$ 11,4 milhões. Desta quantia, R$ 2,5 milhões foram destinados a Omni, antiga operadora do local, e R$ 8,9 milhões ao Fundo da Arena, pagos em duas parcelas.

O vínculo determina que a empresa não pode ser removida durante um período de 120 meses e que acordo não pode ser desfeito por justa causa sob nenhuma hipótese. O contrato só atenderia a possibilidade de ser rescindido dez anos depois da vigência inicial, caso houvesse prorrogação automática, desde que o Corinthians formalizasse um aviso prévio 30 dias.

Além disso, a Indigo ficou isenta do pagamento de aluguel sempre que o faturamento líquido anual fosse igual ou inferior a R$ 4,8 milhões, valor este que foi reajustado com o passar dos anos. Com isso, mesmo utilizando um patrimônio do clube, a empresa nunca pagou qualquer mensalidade ao Corinthians.

O contrato virou alvo de críticas de torcedores e do presidente destituído Augusto Melo, que inclusive prometeu investigá-lo por meio da auditoria feita pela Ernst & Young, umas das maiores empresas do mundo no ramo, contratada no início de sua gestão para “passar o Corinthians a limpo”.

O resultado das apurações, no entanto, nunca foi oficialmente divulgado. Como publicou a Gazeta Esportiva em março deste ano, todas as informações encontradas foram apresentadas à diretoria do clube, que à época decidiu não pagar pelo serviço da E&Y e, consequentemente, por força contratual, não recebeu as cópias dos relatórios de cada contrato averiguado, o que incluiria o parecer da empresa.

No início desta semana, a atual diretoria do Corinthians, que quitou a dívida com a E&Y, teve uma reunião com membros da empresa de consultoria para apresentação do relatório. Em nota, o Timão informou que o documento “corrobora a situação financeira do clube sem apresentar fatos novos que a diretoria já não esteja tomando providências”.

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