Voto eletrónico: Cristóvão ataca Noronha por afastar sócios | OneFootball

O candidato à presidência do Benfica, Cristóvão Carvalho, deu uma entrevista ao jornal O Jogo onde abordou vários temas, incluindo a questão do voto eletrónico. A sua posição vai ao encontro do que já tinha dito sobre outro candidato, que, à partida, afastaria milhares de sócios das votações. Fala em aproximar os sócios ao clube, mas quando se trata de eleições, prefere manter um sistema onde, dos cerca de 400 mil associados, apenas 8 mil votam. Estatutos esses aprovados em Lisboa, longe dos sócios no estrangeiro, nas ilhas e noutras regiões do país.

“Que comentário faz à posição de Noronha Lopes sobre o voto eletrónico? — Noronha Lopes esconde-se nos estatutos porque é o que lhe dá jeito. Ele sabe que a maioria dos votos dele estão em Lisboa e é por isso que não quer que seja possível votar por voto eletrónico. Repare que os estatutos não impedem o voto eletrónico – só não haverá voto eletrónico, se não houver unanimidade entre os candidatos. E neste momento, apenas Noronha Lopes está a boicotar esta hipótese sem sequer estudar a viabilidade dela.”

Importa acrescentar: esta é a candidatura que apresenta mil e uma razões para desconfiar da segurança do voto eletrónico, mas que ao mesmo tempo quer implementar um ranking digital para definir prioridades no acesso a bilhetes, Red Pass e outros benefícios. Aqui, aparentemente, já não há problemas com sistemas digitais de fiabilidade duvidosa.

Se houvesse verdadeira preocupação com o associativismo, não se impediria o voto eletrónico para sócios que vivem nos 122 países onde o Benfica está representado. Com esta recusa, está-se a tratar sócios como meros clientes, exatamente aquilo que se critica.