Portal dos Dragões
·20 March 2025
André Villas-Boas: “FC Porto foi lesado em milhões de euros” porque protocolo com claques “era praticamente inexistente”

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·20 March 2025
A terceira audiência da Operação Pretoriano está a decorrer hoje, no Tribunal de São João Novo, no Porto.
“Os novos estatutos permitiam um financiamento mais transparente dos grupos organizados de adeptos, facilitando assim o seu apoio financeiro. Após a nossa entrada, revisámos o protocolo. Existiam vários privilégios que não estavam previstos. O FC Porto sofreu perdas de vários milhões de euros devido à quase inexistência do protocolo”, afirmou André Villas-Boas.
André Villas-Boas previu que a alteração dos estatutos tornaria “potencialmente mais fácil para a claque saldar uma dívida que foi evidente na auditoria forense”. Quando questionado sobre possíveis privilégios da claque, o presidente do FC Porto disse que “não é aceitável que o clube arque com despesas pessoais de viagens de membros da direção dos Super Dragões. Era um privilégio e um abuso que o FC Porto não deveria suportar”.
Villas-Boas mencionou que o único incidente que presenciou foi o disparo de petardos à sua chegada ao Estádio do Dragão. “Os restantes relatos chegaram até mim através de testemunhos de pessoas ou da comunicação social”. Ele expressou que havia um grande movimento associativo que deveria ser elogiado, afirmando que “não posso dizer que testemunhei momentos de grande agressividade, para além do disparo dos petardos”.
O presidente do FC Porto também expressou a sua oposição à alteração dos estatutos, que retiraria direitos aos associados e, a sete meses das eleições, introduziria o voto eletrónico e por correspondência, “categorias conhecidas por terem falhas de segurança. Tornaria a operação muito mais complexa e quase impossível de implementar”.
Além disso, mencionou a possibilidade de negócios com familiares, afirmando que “é amplamente sabido, conforme foi revelado na nossa auditoria”, que existiam tais negócios, e que seria possível iniciar a cooptação de um novo membro da direção sem a realização de um ato eleitoral. “Tudo isso comprometia o novo ato eleitoral, o que levou a um movimento orgânico e massivo dos associados”.