Câmara do Porto justifica cedência de terreno para novo pavilhão do FC Porto com custo total para o clube de 525 mil euros | OneFootball

A Câmara Municipal do Porto e o FC Porto firmaram esta sexta-feira um protocolo que cede ao clube os terrenos municipais da antiga Escola Ramalho Ortigão, para a construção de um pavilhão multidesportivo dedicado à formação e ao desporto adaptado.

Rui Moreira, presidente da Câmara Municipal do Porto, justificou o acordo, durante a assinatura do protocolo nos Paços do Concelho.

“Considero que este ato era um ato de justiça também relativamente ao FC Porto, porque durante anos, ao contrário de outras cidades que reconheciam no seu clube principal um ativo, durante alguns anos a cidade do Porto andou de costas voltadas para o FC Porto e nós não queríamos que fosse assim”, começou por dizer.

“Queria também dizer, para que fique claro, que este é um bom negócio para a cidade. Se não fosse o FC Porto, teríamos de fazer esse investimento nós próprios. Fico muito satisfeito que o clube esteja disposto a fazê-lo. Isto não foi uma decisão do presidente da Câmara, mas do executivo e da assembleia municipal. Durante estes anos, conseguimos que as forças políticas se irmanassem no desporto”, disse o autarca, citado pela Lusa, no seu último dia como presidente da autarquia portuense.

O equipamento ficará destinado aos escalões de formação das várias modalidades do FC Porto, com especial atenção ao desporto feminino e ao desporto adaptado.

O terreno localiza-se na zona oriental da cidade, junto às piscinas de Campanhã – que o FC Porto utiliza desde 2015 – e próximo do futuro Campo Municipal de Campanhã.

Ao abrigo do acordo, a Câmara cede o terreno ao clube por 70 anos e assina um Contrato-Programa de Desenvolvimento Desportivo que inclui uma contribuição de 525 mil euros. Nos primeiros quatro anos, o FC Porto pagará uma renda simbólica de 50 euros mensais, valor que depois subirá para quase 11 mil euros anuais.