Comentarista exige estátua para Abel Braga no Beira-Rio após gesto que chocou o Inter | OneFootball

A repercussão da volta de Abel Braga ao comando do Internacional, faltando apenas duas rodadas para o fim do Brasileirão, ganhou um tom ainda mais forte neste domingo. Entre críticas, desespero e descrença pelo momento caótico do clube, uma opinião ganhou enorme destaque: o comentarista e colunista Diogo Olivier, de GZH, afirmou que Abel já merece uma estátua no Beira-Rio — mesmo que não consiga evitar o rebaixamento.

A análise de Diogo partiu do entendimento de que assumir o Inter nesta situação dramática não é apenas um ato profissional, mas um gesto de “desprendimento, resiliência e bondade”. Aos 73 anos, aposentado e sem qualquer obrigação de voltar ao front, Abel aceitou comandar o time em um momento que beira o irreversível. Para o comentarista, isso já o coloca no patamar de personagens eternos do Colorado.

Olivier relembra que Abel retorna ao clube justamente após ter sido descartado pela própria direção que agora recorre a ele em desespero. Em 2020, o técnico pegou o time em meio ao abandono de Eduardo Coudet e levou o Inter ao vice-campeonato brasileiro, perdido por um ponto. Segundo o colunista, erros de arbitragem tiraram o título do Colorado naquele ano. Ainda assim, a gestão seguinte optou por deixá-lo de lado, apostando em Miguel Ángel Ramírez. Para Diogo, aquela decisão marcou um momento de ingratidão profunda.

Agora, ironicamente, os mesmos dirigentes que o substituíram recorrem a ele como “última esperança”. E Abel, sem mágoas públicas e movido pelo coração colorado, aceita assumir um elenco fragilizado, emocionalmente esgotado e com chances claras de queda. Para o comentarista, esse gesto transcende o campo. É simbólico. É parte da identidade do clube.

Diogo vai além: afirma que, independentemente do resultado nas próximas duas partidas, Abel já merece uma estátua no Beira-Rio. Segundo ele, nenhum outro treinador mostrou tamanha devoção ao clube, enfrentando momentos dramáticos e se dispondo ao sacrifício máximo da própria reputação. Nas palavras do colunista, o colorado não pode duvidar de quem já foi campeão do mundo.

Para muitos, Abel volta por amor. Para outros, por coragem. Para Diogo Olivier, volta por grandeza — grandeza digna de eternização em bronze.