Contas do FC Porto: amortizações antecipadas, o preço do terreno do CAR e a foto geral dos últimos mercados | OneFootball

José Pedro Pereira da Costa, director financeiro do FC Porto, assegurou, na apresentação das contas relativas a 2024/25 dos dragões, que a SAD não enfrenta agora “nenhuma nuvem negra” no que respeita a eventuais incumprimentos das regras da UEFA que pudessem implicar uma “eventual suspensão das competições europeias”.

A confiança na evolução das contas ficou evidenciada, destacou o dirigente, pelo reembolso antecipado de 79 milhões de euros: duas tranches de 26 M€ ligadas à antecipação de receitas televisivas à Sagasta; 10 M€ referentes a um patrocínio; e 17 M€ de vários financiamentos mais pequenos. “A taxa média de financiamento, sem factoring, das operações que o permitiram anda na média de 5,7%, bem inferior aos 11 e 10% anteriores”, vincou.

No activo contabilizado em 2024/25 inclui-se o investimento de 4,2 M€ na aquisição dos terrenos para o futuro Centro de Alto Rendimento, em Gaia, bem como 5,5 M€ nas obras de remodelação do Estádio do Dragão. Pereira da Costa afirmou que os sócios terão, no futuro, melhores condições no recinto e apontou sinais claros de vontade de participação na vida do clube, adiantando também indicadores do primeiro trimestre da temporada 2025/26: o número máximo de lugares anuais foi fixado em 31.665 (+15% face a 2023/24), o que se traduziu num acréscimo de receitas superior a 17%, para 7,6 M€.

Quanto à balança de transacções de passes, o dirigente comparou o último defeso com as três janelas da actual administração. No último verão as contas apontam para um investimento de 112 M€ (+11 M€ em variáveis); vendas de 77 M€ (+5 M€ em variáveis); e comissões totais de 13 M€, resultando numa comissão média de 6,5% por operação. Sobre as variáveis da presente época, já foram atingidos 8 M€, sobretudo relacionados com Evanilson (Bournemouth) e Francisco Conceição (Juventus).

Relativamente às três últimas janelas de mercado (verão de 2024, janeiro de 2025 e verão de 2025), Pereira da Costa revelou um investimento de 156,6 M€ para receitas de 259,8 M€ em transacções de passes, aqui “incluindo as operações de compra percentagens do Samu“. “Poderíamos tê-lo feito apenas em 2026, mas decidimos antecipar. Isto para dizer que, neste contexto, temos cerca de 60% da receita com vendas investida no reforço da equipa, mas, sem esta vertente do negócio do Samu, estaríamos nos 55%, portanto a trabalhar com cerca de metade do que vendemos”, disse.