Zerozero
·21 February 2025
Do plantel curto ao investimento: eis tudo o que disse Frederico Varandas
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·21 February 2025
Esta sexta-feira, Frederico Varandas, presidente do Sporting, abriu o livro e falou sobre o atual momento leonino, em entrevista ao canal do clube. Desde a eliminação na Champions ao mercado de transferências, sem esquecer dura onda de lesões: fique aqui com todas as declarações.
Eliminação na Liga dos Campeões: «O Sporting tinha objetivos delineados. O nosso objetivo era chegar ao play-off, fizemos uma boa fase de liga, conseguimos amealhar cerca de 50 milhões de euros. Defrontámos uma equipa forte, atual vice-campeão europeu. Fica um sentimento amargo. Se tivéssemos outras condições de competir, certamente iríamos discutir a passagem. Temos de tomar opções. Temos de ser realistas. A quantas batalhas podemos ir e quantos soldados temos? Não havia como dar mais minutos a jogadores sobrecarregados e colocando em causa o nosso principal objetivo, que é o campeonato.
Construção do plantel: «Este plantel foi construído para o treinador que tínhamos, um plantel ajustado ao anterior treinador. É óbvio que foi um plantel talhado para o sistema de jogo para o treinador. Obviamente que podemos dizer aqui, se é curto ou comprido, sempre deu resultados do ponto de vista competitivo. Acontece que, por várias circunstâncias, mudando de equipa técnica, é um plantel ajustado a um sistema de jogo que hoje não se aplica. Não passou por nós, não queríamos que assim fosse, mas assim é.»
Investimento: «O Sporting começa a preparar a época ainda antes de acabar a anterior. Traçámos um objetivo ambicioso, mas realista, que exigiu que a SAD fosse a um limite a que nunca tinha ido. Foi-nos pedido isso e fazia todo o sentido. Não vendemos um único titular. Uma equipa que não foi apenas campeã, fez a melhor época dos últimos 70 anos a nível de performance. Não vendemos um titular. A SAD investiu cerca de 60 milhões de euros em jogadores que entraram. Maxi Araujo, Debast, Harder, Kovacevic, Rui Silva, Biel... Foi um esforço muito grande. Basta recordar, posso dar estes números, quando chegámos aqui em 2018, o orçamento de investimento andava nos 30 milhões.
Desde que esta direção está aqui, foi o ano em que vendemos menos. Fizemos uma aposta consciente, mas arrojada do ponto de vista de investimento. Como é óbvio, e tudo o que se passa, então o mercado de janeiro? Quem me dera a mim dizer que temos a saúda financeira de um City ou PSG. Imagine a época anterior, tivemos poucas lesões. Imagine que o Gyokeres tem uma lesão grave que o impossibilita de jogar até ao fim da época. Tinha mais 20 milhões para ir buscar um jogador em janeiro? O Sporting ia ser campeão? Se calhar não. Não é por haver duas ou três lesões, que há aqui uma gaveta onde tiro fundos ilimitados.»
Falta de investimento em janeiro: «O esforço que o Sporting fez, não vender titulares e investir mais 65 milhões em jogadores. Não é por ter lesões, que vou ter mais capacidade de investimento. Quem me dera. O Pote lesiona-se, há dinheiro para investir em janeiro? Não, não há. É um mercado extremamente difícil, caro. Basta o exemplo do City que pagou 60 milhões por um Nico González. Quanto custa um Pote?»
Veja AQUI a segunda parte da entrevista.