Executivo abre o jogo sobre futuro de Oscar e prioriza gestão “humana” no São Paulo | OneFootball

Executivo de futebol do São Paulo, Rui Costa abriu o jogo sobre o futuro de Oscar no Tricolor paulista. Em coletiva concedida nesta quarta-feira, o dirigente pregou uma gestão humana na condução do caso do meio-campista após o susto durante exames no SuperCT.

“Eu aprendi aqui na Barra Funda, com os diretores que me trouxeram, a fazer uma gestão muito focada na questão humana. Vivenciamos, nesses cinco anos, situações muito dramáticas de alguns atletas, algumas conhecidas e outras nem tanto. Em todas as vezes, o que prevaleceu aqui no São Paulo foi em que momento eu poderia cuidar do ser humano e como esse processo de humanização fosse exaurido antes de entrar no processo de contrato, performance e gastos. E com o Oscar não será diferente”, afirmou o diretor.

A postura de Rui Costa vai de acordo com as declarações recentes de Carlos Belmonte, diretor de futebol do São Paulo. Em evento da FPF, o dirigente havia afirmado que a principal prioridade do clube era a saúde do jogador, deixando de lado as questões contratuais.

Rui Costa, ainda assim, deixou o futuro de Oscar em aberto no São Paulo. Apesar da prioridade tricolor ser o bem-estar do jogador, o clube deve se sentar com o atleta assim que ele estiver totalmente recuperado.

“A preocupação de todos que aqui estão é como ele voltará a estar saudável para ser um bom pai, um filho, um irmão. A partir daí, quando ele estiver plenamente recuperado, não tenha dúvida que vamos tratar da questão de performance, de continuidade do contrato, porque ele é um grande investimento do São Paulo”, disse o dirigente.

Oscar passou mal durante avaliações médicas e físicas no SuperCT. Após extensa avaliação e exames no Hospital Albert Einstein, o meio-campista foi diagnosticado com síncope vasovagal. Ele recebeu alta no último domingo e seguirá uma programação de repouso pelos próximos dias.

Preocupação com DM lotado

O departamento médico do São Paulo tem gerado apreensão entre os torcedores pelo alto número de desfalques. Para o clássico contra o Corinthians, por exemplo, o técnico Hernán Crespo terá uma longa lista de baixas, todas por lesão. Rui Costa entende a preocupação, mas avalia que muitos jogadores foram acometidos por problemas atípicos. Ele citou o caso de Luiz Gustavo, que se recuperou recentemente de um quadro de tromboembolismo pulmonar.

“Desfalques, sobretudo numa modalidade, sobretudo como o futebol, sempre devem ser evitados, porque somam um dificuldade contundente naquilo que já é complicado de enfrentar numa reta final de campeonato. Mas penso que temos que fazer uma profunda distinção da origem, do contexto desses desfalques. Tivemos uma série de desfalques esse ano que não são inerentes diretamente à intervenção médica, fisioterápica, de prevenção. Cito três exemplos, os três atacantes que nós perdemos, o Calleri, o André Silva e o Ryan. Nenhum clube fica impune quando perde três jogadores desse nível. E eles não conseguiram jogar porque tiveram ligamentos rompidos”, disse.

“Ter 12 desfalques é preocupante sim, mas entre eles também temos situações de saúde também. O Luiz [Gustavo] foi desfalque importante e teve um problema de saúde que não tem nada a ver com a atividade profissional. Claro que Lucas, Marcos Antônio, são atletas que estão vivendo esse momento de ter que parar em função de situações físicas. Nos preocupa, mas mais do que isso, temos que ter muita clareza da origem deles para não cometer injustiças”, complementou.

12 jogadores do São Paulo estão no departamento médico. São eles: Lucas Moura, Arboleda, Wendell, Enzo Díaz, Rodriguinho, Luan, Dinenno, Calleri, Ryan Francisco, André Silva, Oscar e Marcos Antônio.

“Temos equipes que estão focadas na prevenção, que é o que há de mais moderno no futebol. E eu me permitiria fazer um pequeno recorte do que encontramos aqui em 2021 e como estamos hoje. Essa diretoria investiu muito para que esse local voltasse a ser referência na prevenção de lesões, recuperação de atletas e excelência de saúde. O Reffis voltou a ser o Reffis do São Paulo. O investimentos são constantes, a busca de aprimoramento dos profissionais é recorrente. Agora, obviamente que um dado estatístico, como em torno de 10 a 12 desfalques, tem que ser considerado pelo departamento de futebol”, concluiu Rui Costa.

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